Vinicius de Moraes, nascido Marcus Vinicius de Moraes
(Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um poeta, dramaturgo, jornalista, diplomata, cantor e compositor brasileiro.
Poeta essencialmente lírico, o que lhe renderia a alcunha "poetinha", que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador.
O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. Ainda assim, sempre considerou que a poesia foi sua primeira e maior vocação, e que toda sua atividade artística deriva do fato de ser poeta. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra. O ano de 1958 marcaria o início de um dos movimentos mais importantes da música brasileira, a Bossa Nova. A pedra fundamental do movimento veio com o álbum "Canção do Amor Demais", gravado pela cantora Elizeth Cardoso. Além da faixa-título, o antológico LP contava ainda com outras canções de autoria da dupla Vinicius e Tom, como "Luciana", "Estrada Branca", "Outra Vez" e "Chega de Saudade", em interpretações vocais intimistas.
"Chega de Saudade" foi uma canção fundamental daquele novo movimento, especialmente porque o álbum de Elizeth contou com a participação de um jovem violonista, que com seu inovador modo de tocar o violão, caracterizado por uma nova batida, marcaria definitivamente a bossa nova e a tornaria famosa no mundo inteiro a partir dali. O nome deste violonista é João Gilberto.
A importância do disco "Canção do Amor Demais" é tamanha que ele é tido como referência por muitos artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso.
Várias das composições de Vinicius foram gravadas na metade final daquela década por outros artistas. Joel de Almeida gravou "Loura ou Morena" (1956). No ano seguinte, Aracy de Almeida gravou "Bom Dia, Tristeza" (composta com Adoniran Barbosa), Tito Madi gravou "Se Todos Fossem Iguais A Você", Bill Farr gravou "Eu Não Existo Sem Você", Agnaldo Rayol gravou "Serenata do Adeus" e Albertinho Fortuna gravou "Eu Sei Que Vou Te Amar". "O Nosso Amor" e "A Felicidade" foram duas das canções mais lançadas no final daquela década. A primeira foi gravada por Lueli Figueiró e Diana Montez, ambas em 1959. Já a segunda foi lançada por Lueli Figueiró, Lenita Bruno, Agostinho dos Santos e João Gilberto.
Servindo ao Itamaraty em Montevidéu desde 1957, Vinicius de Moraes deixaria a embaixada brasileira no Uruguai somente em 1960. Suas canções continuaram sendo gravadas por muitos artistas no início da década de 1960. Foram lançadas "Janelas Abertas" (composta com Tom Jobim), por Jandira Gonçalves, e "Bate Coração", (composta com Antônio Maria), por Marianna Porto de Aragão, cantora cultuada na época como uma das vozes mais poderosas de toda uma geração de cantoras.
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
sábado, 23 de setembro de 2017
Gal Costa Canta Tom Jobim
Gal Costa Canta Tom Jobim é o vigésimo sétimo álbum da cantora Gal Costa, lançado em 1999, em homenagem ao compositor Tom Jobim, que falecera em 1994.
Álbum 1 faixas:
1 Fotografia
2 Por Causa de Você
3 Garota de Ipanema
4 Derradeira Primavera
5 Wave
6 Estrada do Sol
7 Brigas Nunca Mais
8 Piano na Mangueira
9 Esquecendo Você
10 Se Todos Fossem Iguais a Você
11 Chega de Saudade
12 Samba do Avião
Álbum 2 faixas:
1 Anos Dourados
2 Desafinado
3 Corcovado
4 Lígia
5 Tema de Amor de Gabriela
6 Janelas Abertas
7 Bonita
8 Triste
9 Chovendo na Roseira
10 Falando de Amor
11 A Felicidade
12 Frevo
Álbum 1 faixas:
1 Fotografia
2 Por Causa de Você
3 Garota de Ipanema
4 Derradeira Primavera
5 Wave
6 Estrada do Sol
7 Brigas Nunca Mais
8 Piano na Mangueira
9 Esquecendo Você
10 Se Todos Fossem Iguais a Você
11 Chega de Saudade
12 Samba do Avião
Álbum 2 faixas:
1 Anos Dourados
2 Desafinado
3 Corcovado
4 Lígia
5 Tema de Amor de Gabriela
6 Janelas Abertas
7 Bonita
8 Triste
9 Chovendo na Roseira
10 Falando de Amor
11 A Felicidade
12 Frevo
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Marcos Valle
Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista e arranjador brasileiro.
