sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Agostinho dos Santos (BIOGRAFIA)
Iniciou sua carreira no início dos anos 1950, como crooner da orquestra
de Osmar Milani, na capital paulista. Nessa época, chegou a participar
de alguns programas de calouros. Em 1951, por indicação do trompetista
José Luís, foi contratado pela Rádio América de São Paulo. Anos depois,
seria contratado pela Rádio Nacional paulista. Gravou o primeiro disco
em 1953 pelo selo Star com o samba "Rasga teu verso", de Sereno e Manoel
Ferreira.
Em 1955, atuou na Rádio América de São Paulo e depois foi ao Rio de
Janeiro para cantar com Ângela Maria, Sílvia Telles e a Orquestra
Tabajara, na Rádio Mairynk Veiga. No mesmo ano, assinou contrato com a
gravadora Polydor e lançou a toada "O vendedor de laranjas", de
Albertinho e Heitor Carilo e o fox "A última vez que vi Paris", de J.
Kern com versão de Haroldo Barbosa. Em 1956, gravou seu primeiro
sucesso: a valsa "Meu benzinho", de Hawe, Gussin e Caubi de Brito. Por
conta dessa música, recebeu os troféus Roquette Pinto e Disco de Ouro.
Também no mesmo ano, gravou a primeira composição de sua autoria, o
samba "Vai sofrendo", parceria com Vicente Lobo e Osvaldo Morige. Nesse
período, teve rápida passagem pelo rock'n'roll gravando "Até logo,
jacaré", versão de Júlio Nagib para "See you later, alligator", de Bill
Halley & His Comets. Nesse mesmo ano, recebeu seu primeiro Disco de
Ouro. Ainda em 1956, lançou pela Polydor o LP "Agostinho dos Santos" no
qual interpretou o fox canção "Falam meus olhos", de Fernando César e
Nazareno de Brito, a toada "O vendedor de laranjas", de Betinho, os fox
"A última vez que vi Paris (The last time I saw Paris)", de J. Kern, e
versão de Haroldo Barbosa, e "É tão gostoso amar (Open the window of
your heart)", de Offmann e Manning, em versão de Édson Borges, o samba
canção "Não digo", de Sebastião Gilberto e Antônio Bruno, a valsa lenta
"Meu benzinho (My little one)", de Howe e Gussin, com versão de Cauby de
Brito, faixa que contou com uma declamação de Walter Forster, o fox
marcha "Pif-paf", de Portinho e Wilson Falcão, e a marcha fado "Canção
do mar", de Frederico Brito e Ferrer Trindade. Ainda em 1956, foi
escolhido pela equipe de redatores e repórteres da revista Radiolândia
como a "Revelação do ano" na categoria cantor. Em 1957, gravou com
acompanhamento da orquestra de Valdomiro Lemke os sambas canção "Chove
lá fora", de Tito Madi e "Maria dos meus pecados", de Jair Amorim e
Valdemar de Abreu. No mesmo ano, gravou a marcha "Maria Shangay", do
jornalista e colunista social Ibrahim Sued, Alcyr Pires Vermelho e Mário
Jardim. Nesse ano, recebeu seu segundo Disco de Ouro. Em 1958, lançou
pela Polydor o LP "Uma voz e seus sucessos", trazendo as músicas
"Desolação", de Othon Russo, "O amor não tem juízo", de Fernando César, e
"Esquecimento", de Fernando César e Nazareno de Brito, "Chove lá fora",
de Tito Madi, "Maria dos meus pecados", de Jair Amorim e Dunga,
"Concerto de outono", de C. Bargoni e Danpa, e "Só você (Only you)", de
B. Ram e A. Rand, em versões de Julio Nagib, "Triste a recordar", de
Carmon Lewis, "Minha oração", de G. Boulanger, e versão de Cauby de
Brito, "Faz mal pra mim", de Sidney Morais, Mário Donato e Heitor
Carillo, "Pra lá e pra cá", de Mário Albanese e Armando Blundi Bastos, e
"Três Marias", de Betinho e Nelson Figueiredo. Ainda em 1958, gravou
com a orquestra de Valdomiro Lemke os sambas canção "Por causa de você" e
