sábado, 2 de dezembro de 2017

Chet Baker - Retrato em Branco e Preto

A melodia foi composta por Jobim em 1965, e se chamava Zíngaro (e foi com esse título que João Gilberto a gravou, em 1977, no disco Amoroso). Em 1968, a música foi para Chico colocar a letra. E aí Wagner Homem, no Livro Chico Buarque - História das canções (Ed. Leya, 2009), conta um pouco dessas "implicâncias" na composição da música.
Uma delas, quando o Quiarteto em Cy foi gravar a canção, Chico Buarque teria decidido substituir a expressão "Trago o peito tão marcado" por "peito carregado", sob o argumento de que o "tão" funcionou como uma muleta para completar as sílabas da canção. No entanto, Tom Jobim, que aceitara relutantemente a mudança, ligou para Chico pedindo a manutenção da versão original, porque a expressão "peito carregado" tinha a conotação de tosse. Ponto para Tom.
Mas o episódio mais engraçado da música foi sobre a expressão " vou colecionar mais um soneto/ outro retrato em branco e preto/a maltratar meu coração"
Assim narrada por Wagner Homem:
"Em outra ocasião Tom teria dito a Chico que ninguém fala ‘retrato em branco e preto' e que a expressão correta seria ‘retrato em preto e branco'. Ao que Chico teria respondido: ‘Então tá. Fica assim. ‘vou colecionar mais um tamanco/outro retrato em preto e branco'. Diante de uma tamancada tão convincente, Tom entregou os pontos.
E das implicâncias surgiu uma das mais belas músicas...

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

João Gilberto - México 1970

Lançado em 1970, este é um dos álbuns favoritos de Bebel Gilberto: em 1970, quando Bebel tinha três anos, a família voltou para o Rio, tendo vivido em Nova York por alguns anos. Pararam na rota na Cidade do México para que João realizasse um concerto. Uma estadia de uma noite transformou-se em dois anos, e desse período vem um dos álbuns favoritos de Bebel, Joao Gilberto no México. "É tão típico do meu pai", diz ela. "Nós vivemos em uma casa grande sem qualquer mobiliário, e ele tocava violão o tempo todo. Então, as músicas deste álbum são uma grande memória para mim. "Talvez Bebel esteja certo, zecalouro tem certeza de que ela está absolutamente certa, agora é hora de verificar esta joia sem impressão.
Músicas
01 – De Conversa Em Conversa (Lúcio Alves/Haroldo Barbosa)
02 – Ela É Carioca (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)
03 – O Sapo (João Donato)
04 – Esperança Perdida (Tom Jobim/Billy Blanco)
05 – Trolley Song (Irving Berlin/Vrs. Haroldo Barbosa)
06 – João Marcelo (João Gilberto)
07 – Farolito (Agustin Lara)
08 – Samba da Pergunta (Pingarilho/Marcos Vasconcelos)
09 – Acapulco (João Gilberto)
10 – Besame Mucho (Consuelo Velasquez)
11 – Eclipse (Ernesto Lecuona)

Bossa Três - Em Forma - 1965

Bossa Três foi o primeiro grupo instrumental da era Bossa Nova, reunido em 1961 por Luiz Carlos Vinhas (piano), Tião Neto (baixo) e Edison Machado. Este LP é Bossa Três - Em Forma! (1965), com Luiz Carlos Vinhas, Otávio Baily (baixo) e Ronald (bateria).

Em Forma! foi lançado pelo rótulo Forma. Não sei se o título LP significa que Bossa Trés é Em Forma (o nome do rótulo) ou Em Forma (em boa forma em inglês). Olhando para essa capa fantástica, acho que eles significavam a gravadora. As faixas incluem:

01 - Garrafa (Orlando Costa "Maestro Cipó")
02 - Juca Bobão (Del Loro)
03 - Valsa (João Donato)
04 - Búzios (Luis Carlos Vinhas)
05 - O Morro Não Tem Vez (Tom Jobim / Vinícius de Moraes)
06 - Bico de Luz (Luis Carlos Vinhas)
07 - Vivo Sonhando (Tom Jobim)
08 - Sambete Nº 4 (Ed Lincoln / Waltel Branco)
09 - Como Eu Quis Você (Luis Carlos Vinhas / Ronaldo Bôscoli)
10 - Imprevisto (Luis Carlos Vinhas)

Mais Bossa Com Os Cariocas - 1963

Mais Bossa com Os Cariocas (1963), para Philips, apresentando o segundo LP de Os Cariocas para a Philips em seus anos Bossa Nova, onde seis álbuns foram lançados de 1962 a 1967. Várias músicas da Bossa Nova foram gravadas nesses seis álbuns e a maioria deles ainda são considerados as melhores interpretações da maioria dessas músicas. O meu destaque é a faixa listada no Loronix Preview Center 01 - Telefone (Roberto Menescal / Ronaldo Boscoli). As faixas incluem:

Pessoal

Severino Filho
(piano, arranjos, vocal)
Badeco
(violao, vocal)
Luiz Roberto
(baixo, vocal)
Quartera
(bateria, voz)

tracklist

01 - Telefone (Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli)
02 - Vamos amar (Marcos Valle / Edu Lobo)
03 - Cartão de visita (Carlos Lyra / Vinícius de Moraes)
04 - Vivo sonhando (Tom Jobim)
05 - O céu é você (Luiz Berria / Maria Helena Toledo)
06 - Amorzinho diferente (Durval Ferreira / Luis Fernando Freire)
07 - Tem dó (Baden Powell / Vinícius de Moraes)
08 - Amor de nada (Marcos Valle / Paulo Sergio Valle)
09 - Ela é carioca (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
10 - Também quem mandou (Carlos Lyra / Vinícius de Moraes)
11 - Insensatez (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
12 - Só quis você (Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli)

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Joyce | Bossa Duets

00:00 – Você e eu (Carlos Lyra – Vinicius de Moraes)
Feat. Toninho Horta

04:23 Lugar Comum (João Donato – Gilberto Gil)
Feat. João Donato

09:25 Receita de samba (Joyce - Paulo César Pinheiro)
feat. Ana Martins

13:40 Plexus (Johnny Alf – Joyce)
Feat. Johnny Alf

17:32 Yarabela (Toninho Horta)
Feat. Toninho Horta

20:24 Criança (Joyce)
Feat. Wanda Sá

23:40 London Samba (Joyce)
Feat. Toninho Horta

28:51 O Sapo (The frog) (João Donato)
Feat. João Donato

32:16 Fã da Bahia (Joyce)
Feat. Wanda Sá

37:21 Céu e mar (Johnny Alf)
Feat. Johnny Alf

40:23 E vamos lá (João Donato e Joyce)
Feat. Ana Martins e João Donato

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Chet Baker And The Bôto Brazilian Quartet

Os solos de trombeta exuberantes e muitas vezes atraentes de Chet Baker foram bem contrastados com o apoio afro-latino claro do Quarteto do Boto, nesta data, gravado em Paris. Enquanto Baker não jogava com a doçura ou harmônica que marcava suas melhores datas, ele ainda havia feito bons trabalhos em cortes como "Balsa", "Seila", "Novos Tempos" e "Salsamba". Havia elementos de tango e samba durante esses cortes. O humor era leve, mas não excessivamente sentimental, e tanto Baker quanto o quarteto atingiram o equilíbrio entre romantismo e ardor. É bem remasterizado, e um exemplo bom, se não espetacular, de Chet Baker no período tardio.
Faixas:
1 Salsamba 5:46

2 Balsa 6:42

3 Forget Full 8:07

4 Inaia 7:39

5 Seila 5:43

6 Balao 4:51

7 Julinho 4:20

8 Novos Tempos 4:56

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Paul Winter - Rio - 1963

Em meados dos anos 60, o Brasil tornou-se seu novo lar. Fortemente influenciada pelos ritmos do Brasil, ele gravaria álbuns importantes como The Sound of Ipanema (com Carlos Lyra), o Jazz encontra a Bossa nova e o Rio.
Músicas
01 – Reza (Edu Lôbo/Ruy Guerra)
02 – Vagamente (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli)
03 – Tristeza De Nós Dois (Durval Ferreira/M. Einhorn/ Bebeto Castilho)
04 – Daniele (Luiz Eça/Bebeto Castilho)
05 – Além Da Imaginação (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli)
06 – Rio (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli)
07 – Samba Do Avião (Tom Jobim)
08 – Adriana (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli)
09 –Inútil Paisagem (Tom Jobim/Aloysio de Oliveira)
10 – Zomba (Luiz Bonfá/Maria Helena Toledo)
11 – Saudade (Luiz Bonfá/Maria Helena Toledo)
12 – Ela É Carioca (tom Jobim/Vinícius de Moraes)

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Elizete Cardoso - LP Canção do Amor Demais

Canção do Amor Demais é um álbum de composições de Vinicius de Moraes e Antonio Carlos Jobim, lançado em 1958, cantado por Elizete Cardoso e com arranjos de violão de João Gilberto. É considerado o marco inicial da bossa nova, por apresentar diversas das características que passariam a definir o estilo, como uma banda reduzida em comparação aos boleros e samba e percussão influenciada pelo Jazz norte-americano.
Lançado em abril de 1958, Canção do Amor Demais foi gravado pela Festa, de Irineu Garcia, uma pequena gravadora situada no Centro do Rio de Janeiro. O selo, no entanto, não tinha finalidade meramente comercial: o objetivo de seu dono era editar discos "falados" de poetas e cronistas brasileiros, como Augusto Frederico Schmidt, João Cabral de Mello Neto e Vinícius de Moraes, entre outros.