Considerado como um dos integrantes da segunda geração da bossa nova, iniciou sua carreira artística em 1961 integrando um trio, juntamente com Edu Lobo e Dori Caymmi. Nessa época, começou a compor suas primeiras músicas em parceria com o irmão Paulo Sérgio Valle. O trabalho da dupla foi registrado, pela primeira vez, em 1963, com a gravação da canção "Sonho de Maria", pelo Tamba Trio.
Em 1963, gravou seu primeiro LP, "Samba demais", registrando suas composições "Amor de nada", "Razão do amor", "Tudo de você", "Sonho de Maria", "E vem o sol" e "Ainda mais lindo", todas em parceria com Paulo Sérgio Valle, além das canções "Vivo sonhando" (Tom Jobim), "Moça flor", (Durval Ferreira e Lula Freire), "Canção pequenina" (Pingarilho), "Ela é carioca" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Ilusão à toa" (Johnny Alf) e "A morte de um Deus de sal" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). O disco foi contemplado com vários prêmios. Nessa época, começou a apresentar-se em shows e abandonou o curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro no segundo ano.
Em 1965, participou do espetáculo "A bossa no Paramount", realizado no Teatro Paramount (SP), no qual interpretou duas canções inéditas que se tornariam emblemáticas em sua carreira de compositor: "Preciso aprender a ser só" e "Terra de ninguém", ambas com Paulo Sérgio Valle. A segunda, contou com a participação de Elis Regina, então em início de carreira, alcançando, de imediato, enorme sucesso. Nesse mesmo ano, lançou o disco autoral "O compositor e o cantor Marcos Valle", com destaque para as canções "Gente", "Preciso aprender a ser só", "Samba de verão", "A resposta" e "Deus brasileiro", todas com Paulo Sérgio Valle. Ainda em 1965, viajou para os Estados Unidos, onde fez parte durante sete meses do conjunto de Sérgio Mendes, Brasil’65, com o qual se apresentou em casas noturnas, universidades e no programa de televisão de Andy Williams (o qual gravou duas bossa nova, "Summer Samba (So Nice)" e "The Face I Love (Seu Encanto)"). Também gravou um single com "All my loving", dos Beatles, em ritmo de bossa nova. Após esse período, retornou ao Brasil.
Em 1966, a gravação de Walter Wanderley de sua música "Samba de Verão" (c/ Paulo Sérgio Valle) alcançou o 2º lugar nas paradas de sucesso norte-americanas, recebendo, mais tarde, em torno de 80 regravações nesse país. Nesse ano, Marcos começou a gravar as faixas do que seria seu terceiro LP mas não concluiu esse trabalho. Voltou no ano seguinte para os Estados Unidos e lançou nesse país o LP instrumental "Braziliance! A música de Marcos Valle", registrando suas canções "Os grilos", "Preciso aprender a ser só", "Batucada surgiu", "Samba de verão", "Vamos pranchar", "Deus brasileiro", "Patricinha", "Passa por mim" e "Se você soubesse", todas com Paulo Sérgio Valle, "Seu encanto" (c/ Paulo Sérgio Valle e Pingarilho), "Dorme profundo" (c/ Pingarilho) e "Tanto andei". Nesse mesmo ano, gravou outro LP, "Samba '68". Lançado pelo lendário selo Verve, esse trabalho contém alguns de seus maiores sucessos vertidos para o inglês, com arranjos de Eumir Deodato e participação de grandes músicos norte-americanos. O próprio Valle cuidou dos vocais principais em dueto com Annamaria de Carvalho Valle, então sua esposa.
Porém, com saudades do Rio de Janeiro e assustado com a possibilidade de ser recrutado para servir o Exército norte-americano na Guerra do Vietnã, Marcos Valle desembarcou no Galeão nos últimos dias de 1967. Trazia novas canções na bagagem e, no início de 1968 preparou um novo LP. "Viola enluarada", exclusivamente autoral, tem como destaque a faixa-título (c/ Paulo Sérgio Valle), cantada em duo com Milton Nascimento, além de "Próton elétron nêutron" (uma primeira experiência misturando baião e samba), "Maria da favela", "Homem do meu mundo", "Terra de ninguém", "Eu", "Tião Braço Forte" e "O amor é chama", todas com Paulo Sérgio Valle, "Viagem" (c/ Ronaldo Bastos), "Bloco do eu sozinho" (c/ Ruy Guerra), "Réquiem" (c/ Milton Nascimento, Ruy Guerra e Ronaldo Bastos) e "Pelas ruas do Recife" (c/ Paulo Sérgio Valle e Novelli).