"Estrada do sol", de Tom Jobim e Dolores Duran e "Se todos fossem
iguais a você", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Foi agraciado no
mesmo ano com seu terceiro Disco de Ouro. No mesmo ano, transferiu-se
para a RGE e lançou a valsa "Meu castigo", de Onildo Almeida e o samba
canção "Doi muito mais a dor", de Vadico e Edson Borges com
acompanhamento da orquestra RGE dirigida por Enrico Simonetti. Também no
mesmo ano, gravou os sambas canção "Chega de saudade", de Tom Jobim e
Vinicius de Moraes e "Balada triste", de Dalton Vogeler e Esdras Silva,
com os quais fez grande sucesso. Ainda em 1958, lançou o LP "Antônio
Carlos Jobim e Fernando César na voz de Agostinho dos Santos", seu
último trabalho na Polydor no qual interpretou de Tom Jobim, as
composições "Estrada do sol" e"Por causa de você", com Dolores Duran,
"Sucedeu assim", com Marino Pinto, "Eu não existo sem você" e "Se todos
fossem iguais a você", com Vinicius de Moraes, e "Foi a noite", com
Newton Mendonça, e de Fernando César: "Tudo ou nada", "Dó-ré-mi",
"Graças a Deus", "Segredo", "Deixe que eu possa esquecer" e
"Crepúsculo", as duas últimas em parceria com Renato de Oliveira. Por
causa desse elepê, recebeu o convite de Tom Jobim e Vinícius de Morais
para ser o intérprete da trilha de ambos para o filme "Orfeu do
carnaval", de Marcel Camus, que lhe rendeu dois grandes sucessos: "Manhã
de carnaval", de Luiz. Bonfá e Vinicius de Moraes e "A felicidade", de
Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Lançou também no mesmo período o LP
"Agostinho espetacular", com o qual estreou na RGE com as obras "Balada
triste", de Dalton Vogeler e Esdras Pereira da Silva, "Até o nome é
Maria", de Billy Blanco, "Horóscopo", de Mário Donato e Heitor Carillo,
"Um olhar um sorriso", de Guerra Peixe, "Flamingo", de Groya e Anderson,
e versão de Ricardo Macedo, "Meu castigo", de Onildo Almeida, "Forças
ocultas", com Antônio Bruno, "Tu és a dona de tudo", de Alcyr Pires
Vermelho e Nazareno de Brito, "Sede de amor", de Mário Albanese, "Nem
sol nem paz nem você", de Otello Zuccolo e Fernando César, e "Espera" e
"Dói muito mais a dor", de Vadico e Édson Borges. Em 1959, gravou os
sambas canção "Canção de amor" e "Manhã de carnaval", de Luiz Bonfá e
Antonio Maria e "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, todos
com grande sucesso. Gravou também a "Balada do homem sem Deus", de sua
autoria e Fernando César com acompanhamento da orquestra RGE regida por
Enrico Simonetti. No mesmo ano, gravou o LP "O inimitável Agostinho",
também pela RGE, disco que incluía sucessos como "Hino ao sol", de Tom
Jobim e Billy Blanco, "Eu sei que vou te amar", de Tom Jobim e Vinicius
de Moraes, "Fim de caso", de Dolores Duran e "Feitio de oração", de Noel
Rosa e Vadico, além das músicas "Eu sou de ser você", de Fernando
César, "Saudade de Itapoã", de Dorival Caymmi, "Balada do homem sem
Deus", com Fernando César, "Não tem solução", de Dorival Caymmi e Carlos
Guinle, "Manhã de carnaval", de Luis Bonfá e Antônio Maria, "A
felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, "A noite do meu bem", de
Dolores Duran, "O morro", de Billy Blanco e Tom Jobim, "As aparências
enganam" e "Eu não sou de reclamar", de Lupicínio Rodrigues, "Palpite
infeliz", de Noel Rosa, e "Canção da volta", de Ismael Netto e Antônio
Maria. Nesse ainda, recebeu seu quarto Disco de Ouro consecutivo.