Através da amizade com Vinícius, surgiu a ideia de um álbum com o então vice-cônsul do Itamaraty. Porém, em vez do próprio poeta, este sugeriu a Garcia que produzisse uma seleção de composições suas interpretadas por uma cantora. Ambos tentaram Dolores Duran, que pediu um cachê alto e foi descartada, em favor de Elizete Cardoso.

Mesmo com um bom potencial para ser campeão de vendagens se comparado ao catálogo da Festa, Irineu optou por prensar apenas 2 mil cópias. Além do mais, dado à suas relações com o Itamaraty, Vinícius não desejava estar ostensivamente ligado à produção de um disco de sambas. Da mesma maneira, segundo diz Ruy Castro, Vinícius optou por agir com cautela ao franquear sua participação no disco, por um duplo receio: o de relacionar sua relação com a música popular com a profissão de diplomata; e, idem, de seu ofício de poeta com o de letrista.
Apesar de ser lembrado como o primeiro disco onde a famosa batida de João Gilberto aparece (nas faixas "Outra Vez" e "Chega de Saudade"), seu nome não aparece nos créditos da primeira edição do álbum. Os demais músicos que acompanham Elizete são, além de Gilberto (violão), são eles Vidal (contrabaixo), Irany Pinto (violino), Copinha (flauta), Irani (violão), Maciel (trompete) e Juquinha (bateria).

João fora escalado também para o violão em "Eu não existo sem você", "Luciana" e "Caminho de Pedra". Porém, ficou apenas com o coro, junto com Jobim e Walter Santos. Ruy Castro também revela que o violonista reclamou da falta de autonomia em tentar co-produzir as faixas com Tom. Tentou explicar à Elizete como ela deveria cantar as faixas, pensando que ela tratava as canções de Vinícius como se fossem peças "sacras". De acordo com Castro, a cantora deu a entender que que não necessitava dos seus palpites, dando pouca atenção pelas suas sugestões.

Lançado em maio de 1958, Canção do Amor Demais não foi um sucesso, pelo menos inicialmente. Em parte isso se deu pelo fato de que, além da prensagem limitada de 2 mil cópias, em matéria de divulgação, a política da Festa era de divulgação zero. Só mais tarde, depois do lançamento de "Chega de Saudade" com João Gilberto e com o sucesso da Bossa Nova no Brasil e no mundo, é que o álbum ganhou o status de precursor do movimento .

Faixas:
As canções foram compostas por Antônio Carlos Jobim com letra de Vinicius de Moraes, com exceção das faixas 2 e 9, compostas apenas por Vinícius, e das faixas 3 e 8, letra e música de Tom Jobim.

"Chega de Saudade" – 3:28
"Serenata do Adeus" – 3:08
"As Praias Desertas" – 2:17
"Caminho de Pedra" – 2:47
"Luciana" – 1:35
"Janelas Abertas" – 3:05
"Eu não Existo sem Você" – 1:59
"Outra Vez" – 1:53
"Medo de Amar" – 3:07
"Estrada Branca" – 2:27
"Vida Bela (Praia Branca)" – 2:08
"Modinha" – 2:00
"Canção do Amor demais" – 1:43

Maysa - LP Barquinho

Barquinho é o décimo primeiro álbum de estúdio da cantora brasileira Maysa, lançado em 1961 pela Columbia Records e relançado em 2000 em formato de CD. O nome do disco se chamaria "Maysa e a Nova Onda" e chegou às lojas praticamente junto com seu antecessor, Maysa, Amor... E Maysa, lançado pela RGE. Em 1967, na Itália, o álbum também foi lançado, porém com o nome Tempo di Samba. A capa do disco é colorida e exibe uma foto de Maysa e sua turma de amigos em um barquinho, com o Pão de Açúcar ao fundo.

A cantora, que já flertava com a Bossa Nova em algumas canções desde o seu sétimo álbum (Voltei, do ano anterior), aparece nesse disco, produzido por Ronaldo Bôscoli, mergulhando de vez no novo estilo. O clima alegre do novo estilo aparecia em faixas como "O Barquinho", "Você e Eu", "Eu e o Meu Coração". Bôscoli homenagea a cantora na canção "Maysa". Metade das canções apresenta o acompanhamento de uma orquestra e a outra metade somente um pequeno grupo de músicos.

Uma faixa polêmica na época, chegando a ser barrada nas estações de rádio, foi "Depois do Amor", pois apresentava uma letra muito sensual e ousada. "Lágrima Primeira", composta por Bôscoli e Roberto Menescal, apresenta uma melodia praticamente igual a de "Meu Amanhã", outra canção daquele ano, criada também por Menescal, e gravada por Elizeth Cardoso e por Sylvia Telles. Maysa gravara também para o disco a faixa "Só Você (Mais Nada)", canção que na versão de Elizeth Cardoso de 1954, vinha com aspecto sombrio e triste e na de Maysa com uma sonoridade moderna, adequada a proposta do álbum.

O disco não foi aceito pela crítica e nem mesmo por alguns bossa-novistas, pois achavam que Maysa errara ao mudar seu estilo. Na contracapa do disco já havia a resposta da cantora. Ela escrevera que não abandonara a característica romântica e que estava apenas acrescentando a ela um toque moderno.

Foram lançado sum disco 78 rpm e um compacto simples no mesmo ano, contendo ambos as canções "O Barquinho" e "Dois Meninos".

Lista de faixas:
N.º Título Compositor(es) Duração
1. "O Barquinho"  Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli 2:19
2. "Você e Eu"  Carlos Lyra / Vinicius de Moraes 2:16
3. "Dois Meninos"  Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli 2:45
4. "Recado à Solidão"  Chico Feitosa 2:34
5. "Depois do Amor"  Normando Santos / Ronaldo Bôscoli 2:25
6. "Só Você (Mais Nada)"  Paulo Soledade 1:54
7. "Maysa"  Luiz Eça / Ronaldo Bôscoli 2:26
8. "Errinho à Toa"  Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli 1:43
9. "Lágrima Primeira"  Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli 2:46
10. "Eu e o Meu Coração"  Antônio Botelho / Inaldo Villarin 2:15
11. "Cala Meu Amor"  Tom Jobim / Vinicius de Moraes 2:07
12. "Melancolia"  Luiz Eça / Ronaldo Bôscoli 3:17
Duração total:
28:52

Danilo Caymmi Canta Tom Jobim

'Danilo, filho de Dorival Caymmi, pai de Alice e irmão de Nana, foi músico e cantor da banda de Tom Jobim por muitos anos. Conhecia seu repertório como ninguém e agora resolveu homenagear seu amigo e ídolo com esse álbum dedicado ao maior compositor brasileiro de todos os tempos. Tom Jobim, que faria 90 anos dia 25 de Janeiro de 2017.
Esse é um álbum-homenagem ao aniversário de TOM.
Danilo Caymmi fala do álbum: “Não sabia que eu era cantor até 1983 quando entrei para fazer parte da Banda Nova de Tom, a convite de seu filho Paulo. Show em Viena com orquestra. Durante um dos ensaios Tom pediu que eu cantasse duas de suas músicas.
Neste momento descobri em mim o cantor que eu mesmo desconhecia! O maestro sabia tudo! Esse trabalho é dedicado a esse ser humano maravilhoso único e toda a sua família. Aqui está o melhor de mim.”'
01- Bonita (00:00)
02- Ela É Carioca (03:22)
03- Por Causa de Você (07:06)
04- Estrada do Sol (participação especial: Stacey Kent) (10:08)
05- Chora Coração (13:40)
06- Água de Beber (16:36)
07- As Praias Desertas (19:36)
08- Tema de Amor de Gabriela (22:35)
09- Luiza (26:05)
10- Querida (29:20)
11- Derradeira Primavera (32:52)

voz e flautas: Danilo Caymmi
violão e arranjos: Flávio Mendes
violoncelo: Hugo Pilger
produzido por: Flávio Mendes e Carlos Fuchs

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Pery Ribeiro

Pery Oliveira Martins iniciou sua carreira artística aos três anos de idade, participando da dublagem de filmes de Walt Disney, ao lado de sua mãe Dalva de Oliveira, que interpretava Branca de Neve, o pequeno Pery dava a voz ao anão Dengoso.