Em 1969, gravou o LP "Mustang cor de sangue", com destaque para a faixa título, para o tema instrumental "Azimuth" e para a canção "Dia de vitória", ambas com Paulo Sérgio Valle. Esse trabalho representa uma mudança interessante de direção em sua carreira. A bossa nova vivia um momento de baixa no Brasil e Marcos Valle tratou de caminhar em direção a um pop cosmopolita. Uma influência presente desde sempre em sua vida: o menino Marcos adorava ouvir música norte-americana no rádio e na vitrola. Na adolescência, o rock'n'roll o conquistou a ponto de ele até hoje citar "Be Bop a Lula" (de Gene Vincent) como uma das canções que o marcaram no período. Com um enorme talento natural para criar grooves e apaixonado por ritmo, incorporou o soul norte-americano e a pilantragem de Wilson Simonal. Longe da inocência juvenil dos primeiros anos de sua carreira, esse novo Marcos Valle passou a ser associado à modernidade, à tecnologia e a uma imagem de cidadão do mundo. Por sua vez, as letras de Paulo Sérgio Valle passaram a adotar temáticas críticas. Disparando contra a sociedade de consumo e a ditadura militar, os irmãos Valle produziram algumas obras-primas nessa época. Infelizmente, esse lado de sua obra não recebeu até hoje o devido crédito: Marcos Valle não se identificou com o padrão "guerrilheiro" vigente na MPB a partir da Tropicália. Descendente de alemães, loiro e tachado como "um bem-nascido representante da elite carioca", suas provocações e contestações são ignoradas por parte da crítica e do público. No livro "Eu não sou cachorro não", de Paulo César de Araújo, sua canção "Flamengo até morrer" foi descrita como "adesista" quando era exatamente o contrário: uma ironia muito sofisticada à alienação causada pelo futebol nos brasileiros.
Considerado como um dos integrantes da segunda geração da bossa nova, iniciou sua carreira artística em 1961 integrando um trio, juntamente com Edu Lobo e Dori Caymmi. Nessa época, começou a compor suas primeiras músicas em parceria com o irmão Paulo Sérgio Valle. O trabalho da dupla foi registrado, pela primeira vez, em 1963, com a gravação da canção "Sonho de Maria", pelo Tamba Trio.
Em 1963, gravou seu primeiro LP, "Samba demais", registrando suas composições "Amor de nada", "Razão do amor", "Tudo de você", "Sonho de Maria", "E vem o sol" e "Ainda mais lindo", todas em parceria com Paulo Sérgio Valle, além das canções "Vivo sonhando" (Tom Jobim), "Moça flor", (Durval Ferreira e Lula Freire), "Canção pequenina" (Pingarilho), "Ela é carioca" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Ilusão à toa" (Johnny Alf) e "A morte de um Deus de sal" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). O disco foi contemplado com vários prêmios. Nessa época, começou a apresentar-se em shows e abandonou o curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro no segundo ano.
Em 1965, participou do espetáculo "A bossa no Paramount", realizado no Teatro Paramount (SP), no qual interpretou duas canções inéditas que se tornariam emblemáticas em sua carreira de compositor: "Preciso aprender a ser só" e "Terra de ninguém", ambas com Paulo Sérgio Valle. A segunda, contou com a participação de Elis Regina, então em início de carreira, alcançando, de imediato, enorme sucesso. Nesse mesmo ano, lançou o disco autoral "O compositor e o cantor Marcos Valle", com destaque para as canções "Gente", "Preciso aprender a ser só", "Samba de verão", "A resposta" e "Deus brasileiro", todas com Paulo Sérgio Valle. Ainda em 1965, viajou para os Estados Unidos, onde fez parte durante sete meses do conjunto de Sérgio Mendes, Brasil’65, com o qual se apresentou em casas noturnas, universidades e no programa de televisão de Andy Williams (o qual gravou duas bossa nova, "Summer Samba (So Nice)" e "The Face I Love (Seu Encanto)"). Também gravou um single com "All my loving", dos Beatles, em ritmo de bossa nova. Após esse período, retornou ao Brasil.