Em 1960, gravou os sambas canção "Cantiga de quem está só", de Evaldo
Gouveia e Jair Amorim, "Leva-me contigo", de Dolores Dura e os sambas
"Saudade querida", de Tito Madi e "Chuva para molhar o sol", de sua
autoria e Edson Borges. No mesmo ano, lançou o LP "Agostinho, sempre
agostinho", com "Amor em paz", de Tom jobim e Vinicius de Moraes,
"Dindi", de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, "Na solidão da noite", de
Tom Jobim, "Céu e mar", de Johnny Alf, "Mais que minha vida", de Antônio
Maria e Pernambuco, "Leva-me contigo", de Dolores Duran, "Chora tua
tristeza", de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini, "Saudade querida",
de Tito Madi, "Beleza moça", de Garoto, "Chuva pra molhar o sol", com
Édson Borges, "Coisas certas", de Roberto Ribeiro e Waltinho, e "Mulher
passarinho", de Caetano Zamma e Roberto Freire. No ano seguinte, gravou o
samba canção "Nossos momentos", de Haroldo Barbosa e Luiz Reis, e o
samba "Distância é saudade", de sua autoria. Nesse mesmo ano, a RGE
lançou o LP "Agostinho canta sucessos", que trazia sucessos da época
como "Mulher de trinta", de Luiz Antônio, "Por quem sonha Ana Maria", de
Juca Chaves, "Serenata suburbana", de Capiba, "Negue", de Enzo de
Almeida Passos e Adelino Moreira, "Devaneio", de Djalma Ferreira e Luis
Antônio, "Pior pra você", de Almeida Rego e Evaldo Gouveia, "Ninguém é
de ninguém", de Umberto Silva, Toso Gomes e Luis Mergulhão, "O amor e a
rosa", de Pernambuco e Antônio Maria, "Ri", de Luis Antônio,
"Esmeralda", de Filadelfo Nunes e Fernando Barreto, "Estou pensando em
ti", de Raul Sampaio e Benil Santos, e "Olhos castanhos", de Alves
Coelho Filho. Ainda em 1961, lançou o LP "A presença de Agostinho"
interpretando "Uma vez mais", "Lourdes" e "Eu e tu", da dupla Evaldo
Gouveia e Jair Amorim, "Escreva-me (Scrivimi)", de Raimondi e Frati, e
versão de Ghiaroni, "Nossos momentos", de Haroldo Barbosa e Luis Reis,
"Ajudai o próximo" e "Na casa do Antônio Job", de Monsueto e Venâncio,
"Lúcia", de Édson Borges, "Doente", de Carlos Coquejo, "Mãos calmas", de
Luis Bonfá e Ronaldo Bôscoli, "Canção para acordar você", de Tito Madi,
e "Distância é saudade", de sua autoria. Em 1962, gravou o LP
"Agostinho dos Santos canta boleros famosos" cantando grandes sucessos
românticos da epoca: "Noite de ronda (Noche de ronda)", de Maria Teresa
Lara, e versão de José Fortuna, "Vida minha (Vida mia)", de J. Morcillo e
F. Garcia Morcillo, e versão de Julio Nagib, "Angustia", de O. Brito, e
versão de A. Bourget, "Dedicação (Sinceridad)", de G. Perez, e versão
de Ghiaroni, "Frenesi", de A. Dominguez, e versão de Lina Pesce,
"Oracion Caribe", de Agustin Lara, "Aqueles olhos verdes (Aquellos ojos
verdes)", de N. Menendez, e versão de João de Barro, "Quiereme mucho",
de Gonzalo Roig, e versão de Mário Mendes, "Acerca-te mais (Acercate
mas)", de O. Farres, e versão de Marcos Augusto, "Pecado", de Francini,
Pontier e Bahr, e versão de Carlos Américo, "Vereda tropical", de
Gonzalo Curiel, e versão de Paulo Gilvan, e "Perfídia", de A. Dominguez.
No mesmo ano, participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em
Nova York (EUA), acompanhado pelo conjunto de Oscar Castro Neves. Em
1963, gravou em dueto com a cantora Rosana o "Samba em prelúdio", de
Vinicius de Moraes e Baden Powell. No mesmo ano, lançou outro LP
cantando boleros, dessa vez todfos em espanhol: "Mais boleros famosos -
Agostinhos dos Santos em espanhol" do qual fizeram parte os boleros
"Solamente uma vez" e "Amor de mis amores", de Agustin Lara, "Amor" e
"Mar", de Lopes Mendez e Gabriel Ruiz, "Angelitos negros", de Manuel
Alvarez Maciste e Andres Eloy Blanco, "Noche de luna" e "Calla
tristesa", de Gonzalo Curiel, "Recuerdos de ti", de Roque Carbajo,
"Lindissima", de J. Quirós, "Campanitas de cristal", de Rafael
Hernandez, "Presentimiento", de Emílio Pacheco, e "Sueños de Paris", de
J. Quirós. Lançou em 1964, o LP "Vanguarda", no qual interpretou sete
composições da dupla Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli: "Vagamente",
"Telefone", "Rio", "Amor a 120", "Negro", "Além da imaginação" e "A
morte de um Deus de sal". Também fizeram parte desse disco as músicas
"Amanhecendo" e "Noite de paz", de Roberto Menescal e Luis Fernando
Freire, "Moça flor", de Durval Ferreira e Luis Fernando Freire, "Melhor
voltar", de Luis Carlos Vinhas e Luis Fernando Freire, e "Pra que
chorar", de Vinicius de Moraes e Baden Powell. Fez várias excursões ao
exterior, tendo se apresentado no Chile, Argentina, México, Itália,