Em 1941, com quatro anos de idade, apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Aos 5 anos, em 1942, participou de “It’s All True”, o filme inacabado de Orson Welles, escrito e dirigido por Orson e filmado no Brasil, durante o período da Campanha de Boa Vizinhança dos EUA com os países aliados na 2ª guerra.

Atuou, em 1944, no filme "Berlim na batucada", de Luís de Barros.

Em 1959, trabalhando na TV Tupi (RJ) como cameraman, foi convidado para participar do programa de Paulo Gracindo na Rádio Nacional. Assumiu o nome artístico de Pery Ribeiro, seguindo sugestão de César de Alencar.

No ano seguinte, Dalva de Oliveira gravou sua composição "Não devo insistir" (com Dora Lopes). Ainda em 1960, gravou seu primeiro disco, um compacto duplo contendo a canção "Sofri você" (Ricardo Galeno e Paulo Tito), entre outras.

Em 1961, lançou um 78 rpm com "Manhã de Carnaval" e "Samba de Orfeu", ambas de Luiz Bonfá e Antônio Maria. Registrou, ainda nesse ano, em outros discos em 78 rpm, canções como "Barquinho" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), "Lamento da lavadeira" (Monsueto, Nilo Chagas e João Violão), e "Inteirinha" (Luís Vieira).

Em 1962, gravou seu primeiro LP, "Pery Ribeiro e seu mundo de canções românticas". Acompanhado pelo violão de Luís Bonfá, registrou canções como "Meu nome é ninguém" (Haroldo Barbosa e Luiz Reis), "Caminhemos" (Herivelto Martins), "Outono chegou" (Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo) e "Esquecendo você" (Tom Jobim), entre outras.

No ano seguinte, lançou o LP "Pery é todo bossa". O disco registrou, com enorme sucesso, a primeira gravação de "Garota de Ipanema" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes). Também no repertório, canções de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli ("Me lembro vagamente", "Nós e o mar", "Ah! Se eu pudesse" e "Rio"), Silvio César ("O que eu gosto de você") e Tito Madi ("Só sei"), entre outros autores; além de composições próprias, como "Evolução" (com Geraldo Cunha), "Bossa na praia" (com Geraldo Cunha) e "Balanço moreno".

Em 1964, gravou o LP "Pery muito mais bossa", com destaque para "Berimbau" (Baden Powell e Vinícius de Moraes), "Você" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), "Feio não é bonito" (Carlos Lyra e Gianfrancesco Guarnieri), "Baiãozinho" (Eumir Deodato), "Menininha da Rua Augusta", de sua autoria em parceria com Geraldo Cunha, entre outras. No ano seguinte, sob a direção de Miele e Ronaldo Bôscoli, atuou com Leny Andrade e o grupo Bossa 3, formado por Luis Carlos Vinhas ao piano, Otavio Bailly no baixo e Ronnie Mesquita na bateria, no show "Gemini V", apresentado com sucesso na boate Porão 73 e no Teatro Princesa Isabel (RJ). Este show ficou em cartaz por 1 ano e meio, e foi registrado ao vivo no LP "Gemini V - Show na boate Porão 73 - Leny Andrade, Pery Ribeiro e Bossa Três".

Nos anos 60, Pery estrelou os filmes “Essa Gatinha é Minha” com Jerry Adriani, Anik Malvil e Jece Valadão, e o “Vendedor de Linguiça”, com Mazzaroppi. Também participou de alguns filmes nos Estados Unidos, como “Vanish”, ao lado de Richard Widmark e E.G. Marshall.

Em 1966, lançou, com o Bossa 3, o LP "Encontro", com o grupo Bossa Três.

Um ano depois, em 1967, o show "Gemini V", com Leny Andrade e o Bossa Três, fez temporada de seis meses na boate El Señorial, na Cidade do México. Após a temporada, o elenco se dispersou, e Pery permaneceu no México por mais 1 ano. Com um grupo musical mexicano, atuou ao lado de importantes artistas mexicanos, na capital e em Acapulco, excursionando por todo o país. No México Pery lançou 2 LPs, “Gemini V no México” e “Pery”.

Viajou em 1968 para os Estados Unidos, a convite de Sergio Mendes, onde integrou o Bossa Rio, ao lado de Gracinha Leporace, Osmar Milito, Manfredo Fest, Otávio Bailly e Ronnie Mesquita. Durante os quatro anos que excursionou pelos EUA e Europa com o grupo Bossa Rio, Pery dividiu o palco com nomes importantes do cenário internacional como Burt Bacharach, Johnny Mathis, Sérgio Mendes, Herb Alpert e Henri Mancini.

Em 1971, preocupado com o estado de saúde de sua mãe, volta ao Rio de Janeiro, e participa com Pedrinho Mattar e Agildo Ribeiro, do show "Fica combinado assim". Ainda nesse ano, gravou o LP "Pery Ribeiro", destacando-se as faixas "Coisas" (Taiguara), "Agora" (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza), "Canção do nosso amor" (Silveira e Dalton Medeiros), "Dia de vitória" (Marcos Valle e Paulo Sergio Valle) e "Pra você" (Silvio César), entre outras.

Em 1972, lançou mais um LP intitulado "Pery Ribeiro". Ainda nesse ano, gravou, com Leny Andrade, o LP "Gemini cinco anos depois". Este ano foi conturbado para Pery, pois registra a morte de sua mãe Dalva de Oliveira após meses de agonia.

Voltou ao México em 1974, apresentando-se, com Eliana Pittman e Herivelto Martins, em Acapulco. Também nesse ano, gravou o LP "Abre alas".

Em 1975, lançou o LP "Herança", que incluiu canções como "Caminhemos" (Herivelto Martins), "Se pelo menos você fosse minha" (Roberto Menescal e Paulinho Tapajós), "Romântico do Caribe" (Gonzaguinha) e "Se as estrelas falassem" (Elizeth Cardoso), entre outras, além da faixa-título, de Francis Hime e Paulo César Pinheiro.

No ano seguinte, gravou o LP "Bronzes e cristais", destacando-se a faixa-título (Alcyr Pires Vermelho e Nazareno de Brito) e músicas como "Gás neon" (Gonzaguinha), "Amigos novos e antigos" (João Bosco e Aldir Blanc), "A maçã" (Raul Seixas, Paulo Coelho e Marcelo Motta) e "Beijo partido" (Toninho Horta), entre outras.

Em 1979, lançou o LP "Alvorada", que registrou as canções "Festa do Bonfim" (Reginaldo Bessa e Lula), "Saudosa Mangueira" (Herivelto Martins), "Aruanda" (Carlos Lyra e Geraldo Vandré), "Nó cego" (Toquinho e Cacaso), entre outras, além da faixa-título, de Cartola, Hermínio Bello de Carvalho e Carlos Cachaça.

Em 1980, gravou o LP "Pery Ribeiro sings Bossa Nova hits", um projeto especial dirigido ao mercado internacional, registrando canções brasileiras vertidas para o inglês, como "Song of the jet (Samba do avião)" (Tom Jobim – versão. G. Lees) e "The girl from Ipanema (Garota de Ipanema)" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes – versão. N. Gimbel), e canções norte-americanas, num clima de bossa, como "The shadow of your smile" (Webster e Mandel) e "This masquerade" (Russel), além da versão de Kate Lyra, "This time I'm gonna make it last", para sua composição "Bossa na praia" (com Geraldo Cunha). Ainda nesse ano, lançou a versão em português do projeto, o LP "Os grandes sucessos da bossa nova", contendo sua composição "Bossa na praia" (com Geraldo Cunha), além de músicas de outros autores, como "Samba do avião" (Tom Jobim), "Garota de Ipanema" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "O barquinho" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli) e "Você e eu" (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), entre outras.

Em dezembro de 1982, estrelou show dirigido por Abelardo Figueiredo, ao lado da atriz e dançarina Suzana Vieira, na casa de shows O Beco, em São Paulo, ficando em cartaz por 3 meses.

Ainda na década de 1980, lançou o LP "Brasileiríssimas" (1981), com releituras de músicas de sucesso, como “Sangrando”(Gonzaguinha), “Agonia” (Osvaldo Montenegro) e “Só nos resta viver”(Ângela RôRo), entre outras. E em 1986, a convite do produtor José Milton, gravou com o pianista e ícone da bossa nova, Luiz Eça, o LP "Pra tanto viver", título de uma composição de Pery, além de “Por causa de você” (Dolores Duran e Tom Jobim), “Curare” (Bororó) e “Chega de saudade” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), entre outras.

No final de 1985, Pery estrelou o show "São Paulo Night Andei" que inaugurou a sofisticada casa de shows paulista, Palladium, ao lado de Claudya, Célia, Wilma Dias e Maria Della Costa. Um grande show com 60 figuras e direção de Abelardo Figueiredo, que permaneceu em cartaz por 8 meses.