Em 1966, a gravação de Walter Wanderley de sua música "Samba de Verão" (c/ Paulo Sérgio Valle) alcançou o 2º lugar nas paradas de sucesso norte-americanas, recebendo, mais tarde, em torno de 80 regravações nesse país. Nesse ano, Marcos começou a gravar as faixas do que seria seu terceiro LP mas não concluiu esse trabalho. Voltou no ano seguinte para os Estados Unidos e lançou nesse país o LP instrumental "Braziliance! A música de Marcos Valle", registrando suas canções "Os grilos", "Preciso aprender a ser só", "Batucada surgiu", "Samba de verão", "Vamos pranchar", "Deus brasileiro", "Patricinha", "Passa por mim" e "Se você soubesse", todas com Paulo Sérgio Valle, "Seu encanto" (c/ Paulo Sérgio Valle e Pingarilho), "Dorme profundo" (c/ Pingarilho) e "Tanto andei". Nesse mesmo ano, gravou outro LP, "Samba '68". Lançado pelo lendário selo Verve, esse trabalho contém alguns de seus maiores sucessos vertidos para o inglês, com arranjos de Eumir Deodato e participação de grandes músicos norte-americanos. O próprio Valle cuidou dos vocais principais em dueto com Annamaria de Carvalho Valle, então sua esposa.
Porém, com saudades do Rio de Janeiro e assustado com a possibilidade de ser recrutado para servir o Exército norte-americano na Guerra do Vietnã, Marcos Valle desembarcou no Galeão nos últimos dias de 1967. Trazia novas canções na bagagem e, no início de 1968 preparou um novo LP. "Viola enluarada", exclusivamente autoral, tem como destaque a faixa-título (c/ Paulo Sérgio Valle), cantada em duo com Milton Nascimento, além de "Próton elétron nêutron" (uma primeira experiência misturando baião e samba), "Maria da favela", "Homem do meu mundo", "Terra de ninguém", "Eu", "Tião Braço Forte" e "O amor é chama", todas com Paulo Sérgio Valle, "Viagem" (c/ Ronaldo Bastos), "Bloco do eu sozinho" (c/ Ruy Guerra), "Réquiem" (c/ Milton Nascimento, Ruy Guerra e Ronaldo Bastos) e "Pelas ruas do Recife" (c/ Paulo Sérgio Valle e Novelli).
Em 1969, gravou o LP "Mustang cor de sangue", com destaque para a faixa título, para o tema instrumental "Azimuth" e para a canção "Dia de vitória", ambas com Paulo Sérgio Valle. Esse trabalho representa uma mudança interessante de direção em sua carreira. A bossa nova vivia um momento de baixa no Brasil e Marcos Valle tratou de caminhar em direção a um pop cosmopolita. Uma influência presente desde sempre em sua vida: o menino Marcos adorava ouvir música norte-americana no rádio e na vitrola. Na adolescência, o rock'n'roll o conquistou a ponto de ele até hoje citar "Be Bop a Lula" (de Gene Vincent) como uma das canções que o marcaram no período. Com um enorme talento natural para criar grooves e apaixonado por ritmo, incorporou o soul norte-americano e a pilantragem de Wilson Simonal. Longe da inocência juvenil dos primeiros anos de sua carreira, esse novo Marcos Valle passou a ser associado à modernidade, à tecnologia e a uma imagem de cidadão do mundo. Por sua vez, as letras de Paulo Sérgio Valle passaram a adotar temáticas críticas. Disparando contra a sociedade de consumo e a ditadura militar, os irmãos Valle produziram algumas obras-primas nessa época. Infelizmente, esse lado de sua obra não recebeu até hoje o devido crédito: Marcos Valle não se identificou com o padrão "guerrilheiro" vigente na MPB a partir da Tropicália. Descendente de alemães, loiro e tachado como "um bem-nascido representante da elite carioca", suas provocações e contestações são ignoradas por parte da crítica e do público. No livro "Eu não sou cachorro não", de Paulo César de Araújo, sua canção "Flamengo até morrer" foi descrita como "adesista" quando era exatamente o contrário: uma ironia muito sofisticada à alienação causada pelo futebol nos brasileiros.
Zimbo Trio
Zimbo Trio é um trio instrumental brasileiro surgido no ano de 1964. Foi formado originariamente por Amilton Godói ao piano, Luís Chaves no contrabaixo e Rubinho Barsotti na bateria.
O termo Zimbo, retirado do dicionário afro-brasileiro, significa boa sorte, felicidade e sucesso.
Zimbo era também uma antiga moeda que circulava no Congo e em Angola.
No Brasil colonial o Zimbo era uma dentre tantas moedas africanas que circulavam na colônia.
O Zimbo Trio foi formado em março de 1964 em São Paulo por Luís Chaves Oliveira da Paz "Luís Chaves" (contrabaixo), Rubens Alberto Barsotti "Rubinho" (bateria) e Amilton Godói (piano).
A primeira apresentação como Zimbo Trio foi na Boate Oásis, em 17 de março de 1964, acompanhando a cantora Norma Bengell. O show foi produzido por Aloysio de Oliveira. Uma das músicas tocadas foi "Consolação" de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Ainda nesse ano seriam os intérpretes de música de Rogério Duprat para o filme de Bengell, Noite Vazia.
Em 1965, o Zimbo Trio passou a fazer acompanhamento fixo do programa O Fino da Bossa, da TV Record, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, um dos mais importantes na divulgação de novos talentos musicais.
Em 1968, participou de um show antológico no Teatro João Caetano que reuniu Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e o conjunto Época de Ouro. O fruto deste encontro foi o registro de dois volumes gravados ao vivo.
Em 1973, o trio, juntamente com o baterista João Rodrigues Ariza "Chumbinho", fundaram, em São Paulo, o Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM, voltado para a formação musical ampla, sem separação entre erudito e popular. Dirigida pelo Zimbo Trio, esta escola formou gerações de músicos.
Em 2007, faleceu o contrabaixista Luís Chaves, um dos fundadores do Zimbo Trio. Itamar Collaço (baixo elétrico) ficou encarregado de levar adiante o legado do músico ao substituí-lo. Com a entrada de Itamar, o Zimbo Trio introduziu o baixo elétrico.
Em 2010, o contrabaixo acústico voltou ao trio com a entrada de Mario Andreotti, que substituiu Itamar Collaço.
Atualmente, o Zimbo Trio é formado por Amilton Godói (piano), Mario Andreotti (contrabaixo) e Pércio Sápia (bateria), que divide o palco com seu mestre Rubinho Barsotti, que se recupera de uma cirurgia.
Em uma nova fase, o trio, que em alguns shows atua como um quarteto, apresenta um repertório autoral baseado em composições do pianista Amilton Godói, trabalho registrado em CD e DVD em show ao vivo realizado em novembro de 2010 no Teatro Fecap com show de lançamento em maio de 2011 no Auditório Ibirapuera.
Com mais de 45 anos de carreira e 51 discos gravados, o Zimbo Trio conquistou reconhecimento mundial, excursionando por países dos 5 continentes, divulgando a música instrumental brasileira.
O termo Zimbo, retirado do dicionário afro-brasileiro, significa boa sorte, felicidade e sucesso.
Zimbo era também uma antiga moeda que circulava no Congo e em Angola.
No Brasil colonial o Zimbo era uma dentre tantas moedas africanas que circulavam na colônia.
O Zimbo Trio foi formado em março de 1964 em São Paulo por Luís Chaves Oliveira da Paz "Luís Chaves" (contrabaixo), Rubens Alberto Barsotti "Rubinho" (bateria) e Amilton Godói (piano).
A primeira apresentação como Zimbo Trio foi na Boate Oásis, em 17 de março de 1964, acompanhando a cantora Norma Bengell. O show foi produzido por Aloysio de Oliveira. Uma das músicas tocadas foi "Consolação" de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Ainda nesse ano seriam os intérpretes de música de Rogério Duprat para o filme de Bengell, Noite Vazia.
Em 1965, o Zimbo Trio passou a fazer acompanhamento fixo do programa O Fino da Bossa, da TV Record, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, um dos mais importantes na divulgação de novos talentos musicais.
Em 1968, participou de um show antológico no Teatro João Caetano que reuniu Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e o conjunto Época de Ouro. O fruto deste encontro foi o registro de dois volumes gravados ao vivo.
Em 1973, o trio, juntamente com o baterista João Rodrigues Ariza "Chumbinho", fundaram, em São Paulo, o Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM, voltado para a formação musical ampla, sem separação entre erudito e popular. Dirigida pelo Zimbo Trio, esta escola formou gerações de músicos.
Em 2007, faleceu o contrabaixista Luís Chaves, um dos fundadores do Zimbo Trio. Itamar Collaço (baixo elétrico) ficou encarregado de levar adiante o legado do músico ao substituí-lo. Com a entrada de Itamar, o Zimbo Trio introduziu o baixo elétrico.
Em 2010, o contrabaixo acústico voltou ao trio com a entrada de Mario Andreotti, que substituiu Itamar Collaço.
Atualmente, o Zimbo Trio é formado por Amilton Godói (piano), Mario Andreotti (contrabaixo) e Pércio Sápia (bateria), que divide o palco com seu mestre Rubinho Barsotti, que se recupera de uma cirurgia.