Em 1987, participou com Elizete Cardoso, Zezé Motta e Trio de Ouro, com direção de Hermínio Bello de Carvalho, do show realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no qual Herivelto Martins foi contemplado com o Prêmio Shell de MPB. Também neste ano estrela ao lado de Miele show na famosa casa de shows “Asa Branca”, com direção de Miele e Ronaldo Boscoli., no Rio de Janeiro, onde permanecem em cartaz por 3 meses.

Em 1991, lançou o disco "Pery", uma produção independente, gravada com o conjunto Roupa Nova, com direção musical de Ricardo Feghali, registrando músicas como "Lições de vida" (Ed Wilson e Paulo Sergio Valle), "Bem simples" (Mariozinho Rocha e Ricardo Feghali), "O encontro das águas" (Jorge Vercilo e Jota Maranhão), e uma versão sertaneja de “Ave Maria no Morro” (Herivelto Martins) com a participação especial de Christian & Ralf, considerada por seu pai Herivelto, ‘a mais bela gravação da música’. Também participaram do disco, Gilberto Gil, em música feita especialmente para Pery, “Ilha da Ilusão”, e Baden Powell, na composição de Pery, “Simples coração”, entre outras. Por força de contrato, não pôde ser citada nos créditos do disco a participação do conjunto Roupa Nova.

Em 1992, gravou seu primeiro CD, "Songs of Brazil", registrando canções como "Na Baixa do Sapateiro" (Ary Barroso), "Só tinha que ser com você" (Tom Jobim), "As rosas não falam" (Cartola), "Bom dia tristeza" (Adoniran Barbosa e Vinicius de Moraes) e "Balada triste" (Dalton Vogeler e Ésdras Silva), entre outras. Também neste ano, gravou o CD “Brasil Bossa Nova”, ao lado de Wanda Sá e Osmar Milito, um disco da série Academia Brasileira de Música. Neste ano, cantou ao lado do Trio de Ouro na festa dos 80 anos de seu pai, Herivelto Martins, oferecida por Ricardo Cravo Albin.

No verão de 1992, estrelou ao lado de Wanda Sá e Luis Eça, o projeto musical “Chega de Saudade”, baseado no livro homônimo de Ruy Castro, com participação e direção de Miele e Ronaldo Boscoli, e convidados especiais como Os Cariocas, Zimbo Trio, Leny Andrade e Joyce. O show excursionou por São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Brasília.

Em 1993, participou com a cantora mexicana, Eugenia Leon, do Projeto “Encontros Internacionais” no Memorial da América Latina, em SP. Neste mesmo ano, Pery voltou ao palco do Memorial, com o show “Tambores de Paz”, dirigido pela atriz-cantora Cristina Santos. O show fez carreira no Rio, se apresentando em espaços como Teatro Rival, Mistura Fina e Teatro João Caetano, e excursionou o Brasil por 1 ano.

Em 1995, estreou no Jazzmania, no Rio, o show “A voz”, título sugerido por Ronaldo Boscoli, que considerava Pery “A voz do Brasil”. Este show rodou o Brasil por 1 ano.

Em 1995, lançou o CD "Fica comigo esta noite - Pery Ribeiro interpreta Adelino Moreira", registrando obras do compositor, como "Meu triste long playing", "Meu vício é você" e "A volta do boêmio" (Adelino Moreira), além da faixa-título (de Nelson Gonçalves), entre outras.

Em 1996, se apresentou pela primeira vez na mais conceituada casa de jazz americana, o Blue Note Jazz Club, no badalado bairro do Village, em New York.

Gravou, em 1997, o CD "A vida é só pra cantar", com uma proposta bem diferente dos seus trabalhos anteriores. Com um som bem alegre e dançante, onde resgata sua vivência do mundo latino, Pery que morou por 2 anos no México, brinca com os ritmos, ao fundir com especial swing o balanço brasileiro do samba com a energia da salsa; em canções como “Sá Marina” (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar), “Bolero de Satã” (Guinga), “Faz parte do meu show” (Cazuza e Renato Ladeira), “Lero-Lero” (Edu Lobo), e na sua parceria com Carlos Colla em "Salsa quente", e num medley de Djavan, “Capim/Fato consumado/Flor de Lis”, entre outras.

Em 1997, Pery ainda participou de mais 3 importantes discos. Em “Casa da Bossa”, dividiu o medley “Vagamente/Barquinho” que abre o CD com Rosana, num disco que tem Sílvio César, Sandra de Sá, Emilio Santiago, Os Cariocas, Fafá de Belém, Johnny Alf, Wilson Simonal, Marcos Valle, entre outros, numa produção de José Milton. No mesmo ano, participou do show de lançamento do CD “Casa da Bossa” na mega casa de shows carioca Metropolitan.

A convite de Roberto Menescal, produtor musical do projeto, Pery participou do CD, Tributo a Dalva de Oliveira, no qual registrou, graças à utilização de técnica especial, duas canções em dueto com sua mãe: “Dois corações” (Herivelto Martins), num CD com a participação de Lucho Gatica, Joanna, Elimar Santos, Elba Ramalho, entre outros.

Ainda no ano de 1997, Pery canta uma emocionada “Ave Maria” em dueto com Ângela Maria, no CD “Pela saudade que me invade” em homenagem à sua mãe, Dalva de Oliveira, num disco com participações de Simone, Cauby Peixoto, Martinho da Vila e Agnaldo Rayol, numa produção de José Milton.

Em 1998, Pery fixou residência em Miami, Estados Unidos, com o objetivo de aumentar a troca de experiências com grandes artistas internacionais e divulgar mais de perto a musica brasileira para as platéias internacionais. Neste ano realizou importantes apresentações nos Estados Unidos, como os shows no Lincoln Theatre, em Miami Beach, e no “Sculler’s”, em Boston. Além de sua 3ª apresentação no Blue Note em New York, onde foi aplaudido pela legenda do jazz americano, Lionel Hampton.

Em 1999, lançou o CD "Tributo a Taiguara", registrando obras do compositor, que lhe deu um dos seus mais marcantes sucessos, “Coisas”. No disco, Pery ainda canta "Amanda", "Que as crianças cantem livres" e "Universo no teu corpo", entre outras, assim como "Helena, Helena, Helena" (Alberto Land), sucesso na interpretação de Taiguara.

Também em 1999, fez o show de abertura do Projeto 500 anos do Brasil, no Scala, de Miami. E, para fechar com chave de ouro o ano, Pery foi a atração especial do Reveillon do Millenium, no navio “Ecstasy”, especialmente fretado para 2.200 brasileiros.

Em 2000, a convite do seu manager americano, apresentou um ‘showcase’ na mais importante feira do show business americano, no Hilton Hotel de New York. E, no Carnaval, foi a atração internacional no maior navio do mundo, o “Voyager of the Seas”.

Devido ao sucesso do show do Millenium, Pery foi escolhido pela Royal Caribbean como atração principal, e cantou para mais de 50 mil turistas do roteiro brasileiro do navio “Splendour of the Seas, no verão de 2001/02.

Em 2003, durante o concerto “Bossa on the Beach” que realizou em Miami Beach, no Lincoln Theatre, para a Fundação “Relief for Life”, Pery recebeu do Prefeito David Dermer a chave da cidade numa cerimônia oficial ao lado da eterna Garota de Ipanema Helo Pinheiro, sua convidada especial no evento.

Em 2004, Pery volta ao Brasil para se apresentar no SESC Pompéia, em São Paulo.

Também em 2004, Pery foi convidado a participar da gravação do DVD da “Sinfonia Paulistana” de Billy Blanco, em homenagem a SP, num projeto da maestrina Mônica Giardino a frente da Orquestra Sinfônica Jovem de SP, ao lado dos artistas Célia, Claudya, José Luiz Mazzioti e Billy Blanco.

Ainda em 2004, Pery Ribeiro e Leny Andrade, após 40 anos do sucesso do projeto Gemini 5, embarcam para um tour na Europa com o show “Bossa Nova Legends”.

Devido ao sucesso, de mais de 20 shows na Inglaterra, França, Espanha, Itália, Alemanha, Lituânia e Áustria, a dupla retorna a Europa por mais 3 vezes entre 2004 e 2005, se apresentando em Festivais de Jazz ao lado de nomes como George Benson, Herbie Hancock, Pat Matheny, Ernie Watts e Keith Jarret.

Pery e Leny trazem pro Brasil o show “Bossa Nova Legends” e se apresentam com músicos alemães no Teatro Rival, no Rio de Janeiro.

Em 2005, continuando o sucesso do “Bossa Nova Legends”, Pery se apresenta com Leny no Rio de Janeiro nos espaços Mistura Fina, Bar do Tom, e Teatro João Caetano. Em São Paulo, eles se apresentaram no SESC Vila Mariana, e na casa noturna Passatempo.

Juntos também participam do espetáculo "Bossa Nova in Concert", apresentado por Miele, e realizado no Canecão, no Rio, ao lado de Johnny Alf, João Donato, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Wanda Sá, Durval Ferreira, Eliane Elias, Marcos Valle, Os Cariocas e Bossacucanova.

Ainda em 2005, Pery participa do lançamento do DVD da “Sinfonia Paulistana” de Billy Blanco, num concerto com os artistas Célia, Claudya, José Luiz Mazzioti e Billy Blanco.

Em 2005, Pery é o único artista brasileiro escolhido para receber o importante prêmio do FREC – Film, Recording and Entertainment Council, em Miami.

Em 2006, Pery participa da gravação do DVD “Sinfonia do Rio”, uma parceria de Billy Blanco e Tom Jobim, num evento com a Orquestra Sinfônica da Petrobrás, com arranjos e regência de Gilson Peranzetta, ao lado dos artistas Leila Pinheiro, Elza Soares, José Renato, Dóris Monteiro, Sebastião Tapajós, Marcelo Baden Powell e Paulo Marques, na Sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro. O evento foi dirigido por Haroldo Costa e supervisionado por Ricardo Cravo Albin.

Neste ano, Pery está lançando no Brasil o CD “Cores da minha Bossa”, já lançado nos Estados Unidos (Colors of my Bossa) com Arturo Sandoval, Roberto Menescal, Ed Calle, Rildo Hora e Leo Gandelman.

Também em 2006, Pery está lançando pela Editora Globo, na Bienal do Livro de SP, o livro “Minhas duas Estrelas”, escrito com a colaboração da sua esposa, onde conta como foi sua vida em meio ao conturbado relacionamento dos pais Dalva de Oliveira e Herivelto Martins.
Desde antes do lançamento, já no prefácio de Ruy Castro, o livro vem sendo aclamado como um dos marcos da literatura sobre a vida de artistas brasileiros.

Na vida pessoal, Pery divide seu tempo entre a casa de Miami, onde a tardinha cai e o barquinho que vai às vezes atraca no seu ancoradouro trazendo um fã, e o apartamento do Rio, de onde observa as garotas de Ipanema com seu doce balanço a caminho do mar.

Casado em segundas núpcias há mais de 20 anos com a empresária Ana Duarte, Pery é pai de Paula, do seu primeiro casamento, e do produtor de comerciais Bernardo Martins.

Norma Benguell


Começou aos 16 como manequim da Casa Canadá, no Rio de Janeiro, e teve seqüência no teatro rebolado de Carlos Machado.

- Estréia nos cinemas em 1959, como cantora, satirizando Brigitte Bardot, no filme "O Homem do Sputnik". Este gênero lhe proporciona participação em outros três filmes.

- Em 1961 Anselmo Duarte contrata-a para interpretar a prostituta no filme "O Pagador de Promessas". No ano seguinte Anselmo leva-a ao Festival de Cannes, onde o filme ganha a Palma de Ouro. O enorme sucesso desse filme e a atuação de Norma chamam a atenção de produtores italianos, que acabam por contratá-la, levando-a direto para Roma. Com passagens pela Itália, França e até Hollywood.

- Foi a primeira atriz brasileira a protagonizar uma cena de nu frontal, no filme "Os Cafajestes".

- Viúva do ator italiano Gabrielle Tinti, com quem esteve casada durante 30 anos. O casamento foi feito dentro do estúdio da Vera Cruz, em São Paulo. O motivo foi que, por não terem tempo disponível, decidiram chamar um juiz ao estúdio para celebrar a união.

- Produziu os filmes "O Guarani" e "O Abismo".

- O disco "Ooooh! Norma!", da então sex-symbol, trazia a atriz cheia de charme em um repertório variado.

- Tambem creditada como Norma Benguell.

Bênção, Bossa Nova - Leila Pinheiro

Bênção, Bossa Nova é o quarto álbum de estúdio da cantora Leila Pinheiro, lançada em Novembro de 1989.

Faixas:
Lado A
Lobo bobo (Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli)
Saudade fez um samba (Carlos Lyra-Ronaldo Bôscoli)
Você e eu (Carlos Lyra-Ronaldo Bôscoli)
Se é tarde me perdoa (Carlos Lyra-Ronaldo Bôscoli)
O amor em paz (Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
Meditação (Tom Jobim-Newton Mendonça)
Corcovado (Tom Jobim)
Ela é carioca (Tom Jobim-Vinicius de Moraes)
Prá dizer adeus (Edu Lobo, Torquato Neto)
Candeias (Edu Lobo)
Preciso aprender a ser só (Paulo Sérgio Valle, Marcos Valle)
Samba de verão (Marcos Valle-Paulo Sérgio Valle)
Gente (Marcos Valle-Paulo Sérgio Valle)
Batida diferente (Maurício Einhorn, Durval Ferreira)
Moça flor (Durval Ferreira-Luiz Fernando Freire)
Tristeza de nós dois (Durval Ferreira-Maurício-Bebeto)
Lado B
Que maravilha (Jorge Ben, Toquinho)
Chove chuva (Jorge Ben)
Mas que nada (Jorge Ben)
Ilusão à-toa (Johnny Alf)
O que é amar (Johnny Alf)
Ah! Se eu pudesse (Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli)
O barquinho (Roberto Menescal-Ronaldo Bôscoli)
Você (Roberto Menescal-Ronaldo Bôscoli)
Nós e o mar (Roberto Menescal-Ronaldo Bôscoli)
Mentiras (Lysias Enio, João Donato)
Até quem sabe (João Donato-Lysias Enio)
Prá que chorar (Baden Powell, Vinicius de Moraes)
Tem dó (Baden Powell-Vinicius de Moraes)
Samba da bênção (Baden Powell-Vinicius de Moraes)

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Os Cariocas

Os Cariocas são um conjunto vocal, entre os mais antigos do Brasil, cujo repertório é a música popular brasileira (MPB) e criado por Ismael Neto em 1942.

Cantavam em festinhas da vizinhança do bairro de Tijuca; quando participaram do programa de calouros de rádio Papel carbono, de Renato Murce, pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, vindo a obter o segundo lugar. Em novas tentativas no programa obtiveram a primeira colocação por duas vezes seguidas. Em 1946 um teste na Rádio Nacional realizado na presença de Haroldo Barbosa, Paulo Tapajós e Radamés Gnattali, regente da orquestra da emissora, inclui o conjunto em um programa musical chamado Um milhão de melodias. Participou dos programas Canção romântica e Quando canta o Brasil. Teve participação nos programas de auditório de César de Alencar, Manoel Barcelos e Paulo Gracindo. O grupo sobressaiu pela mistura da polifonia e efeitos rítmicos, que era diferente dos conjuntos de sucesso da época, tais como Bando da Lua (acompanhavam Carmem Miranda), Os anjos do inferno e os Quatro ases e um coringa, que passaram a cantar a quatro ou cinco vozes.

Os componentes do conjunto eram Ismael Neto, Severino Filho, Emanuel Furtado, Badeco, Waldir Viviani e Jorge Quartarone, Quartera. Sua primeira gravação foi um disco de 78 rpm, pela gravadora Continental, com as músicas Adeus América (Haroldo Barbosa/Geraldo Jaques) e Nova ilusão (José Menezes/Luís Bittencourt). Em 1950 gravaram a música Valsa de uma cidade (Ismael Neto/Antônio Maria). Junto com a cantora Marlene, gravou Qui nem jiló e Macapá, ambas composta por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.

O conjunto foi contratado pela RCA Victor, gravando as canções Podem falar (Ismael Neto/Antonio Maria) e O último beijo (Ismael Neto/Nestor de Holanda). Está gravação foi usada como prefixo do programa de TV - Discos impossíveis de Flávio Cavalcanti. Canções juninas como Baile na roça (Ismael Neto) e Pula fogueira(Haroldo Lobo/Milton Oliveira), entre as diversas gravadas.

Em 1956 morre Ismael Neto, Severino Filho convida sua irmã Hortensia Silva para fazer a voz de falsete. O disco Os Cariocas a Ismael Neto, pela gravadora Columbia, foi uma homenagem do grupo a seu fundador. Na gravadora Continental foram levados a gravar Born too late, Chá-chá-chá baiano e Always and forever. Músicas que não pertenciam ao estilo do conjunto. Num dos lados desses 78 rpm, colocaram a música Chega de saudade (Tom Jobim/Vinícius de Moraes), com João Gilberto ao violão. Foi com esta melodia que Os Cariocas fizeram a sua entrada definitiva na Bossa Nova. Em 1962 participou do show "O encontro" , na boate carioca Au Bon Gourmet, ao lado de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto, os músicos Milton Banana (bateria) e Otávio Bailly (baixo). As músicas mais simbólicas da bossa nova foram apresentadas, entre elas Samba do avião, Samba de uma nota só, Corcovado, A benção, Garota de Ipanema e outras.