Em uma nova fase, o trio, que em alguns shows atua como um quarteto, apresenta um repertório autoral baseado em composições do pianista Amilton Godói, trabalho registrado em CD e DVD em show ao vivo realizado em novembro de 2010 no Teatro Fecap com show de lançamento em maio de 2011 no Auditório Ibirapuera.
Com mais de 45 anos de carreira e 51 discos gravados, o Zimbo Trio conquistou reconhecimento mundial, excursionando por países dos 5 continentes, divulgando a música instrumental brasileira.
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Elis Regina - No Fino da Bossa 3 álbuns.
Há 45 anos estreava na TV Record, em pleno período de efervescência da música brasileira, o programa O Fino da Bossa.
Apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, acompanhados na maior
parte das edições pelo Zimbo Trio, o programa recebia ao vivo no palco
convidados como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Dorival Caymmi e Os
Cariocas.
Produzido e dirigido por Manoel Carlos (hoje conhecido como autor de novelas) e Nilton Travesso, a atração ficou no ar três anos com grande sucesso, entre 1965 e 1967. O Fino da Bossa marcou não somente a história da televisão brasileira, como também ajudou a difundir e redefinir os rumos da música popular brasileira.
O Galeria presta uma homenagem à essa histórica atração resgatando musicais apresentados no palco do Teatro Paramount, em São Paulo, além de depoimentos de Elis Regina registrados em 1978 e 1982. O produtor Solano Ribeiro, o pianista e compositor do Zimbo Trio, Amilton Godoy e, claro, Jair Rodrigues, relembram alguns momentos desse clássico da televisão e música brasileiras.
Produzido e dirigido por Manoel Carlos (hoje conhecido como autor de novelas) e Nilton Travesso, a atração ficou no ar três anos com grande sucesso, entre 1965 e 1967. O Fino da Bossa marcou não somente a história da televisão brasileira, como também ajudou a difundir e redefinir os rumos da música popular brasileira.
O Galeria presta uma homenagem à essa histórica atração resgatando musicais apresentados no palco do Teatro Paramount, em São Paulo, além de depoimentos de Elis Regina registrados em 1978 e 1982. O produtor Solano Ribeiro, o pianista e compositor do Zimbo Trio, Amilton Godoy e, claro, Jair Rodrigues, relembram alguns momentos desse clássico da televisão e música brasileiras.
Astrud Gilberto
Astrud Gilberto, nascida Astrud Evangelina Weinert (Salvador, 29 de março de 1940), é uma cantora brasileira de bossa nova , MPB e jazz de fama internacional.
Nascida na Bahia, filha de mãe brasileira e pai alemão, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família, em 1947, para morar na Avenida Atlântica, em Copacabana. Seu pai era professor de idiomas e de literatura. Sua mãe tinha grande paixão pela música, cantava e tocava bandolim. Caçula de três irmãs, era extremamente tímida e passou anos a reprimir seu interesse pelo canto. Na adolescência, sua melhor amiga Nara Leão, então a aspirante a cantora, foi incentivando a amiga a soltar a voz. Foi também Nara quem apresentou Astrud e João Gilberto, que passou a ser o grande incentivador da namorada. João e Astrud se casaram em 1959. Em menos de um ano, ela esperava o primogênito, Marcelo.
Em maio de 1960, Astrud sobe ao palco pela primeira vez, no histórico show Noite do Amor, do Sorriso e da Flor, no anfiteatro da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, organizado para comemorar o lançamento do segundo LP de João Gilberto, O Amor, o Sorriso, a Flor (Odeon, 1960), e do qual participaram também Nara Leão, Dori Caymmi, Chico Feitosa, Johnny Alf, o Trio Irakitan, Elza Soares, Sérgio Ricardo, Sylvia Telles, Pedrinho Mattar, Norma Bengell, Nana Caymmi, o grupo vocal Os Cariocas, Hélcio Milito, Bebeto Castilho, Roberto Menescal e outros. O espetáculo foi produzido e apresentado por Ronaldo Bôscoli.
Em 1963, Astrud e João se transferem para os Estados Unidos. No mesmo ano, Astrud participa do álbum Getz/Gilberto juntamente com seu marido e o saxofonista Stan Getz, com arranjos de Tom Jobim. Astrud, que nunca havia cantado profissionalmente, participa das gravações, mas, durante as apresentações subsequentes, descobriu que sofria de medo de palco.