Atuou por diversas vezes no programa de TV, O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, pela TV Record - Canal 7, de São Paulo.

Excursionaram pela Argentina, Porto Rico, Estados Unidos e México em 1965. Fizeram shows em Nova Iorque e Washington, no anfiteatro Carter Barron, tendo a participação de Astrud Gilberto e Paul Anka. Em Nova Iorque , se apresentaram no programa de TV , To-night Show, apresentado por Johnny Carson, na rede NBC. Gravaram quatro programas para o canal 11 de Buenos Aires.

Por divergências com o maestro Severino Filho, o conjunto ficou separado por vinte e um anos. Cada componente cuidando de sua vida particular. A música do grupo continuou a ser divulgada pelas emissoras de rádio. Em 1987 o pianista Alberto Chineli convidou para ouvir o arranjo feito para a música Da cor do pecado, de Bororó; Severino Filho entusiasmado fez o arranjo vocal e chamou os componentes do conjunto para voltarem aos palcos e aos discos.

Dos conjuntos vocais atuais, os que mais se assemelham as vozes é o MPB-4 a dos Os Cariocas.

domingo, 22 de outubro de 2017

Leny Andrade

Leny Andrade de Lima, considerada por muitos a maior cantora de jazz brasileiro, mais conhecida como Leny Andrade, nasceu em Rio de Janeiro, em 25 de janeiro de 1943, e é uma cantora e música brasileira.

Aos seis anos de idade, Leny Andrade começou a tocar piano. Aos nove, entrou para o Conservatório Brasileiro de Música e aos quinze já se apresentava como "crooner" de orquestras. 

Nascida no Rio de Janeiro, aos 15 anos estreou profissionalmente como crooner.

Cantou com o trio de Sergio Mendes, Pery Ribeiro e o Bossa Três, com quem gravou o primeiro disco ao vivo. Enveredou pelo samba de vanguarda nos anos 70, com o disco "Alvoroço".

Em 79 gravou o LP "Registro", voltando ao samba-jazz. Cantando ao lado de artistas como Dick Farney, Luiz Eça, Wagner Tiso, Eumir Deodato, Francis Hime, Gilson Peranzzetta e João Donato, Leny Andrade firmou-se como a maior cantora brasileira de jazz, conhecida por sua notável capacidade de improvisação.

Nas décadas de 80 e 90 dividiu-se entre o Brasil e os Estados Unidos, onde gravou vários discos de samba-jazz, dentre os quais o clássico "Luz Neon".

Lançou também CDs em parceria com instrumentistas de prestígio, como César Camargo Mariano, Cristóvão Bastos e Romero Lubambo. Gravou ainda um CD apenas com standards norte-americanos, em ritmo de bossa nova.

Na década de 60, Leny Andrade começou a se apresentar em boates com o espetáculo Gemini V, com Pery Ribeiro e o grupo Bossa Três.

Nos anos 70 gravou Alvoroço, Leny Andrade e fechou a década com Registro, uma obra marcante de samba-jazz.

A cantora se mostrava cada vez mais uma profissional na arte do improviso e brilhou com parcerias com João Donato e Dick Farney. Prestigiada, seu lançamento, Luz Neon, foi aclamado pela crítica e pelo público. 

Leny Andrade teve vários hits nas paradas brasileiras, e em 2007 dividiu um Grammy Latino com César Camargo Mariano para Melhor Álbum MPB ao Vivo.

Leny Andrade começou sua carreira cantando em boates, morou cinco anos no México e passou boa parte de sua vida vivendo nos Estados Unidos e Europa. Ela estudou na Conservatório Brasileiro de Música.

Leny Andrade se apresentou com Paquito D'Rivera, Luiz Eça, Dick Farney, João Donato, Eumir Deodato e Francis Hime. O estilo eclético de Leny Andrade é uma síntese do samba e do jazz.

Johnny Alf

Na primeira metade da década de 1950, Johnny Alf, pianista, compositor e cantor, fascinava com seus acordes e diferentes harmonias que registrou em discos que hoje são disputados por colecionadores.

Pelo nome, há quem pense que se trata de um gringo, mas Alfredo José da Silva é carioca de Vila Isabel.

Alfredo José da Silva (Rio de Janeiro, 19 de maio de 1929), mais conhecido como Johnny Alf, é um compositor, cantor, instrumentista (pianista) brasileiro.

Considerado um dos precursores da bossa nova, começou a estudar piano clássico na infância, e logo se interessou pelas canções de George Gershwin e Cole Porter.

Na adolescência montou um conjunto musical que se apresentava nos fins de semana, e foi um dos fundadores do ‘Sinatra-Farney Fan Club’.

Convidado para fazer parte de um grupo artístico no ‘Instituto Brasil-Estados Unidos’, recebeu o conselho de adotar o nome artístico Johnny Alf para uma apresentação na Rádio MEC.

Em 1952 começou a atuar profissionalmente como pianista em casas noturnas. Ficou conhecido, tocando em Copacabana, no ‘Beco das Garrafas’ e na boate ‘Plaza’ onde se reuniam à época toda a primeira geração da bossa nova.

Sua música ‘Rapaz de Bem’ é considerada a mais bossa nova das músicas antes da bossa nova. Sua maneira suingada de cantar e se acompanhar ao piano influenciou legiões de cantores e pianistas.

Filho de um cabo do Exército que morreu quando ele tinha apenas 3 anos, a mãe trabalhava em casa de uma família na Tijuca e o criou sozinha. Seus estudos de piano começaram aos nove anos de idade, com Geni Borges, amiga da família para a qual sua mãe trabalhava.

Após o início na música erudita, começou a se interessar pela música popular, principalmente trilhas sonoras do cinema norte-americano e por compositores como George Gershwin e Cole Porter.

Aos 14 anos, formou um conjunto musical, com seus amigos de Vila Isabel, que tocavam na praça Sete, atual praça Barão de Drummond. Estudou no Colégio Pedro II. Entrando em contato com o Instituto Brasil-Estados Unidos, foi convidado para participar de um grupo artístico. Uma amiga americana sugeriu o nome de Johnny Alf.

Dick Farney e Nora Ney o contratam como pianista da nova Cantina do César, de propriedade do radialista César de Alencar, em 1952. Iniciando assim, a sua carreira profissional. Mary Gonçalves, atriz e Rainha do Rádio, estava sendo lançada como cantora, e escolheu três canções de Johnny: Estamos sós, O que é amar e Escuta para fazerem parte do seu longplay Convite ao Romance.

Foi gravado seu primeiro disco em 78 rpm, com a música Falsete de sua autoria, e De cigarro em cigarro (Luís Bonfá). Tocou nas boates Monte Carlo, Mandarim, Clube da Chave, Beco das Garrafas, Drink e Plaza.

Duas canções se destacaram neste período: Céu e mar e Rapaz de bem (1953), consideradas a melodia e a harmonia, como revolucionárias e precursoras da bossa nova.

Em 1955 foi para São Paulo, tocando na boate Baiuca e no bar Michel, com os iniciantes Paulinho Nogueira, Sabá e Luís Chaves.

Em 1962 voltou ao Rio de Janeiro, se apresentando no Bottle's Bar, junto com o conjunto musical Tamba Trio, Sérgio Mendes, Luís Carlos Vinhas e Sylvia Telles. Apresentava-se no Litlle Club e Top, o conjunto formado por Tião Neto (baixista) e Edison Machado (baterista).

Em 1965 realizou uma turnê pelo interior paulista. Professor de música no Conservatório Meireles, de São Paulo. Participou do III Festival da Música Popular Brasileira em 1967, da TV Record - Canal 7, de São Paulo, com a música Eu e a brisa, tendo como intérprete a cantora Márcia (esposa de Silvio Luiz). A música foi desclassificada, porém se tornando um dos maiores sucessos de sua carreira.

Nos anos recentes, Johnny tem se apresentado raramente, em razão de problemas de saúde. Esteve apenas na abertura das exposições dedicadas aos 50 anos da bossa nova na Oca, em 2008, e, em janeiro de 2009, no Auditório do SESC Vila Mariana, em São Paulo.

Segundo o jornalista Ruy Castro, Johnny Alf é o "verdadeiro pai da Bossa Nova".

Paulo Moura

Paulo Moura (São José do Rio Preto, 15 de julho de 1932 — Rio de Janeiro, 12 de julho de 2010) foi um maestro, compositor, arranjador, saxofonista e clarinetista brasileiro de choro, samba e jazz.

Moura era considerado um dos principais nomes da música instrumental do Brasil.

Paulo Moura fez muitas parcerias com a cantora Maysa, de 1969 a 1975, em shows na Boate Igrejinha e no especial da TV Cultura Maysa Estudo.

Em 1982 compôs a trilha sonora do filme O Bom Burguês, dirigido por Oswaldo Caldeira.

Em 2005 fez turnê nacional e internacional do espetáculo Homenagem a Tom Jobim, ao lado de Armandinho, Yamandú Costa e Marcos Suzano.

Participou do documentário Brasileirinho, do finlandês Mika Kaurismaki que, em 2005, foi uma das atrações da mostra fórum do Festival de Berlim. Sua última apresentação foi no Copacabana Palace, em um evento da Sachal Records.

O músico estava internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, desde o dia 4 de julho com um linfoma (câncer do sistema linfático), e faleceu 8 dias depois.

Em 2011, um ano após sua morte, foi lançado a biografia Paulo Moura - Um Solo Brasileiro, de Halina Grynberg, sua esposa por 26 anos, que escreveu o livro baseado em entrevistas que ela fez com Paulo Moura.

Em 2012 foi lançado o CD Paulo Moura & André Sachs - Fruto Maduro, pela gravadora Biscoito Fino, com dez músicas inéditas, um de seus últimos trabalhos autorais,. resultado de uma parceria entre os dois músicos que começou em 2004 e duraria até os momentos finais do maestro. A ultima gravação registrada no disco foi feita em 25 de março de 2010, alguns meses antes do falecimento de Paulo. No dia 21 de junho de 2012 foi inaugurado o Teatro Paulo Moura, um dos maiores e mais bem equipados teatros do interior de São Paulo, em São José do Rio Preto, terra natal do músico. Em 2013, o CD Paulo Moura e André Sachs Fruto Maduro recebeu duas indicações para o 24.o Prêmio da Música Brasileira (melhor álbum instrumental - André Sachs (produtor) e melhor solista - Paulo Moura).

Luiz Bonfá

Luiz Bonfá (Luiz Floriano Bonfá), instrumentista, compositor e cantor nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 17/10/1922.

O pai tocava violão, instrumento que começou também a aprender aos 12 anos, de ouvido.

Mais tarde, tornou-se aluno do maestro uruguaio Isaías Savio, iniciou-se em música clássica e fez parte da orquestra de violões organizada pelo maestro.

No programa Hora do Guri, de Tia Chiquinha, na Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, Luiz Bonfa participou de um concurso para selecionar os seis melhores violonistas, e classificou-se em terceiro lugar, executando uma peça do espanhol Francisco Tárrega (1852-1909).

Luiz Bonfa mudou-se para São Paulo/SP, onde passou a se interessar por música popular.

Estreou profissionalmente em 1945 como solista de violão e vocalista do Trio Campesino, que se apresentou com sucesso nos cassinos da ilha Porchat, de Santos/SP, e de Icaraí, em Niterói/RJ.

Em 1946, Luiz entrou para a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, levado por Garoto, ao lado de quem tocava no programa Clube da Bossa e de quem assimilou grande parte da harmonia moderna.

Luiz Bonfa realizou para a Continental, em 1946, sua primeira gravação, Uma prece e Pescaria em Paquetá (ambas de sua autoria).

Ainda em 1946, Luiz passou a fazer parte do conjunto Quitandinha Serenaders, ao lado de Luís Teles, Francisco Pacheco e Alberto Ruschell.

Com a dissolução dos Quitandinha Serenaders, em 1952, passou a atuar sozinho como solista de violão.

Em 1953, Dick Farney gravou suas composições, entre as quais Ranchinho de palha, Perdido de amor, Sem esse céu e Canção do vaqueiro.

Foi o violonista na gravação das músicas da peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, feita em 1956 pela Odeon.

Luiz Bonfa excursionou pelos E.U.A., em 1956 e em 1959, com a cantora Mary Martin, gravando LPs na etiqueta Atlantic, com elogios da crítica norte-americana pelo seu virtuosismo.

A partir de então, Luiz Bonfa aderiu à bossa nova, tendo participado do festival realizado no Carnegie Hall, em New York, EUA, em novembro de 1962.

Voltou aos EUA para morar durante dois anos - de 1964 a 1966 -, apresentando-se em programas de televisão e em shows em boates, acompanhado da esposa e por vezes parceira, Maria Helena Toledo.

Escreveu músicas para diversos filmes, entre os quais Orfeu do Carnaval (direção de Marcel Camus, 1959), Chico Viola não morreu (direção de Román Vignoly Barreto, 1955) e Os cafajestes (direção de Rui Guerra, 1962).

Suas composições de maior sucesso são: De cigarro em cigarro, samba gravado por Nora Ney em 1953; A chuva caiu (com Tom Jobim), toada gravada em 1955 por Ângela Maria; Samba do Orfeu e Manhã de Carnaval (ambas com Antônio Maria), para o filme Orfeu do Carnaval.

Esta última, cuja primeira gravação foi de Agostinho dos Santos, tornou-se grande êxito mundial e sua composição mais conhecida, tendo sido regravada em vários países.

Classificou, em terceiro lugar, a composição Dia das rosas (com Maria Helena Toledo), no I FIC, da TV-Rio, Rio de Janeiro, em interpretação da cantora Maysa.

No II FIC, da TV Globo, em 1967, apresentou Vem comigo cantar e Amada canta (ambas com Maria Helena Toledo).

A partir de 1967, vivendo nos E.U.A., associou-se a Eumir Deodato e voltou-se inteiramente para o jazz.

Gravou, entre outros, The new face of Luís Bonfá (1970) e Introspection (1972), este considerado um clássico do violão solo nos E.U.A.

Nesta mesma época, participou, com Dom Um Romão, do disco The movie song album de Tony Bennett.

Em 1997, a cantora Ithamara Koorax lançou Almost in love/ The Luís Bonfá Songbook, CD dedicado à obra do violonista e compositor, que toca violão em 12 faixas do disco.

Ainda em 1997, a canção Correnteza, na voz de Djavan, foi sucesso da novela O Rei do Gado, da TV Globo.

Luiz Henrique Rosa

Luiz Henrique Rosa
(Tubarão, 25 de novembro de 1938 — Florianópolis, 9 de julho de 1985) foi um violonista e compositor brasileiro de bossa nova e MPB.

É de sua autoria a melodia do hino do Avaí Futebol Clube.

Aos 11 anos mudou-se com a família para a cidade de Florianópolis, lugar que homenageou até as últimas canções.
Aos vinte e poucos anos teve um programa na Rádio Diário da Manhã, onde tocava suas próprias composições e os sucessos da época.
Antes de compor as estimadas 200 canções, Luiz Henrique também tocou em festas, bares e bailes.

Em 1960 excursionou por todo o sul brasileiro a convite do pianista gaúcho Norberto Baldauf, acompanhando seu conjunto melódico.

Em 1961 mudou-se para o Rio de Janeiro (cidade), onde se apresentou em diversos night-clubs e onde também gravou seu primeiro disco.
Um compacto com duas músicas, Garota da Rua da Praia e Se o Amor É Isso, composições em parceria com Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho.
Em 1963, quando gravou seu primeiro LP, A Bossa Moderna de Luiz Henrique, conquistou as paradas de sucesso em todo o país.

Em 1965, no auge da bossa nova no Brasil, Luiz Henrique partiu para os Estados Unidos. Em Nova York, conviveu com grandes músicos norte-americanos, como Stan Getz, Oscar Brown Jr., Billy Butterfield, Bobby Hacket e Liza Minnelli, entre outros.
E com muitos brasileiros, como Sivuca, Hermeto Pascoal, Walter Wanderley, João Gilberto e Airto Moreira.
 O músico permaneceu nos Estados Unidos até 1971, quando então voltou à sua amada ilha. Em 1976 lançou seu último LP, Mestiço.

Morreu aos 46 anos, quando completaria 25 anos de carreira, vítima de um acidente automobilístico.

No ano de 2003 foi organizado, em sua homenagem, o CD A Bossa Sempre Nova de Luiz Henrique, para o qual os músicos Martinho da Vila, Elza Soares, Ivan Lins, Luiz Melodia, Sandra de Sá, Biá Krieger e Toni Garrido foram convidados a interpretar e gravar suas composições.

Em 2009, Liza Minnelli lançou a coletânea Liza A&M the complete A&M Recordings, com grandes sucessos de sua carreira, e incluiu três canções de Luiz Henrique Rosa, gravadas originalmente pelos dois na década de 1960.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

As Praias Desertas - Margareth Reali

As praias desertas continuam
Esperando por nós dois
A este encontro eu não devo faltar

O mar que brinca na areia
Está sempre a chamar
Agora eu sei que não posso faltar

O vento que venta lá fora
O mato onde não vai ninguém
Tudo me diz
Não podes mais fingir

Porque tudo na vida há de ser sempre assim
Se eu gosto de você
E você gosta de mim

As praias desertas continuam
Esperando por nós dois

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Sambossa - Elza Soares

É hora de Elza Soares e seu 3º LP profissional, Sambossa, Odeon (1963). Sambossa é um dos elementos essenciais de Elza Soares, gravado antes de Elza ter deixado a Europa e se casou com o lendário jogador de futebol Garrincha. Durante este tempo, Elza também apresentou junto com Louis Armstrong, que foi um marco em sua carreira.