Em 1964, meses após as gravações de Getz/Gilberto, João se separa de Astrud. Em 1965, Astrud lança o seu primeiro álbum solo. Seguiram-se muitos outros. De 1965 a 2002 , cantando bossa-nova, MPB, standards do jazz e canções americanas e europeias, em inglês, francês, italiano e alemão, gravou 18 álbuns solo.
Ela continua a viver nos Estados Unidos. Atualmente, mora em Filadélfia, na companhia dos filhos, o baixista Marcelo Gilberto (nascido em 1960, de seu casamento com João Gilberto) e Greg Lasorsa, de seu segundo casamento.
O sucesso do trabalho de Astrud Gilberto na canção The Girl from Ipanema tornou-a um nome proeminente na música do jazz, e ela começou a fazer gravações solo.
Embora Astrud tenha começado como intérprete de bossa nova brasileira e jazz americano, passou também a gravar composições próprias na década de 1970. A canção "Astrud" , interpretada pela cantora polaca Basia é um tributo a ela.
Astrud Gilberto recebeu o prêmio Latin Jazz USA Award for Lifetime Achievement (1992) e foi incluída no International Latin Music Hall of Fame, em 2002.
A cantora também tornou-se conhecida pelo seu trabalho como artista plástica, assim como por seu ativismo em favor dos direitos dos animais.
Nascida na Bahia, filha de mãe brasileira e pai alemão, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família, em 1947, para morar na Avenida Atlântica, em Copacabana. Seu pai era professor de idiomas e de literatura. Sua mãe tinha grande paixão pela música, cantava e tocava bandolim. Caçula de três irmãs, era extremamente tímida e passou anos a reprimir seu interesse pelo canto. Na adolescência, sua melhor amiga Nara Leão, então a aspirante a cantora, foi incentivando a amiga a soltar a voz. Foi também Nara quem apresentou Astrud e João Gilberto, que passou a ser o grande incentivador da namorada. João e Astrud se casaram em 1959. Em menos de um ano, ela esperava o primogênito, Marcelo.
Em maio de 1960, Astrud sobe ao palco pela primeira vez, no histórico show Noite do Amor, do Sorriso e da Flor, no anfiteatro da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, organizado para comemorar o lançamento do segundo LP de João Gilberto, O Amor, o Sorriso, a Flor (Odeon, 1960), e do qual participaram também Nara Leão, Dori Caymmi, Chico Feitosa, Johnny Alf, o Trio Irakitan, Elza Soares, Sérgio Ricardo, Sylvia Telles, Pedrinho Mattar, Norma Bengell, Nana Caymmi, o grupo vocal Os Cariocas, Hélcio Milito, Bebeto Castilho, Roberto Menescal e outros. O espetáculo foi produzido e apresentado por Ronaldo Bôscoli.
Em 1963, Astrud e João se transferem para os Estados Unidos. No mesmo ano, Astrud participa do álbum Getz/Gilberto juntamente com seu marido e o saxofonista Stan Getz, com arranjos de Tom Jobim. Astrud, que nunca havia cantado profissionalmente, participa das gravações, mas, durante as apresentações subsequentes, descobriu que sofria de medo de palco.
Em 1964, meses após as gravações de Getz/Gilberto, João se separa de Astrud. Em 1965, Astrud lança o seu primeiro álbum solo. Seguiram-se muitos outros. De 1965 a 2002 , cantando bossa-nova, MPB, standards do jazz e canções americanas e europeias, em inglês, francês, italiano e alemão, gravou 18 álbuns solo.
Ela continua a viver nos Estados Unidos. Atualmente, mora em Filadélfia, na companhia dos filhos, o baixista Marcelo Gilberto (nascido em 1960, de seu casamento com João Gilberto) e Greg Lasorsa, de seu segundo casamento.
O sucesso do trabalho de Astrud Gilberto na canção The Girl from Ipanema tornou-a um nome proeminente na música do jazz, e ela começou a fazer gravações solo.
Embora Astrud tenha começado como intérprete de bossa nova brasileira e jazz americano, passou também a gravar composições próprias na década de 1970. A canção "Astrud" , interpretada pela cantora polaca Basia é um tributo a ela.
Astrud Gilberto recebeu o prêmio Latin Jazz USA Award for Lifetime Achievement (1992) e foi incluída no International Latin Music Hall of Fame, em 2002.
A cantora também tornou-se conhecida pelo seu trabalho como artista plástica, assim como por seu ativismo em favor dos direitos dos animais.
sábado, 16 de setembro de 2017
Sylvia Telles (BIOGRAFIA)
Sylvia Telles (Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1934 — Maricá, 19 de dezembro de 1966), também conhecida como Sylvinha Telles, Dindi foi uma cantora brasileira e uma das intérpretes dos primórdios da bossa nova.
A maioria de seus discos está fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.
Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo, "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final - com Dick Farney e Amargura, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu da Conceição".
Sylvia era filha de Maria Amélia D'Atri, natural da França, e do carioca Paulo Telles, um amante da música clássica. Seu irmão mais velho, Mário Telles, também foi músico.
Ela estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria e sonhava se tornar bailarina, mas, ao realizar um curso de teatro, descobriu que seu talento era realmente cantar.
Em 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de Sylvinha e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniões que eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seu primeiro namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário; o relacionamento acabou porque a família Telles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa dos outros.
No ano seguinte, o comediante Colé a convidou para participar de um musical, chamado Gente bem e champanhota, apresentado no Teatro Follies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de Mello Mattos, o Candinho, acompanhou Sylvinha na canção Amendoim torradinho, por Henrique Beltrão. Eles se apaixonaram à primeira vista. Pouco tempo depois, morreu Garoto, sem poder ver o lançamento do primeiro disco de Telles.
A atuação de Sylvinha neste espetáculo chamou a atenção da gravadora Odeon, que a contratou como artista exclusiva. Em junho de 1955 ela gravou "Amendoim torradinho", faixa que obteve bastante destaque nas rádios e que a levou a ser premiada como Cantora revelação de 1955, prêmio outorgado pelo jornal O Globo.
Sylvinha e Candinho casaram-se e tiveram uma filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu marido apresentaram pela TV Rio o programa Música e romance, recebendo como convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf e Billy Blanco. Contudo, o casal logo se separou.
Em 1958, o local de encontro dos músicos passou a ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos de idade. Ronaldo Bôscoli, que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia Telles, que já era um nome conhecido, foi então chamada para participar de um espetáculo no Grupo Universitário Hebraico, juntamente com Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e os seus Bossa nova", que a expressão "bossa nova" foi divulgada pela primeira vez.
Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países, como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.
Em 1960, já divorciada de Candinho, Sylvia casou-se em Las Vegas com o produtor musical Aloysio de Oliveira, separando-se em 1964 por causa de ciúme. Aloysio casou-se com Cyva, do Quarteto em Cy, posteriormente.
A maioria de seus discos está fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.
Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo, "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final - com Dick Farney e Amargura, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu da Conceição".
Sylvia era filha de Maria Amélia D'Atri, natural da França, e do carioca Paulo Telles, um amante da música clássica. Seu irmão mais velho, Mário Telles, também foi músico.
Ela estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria e sonhava se tornar bailarina, mas, ao realizar um curso de teatro, descobriu que seu talento era realmente cantar.
Em 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de Sylvinha e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniões que eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seu primeiro namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário; o relacionamento acabou porque a família Telles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa dos outros.
No ano seguinte, o comediante Colé a convidou para participar de um musical, chamado Gente bem e champanhota, apresentado no Teatro Follies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de Mello Mattos, o Candinho, acompanhou Sylvinha na canção Amendoim torradinho, por Henrique Beltrão. Eles se apaixonaram à primeira vista. Pouco tempo depois, morreu Garoto, sem poder ver o lançamento do primeiro disco de Telles.
A atuação de Sylvinha neste espetáculo chamou a atenção da gravadora Odeon, que a contratou como artista exclusiva. Em junho de 1955 ela gravou "Amendoim torradinho", faixa que obteve bastante destaque nas rádios e que a levou a ser premiada como Cantora revelação de 1955, prêmio outorgado pelo jornal O Globo.
Sylvinha e Candinho casaram-se e tiveram uma filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu marido apresentaram pela TV Rio o programa Música e romance, recebendo como convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf e Billy Blanco. Contudo, o casal logo se separou.
Em 1958, o local de encontro dos músicos passou a ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos de idade. Ronaldo Bôscoli, que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia Telles, que já era um nome conhecido, foi então chamada para participar de um espetáculo no Grupo Universitário Hebraico, juntamente com Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e os seus Bossa nova", que a expressão "bossa nova" foi divulgada pela primeira vez.
Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países, como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.
Em 1960, já divorciada de Candinho, Sylvia casou-se em Las Vegas com o produtor musical Aloysio de Oliveira, separando-se em 1964 por causa de ciúme. Aloysio casou-se com Cyva, do Quarteto em Cy, posteriormente.
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