Sambossa é a transição de Elza de Samba para Bossa Nova. Um bom desempenho de Dorival Caymmi Rosa Morena abre o LP, Billy Blanco dá a outras composições e também há outro clássico, So Danco Samba, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Ribamar é responsável pelos arranjos, fazendo um conjunto que se encaixa perfeitamente com a voz áspera e escamas de Elza.01- Rosa Morena (Dorival Caymmi) (00:00)
02- Gamação  (João Roberto Kelly)  (02:31)
03- A Banca Do Distinto  (Billy Blanco)  (04:39)
04- Primeira Comunhão  (Miguel Xavier/Billy Blanco)  (06:50)
05- Sim e Não (Carlos Magno/Venâncio/Edilton Lopes)  (09:02)
06- Leilão (Armando Nunes/Nazareno de Brito)   (11:19)
07- Só Danço Samba  (Tom Jobim/Vinicius De Moraes)  (13:46)
08- A Corda e a Caçamba  (Antônio Almeida)  (15:56)
09- Vaca De Presépio  (Billy Blanco)  (18:54)
10- Maria, Mária, Mariá  (Billy Blanco)  (21:35)
11- Quando O Amor Não É Mais Amor  (Ricardo Galeno/Cirene Mendonça)  (24:19)
12- Mulata De Verdade  (Sérgio Malta)  (26:29)

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Baden Powell - Tristeza On Guitar (1966)

Tristeza on Guitar é um disco do violonista Baden Powell. Lançado inicialmente pelo selo alemão Saba, foi remixado e relançado no Brasil com algumas gravações alternativas sob o título "Baden/O Som de Baden Powell" pelo selo Elenco.
 Este álbum foi um dos responsáveis por consolidar a carreira do músico na Europa.

Faixas:
Tristeza (Niltinho e Haroldo Lobo)
Canto de Xangô (Baden Powell, Vinícius de Moraes)
Round about Midnight (Thelonious Monk)
Saravá (Baden Powell)
Canto de Ossanha (Baden Powell, Vinícius de Moraes)
Manhã de Carnaval (Luis Bonfá)
Invenção em 7 1/2 (Baden Powell)
Das Rosas (Dorival Caymmi)
Som de Carnaval (Baden Powell)
O Astronauta (Baden Powell, Vinícius de Moraes)

Músicos:
Baden Powell (violão, agogô, surdo)
Copinha (flauta)
Sergio Barroso (baixo)
Alfredo Bessa (atabaque, cuíca)
Amauri Coelho (pandeiro, atabaque)
Milton Banana (bateria)

sábado, 14 de outubro de 2017

Baden Powell - Canto De Ossanha

O canto da mais difícil
E mais misteriosa das deusas
Do candomblé baiano
Aquela que sabe tudo
Sobre as ervas
Sobre a alquimia do amor

Deaaá! Deeerê! Deaaá!

O homem que diz dou
Não dá!
Porque quem dá mesmo
Não diz!
O homem que diz vou
Não vai!
Porque quando foi
Já não quis!
O homem que diz sou
Não é!
Porque quem é mesmo é
Não sou!
O homem que diz tou
Não tá
Porque ninguém tá
Quando quer
Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha
Traidor!
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor

Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não!
Eu só vou se for prá ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo sinhô
Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha
Não vá!
Que muito vai se arrepender
Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não!
Eu só vou se for prá ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!

Berimbau - Astrud Gilberto

Quem é homem de bem
Não trai!
O amor que lhe quer
Seu bem!
Quem diz muito que vai
Não vai!
Assim como não vai
Não vem!

Quem de dentro de si
Não sai!
Vai morrer sem amar
Ninguém!
O dinheiro de quem
Não dá
É o trabalho de quem
Não tem!
Capoeira que é bom
Não cai!
E se um dia ele cai
Cai bem...

Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar

Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...

Cobra De Vidro (Álbum) MPB-4 e Quarteto em Cy

. Nada Será Como Antes
(Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)

. A Estrada e o Violeiro
(Sidney Miller)

. Guararapes
(Dori Caymmi - Paulo César Pinheiro)

. Noites Cariocas
(Jacob do Bandolim)

. 5/6/65 (Instrumental)
(Luiz Cláudio Ramos)

. Não Existe Pecado ao Sul do Equador
(Ruy Guerra - Chico Buarque)

. O Cio da Terra
(Chico Buarque - Milton Nascimento)

. Me Gustan los Estudiantes
(Violeta Parra)

. Oriente
(Gilberto Gil)

. Because
(McCartney - Lennon)

. Amor, Amor
(Cacaso - Sueli Costa)

. Fuga (Vocal)
(Heitor Villa-Lobos)
............................

)info

:: Créditos deste disco:

Ficha Técnica

Direção de Produção e Estúdio: Marcos Maynard
Coordenação da Produção: Roberto Santana
Assistente de Produção: Miguel Bacellar
Direção Musical: Luiz Claudio Ramos
Técnicos de Gravação: Luiz Claudio Coutinho, Ary Carvalhaes, Paulo (Chocolate), Sergio
Assistentes de Estúdio: Julinho, Anibal, Vitor
Técnico de Mixagem: Luiz Claudio Coutinho
Fotos e Capa: Billy Acioly
Arranjos Instrumental e Vocal: Luiz Claudio Ramos e Magro

Músicos

Luiz Claudio Ramos: Violão, Viola 12, Guitarra
Magro: Piano Fender, RMI, Arp Strings, Piano Yamaha e Wurllitzer
Miltinho: Violão e Cavaquinho
Bebeto Castilho: Baixo, Flauta em Dó
Mário Negrão: Bateria, Percussão, Flauta em Dó
Enéas Costa: Bateria, Percussão
Acordeon em "A Estrada e o Violeiro": Sivuca
Percussão em "Oriente": Djalma Corrêa
Violão em "Guararapes": Dory Caymmi
Cellos em "Guararapes": Engen Ranewsky, Jorge Kunder Ranewsky, Marcio Eymard malard, Watson Clis

As músicas deste LP fazem parte do Show "Cobra de Vidro" com os mesmos artistas.

Gravado nos estúdios Phonogram (16 Canais) no Rio de Janeiro em julho de 1978.

Capa: Billy Acioly
Fotos: Bily Acioly e Tulio Feliciano
Arte: Arthur Fróes

O Show "Cobra de Vidro" estreous no Teatro Carlos Gomes - Rio de Janeiro a 13/4/78.

Ficha técnica do Show

Direção e Roteiro: Túlio Feliciano
Direção Musical: Luis Claudio Ramos
Arranjos Instrumental e Vocal: Magro e Luis Claudio Ramos
Instrumentistas: Luis Claudio Ramos, Magro, Miltinho, Bebéto Castilho, Mário Negrão, Enéas da Costa, Ruy, Aquiles
Cenário: João Grijó dos Santos
Figurinos: Kalma Murtinho
Programação Visual e Movimento Fílmico: Billy Acioly
Sonoplastia: Nilton Gomes de Lima (Cacheado)
Iluminação: Walter Rocche (Tatá)
Operação de Projeções: Roberto Miranda
Cenotécnico: Pedrinho e equipe
Contra-regra: Marcelo Linhares
Administração: Amaury Linhares
Coordenação Geral: Wellington Luiz
Produção: Arpa

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Paula Morelenbaum - Derradeira primavera

Põe a mão na minha mão
Só nos resta uma canção
Vamos, volta, o mais é dor
Ouve só uma vez mais
A última vez, a última voz
A voz de um trovador

Fecha os olhos devagar
Vem e chora comigo
O tempo que o amor não nos deu
Toda a infinita espera
O que não foi só teu e meu
Nessa derradeira primavera

domingo, 8 de outubro de 2017

Gal Costa - Dindí

Céu, tão grande é o céu
E bandos de nuvens que passam ligeiras
Prá onde elas vão, ah, eu não sei, não sei
E o vento que fala das folhas
Contando as histórias que são de ninguém
Mas que são minhas e de você também
Ah, Dindí
Se soubesses do bem que eu te quero
O mundo seria, Dindí, tudo, Dindí, lindo, Dindí
Ah, Dindí
Se um dia você for embora me leva contigo, Dindí
Olha, Dindí, fica, Dindí
E as águas deste rio
Aonde vão? Eu não sei
A minha vida inteira, esperei, esperei por vo...cê, Dindí
Que é a coisa mais linda que existe
É você não existe, Dindí

Agostinho dos Santos - A felicidade

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim
Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Tristeza não tem fim
Tristeza não tem fim
Tristeza não tem fim
Tristeza não tem fim
Tristeza não tem fim