Portugal e nos Estados Unidos, onde cantou ao lado de Johnny Mathis. Na
Itália atuou ao lado da cantora Caterina Valente, grande sucesso na
época. Em 1966, lançou pelo selo Elenco o LP "Agostinho dos Santos", com
destaque para "O canto de Ossanha", de Baden Powell e Vinicius de
Moraes, "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, "Favelado", de Zé
Kéti e "Preciso aprender a ser só", de Paulo Sergio Valle e Marcos
Valle. Também estavam nesse LP as canções "Seu encanto", de Paulo Sergio
Valle, Marcos Valle e Pingarilho, "Dorme profundo" e "Vem", de Marcos
Valle e Paulo Sergio Valle, "Só de você", de Lúcio Alves e Geraldo Casé,
"Último canto", de Francis Hime e Ruy Guerra, e "Das rosas", de Dorival
Caymmi. Em 1967, gravou o elepê "Música nossa", pelo selo Ritmos/Codil
no qual interpretou "Travessia", de Milton Nascimento e Fernando Brant,
música que ele havia indicado, juntamente com "Maria minha fé" e "Morro
Velho", ambas também de Milton Nascimento ao diretor artístico do II
FIC, do Rio de Janeiro, o maestro Elmir Deodato, o que transformaria no
primeiro padrinho artístico do futuro astro da MPB. Este disco incluía
ainda "Ponteio", de Capinan e Edu Lobo, e "Carolina", de Chico Buarque,
além de "Oferenda", de Lenita e Luiz Eça, e "Sim pelo não", de Alcivando
Luz e Carlos Coquejo, que contaram com a participação especial da então
iniciante Beth Carvalho. Ainda naquele ano, alavancou a participação de
Milton Nascimento no II FIC, prestigiando o então desconhecido cantor e
compositor em inúmeras entrevistas em que o considerava a "grande
revelação da nova MPB". Ainda em 1967, lançou pela gravadora
pernambucana Mocambo o LP "Agostinho dos Santos" cantando "Vem ouvir o
amor" e "Brisa", de Eugênio Pepe e Francisco Nicholson, "Vem chegado a
madrugada", de Zuzuca e Noel Rosa de Oliveira, "Tristeza", de Haroldo
Lobo e Niltinho Tristeza, "Mona Ami Zeca", e "Carnaval Iolo buá" com
adaptações de F. Pereira, "Em Luanda saudade de Luanda", de Eleutério
Sanches, "Mulata é a noite", de A. Tavares da Silva e A. Maria
Mascarenhas, "A banda", de Chico Buarque, "Canção de ser triste", de
Jorge Costa Pinto e Jerônimo Bragança, "Outra vez", de Jorge Costa Pinto
e Antônio José, e "Aprende a viver", com Matos Maia.
Participou, em 1968, do III FIC, da TV Globo (RJ), ocasião em que
interpretou a música "Visão", de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar. Em
1969, passou a gravar pela Continental e lançou LP no qual interpretou
as músicas "Aquarela do Brasil" e "Na baixa do sapateiro", de Ary
Barroso, "Hava nagila", de A. Z. Idelsohn, "Saint Louis blues", de W. C.
Handy, "O sole mio", de Di Capua e Capurro, "Quiereme mucho", de
Gonzalo Roig, "Um jour tu verrás", de Mouloudji e G. V. Parys, "Hymne a
l'amour", de Edith Piaf e Marguerite Monnot, "Douce France", de Charles
Trenet, "Samba do Orfeu", de Luis Bonfá e Antônio Maria, "Night and
day", de Cole Porter, "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes,
"Besame mucho", de Consuelo Velasquez, "Sá Marina", de Antônio Adolfo e
Tibério Gaspar, e "Manhã de carnaval", de Luis Bonfá e Antônio Maria.
Em 1970, gravou pelo selo London/Odeon o LP "Agostinho dos Santos", no
qual interpretou "O diamante cor de rosa", de Erasmo Carlos e Roberto
Carlos, "Pra dizer adeus", de Edu lobo e Torquato Neto, "Felicia", de
José Jorge e Ruy Maurity, "Nosso caminho", de Olmir Stocker "Alemão" e
Newton de Siqueira Campos, "Samba de Orfeu", de Luis Bonfá e Antônio
Maria, "Gente humilde", de Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque,
"Morte do amor", de Antônio Carlos Marques, Jocafi e Alberto Santos
Pinheiro, "Canto de esquecer", de Walter Santos e Tereza Souza, "Você
gostou", de Newton Braz e Fernando César, "Vim pra ficar", de Codó e
Heloísa Serra, "Pra dizer adeus", de Edu Lobo e Torquato Neto, e "Vai
pensamento", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Em 1973, a Continental
lançou LP que levou seu nome e que trazia entre outras, "O amor está no
ar", de sua parceria com Joab Teixeira, além de antigos sucessos.
Curiosamente, uma de suas últimas gravações foi "Avião", de Maurício
Einhorn, Durval Ferreira e Hélio Mateus. Gravou 25 discos em 78 rpm,
pela Star e RGE, e 16 LPs pela Polydor, RGE, Elenco, Mocambo, London e
Continental. Alés dos discos de carreira, após sua morte suas gravações
foram incluídas em mais de dezcoletâneas. Interpretações suas também
estão p´resentes em mais de 50 LPs tais como o que registou o concerto
no Carnegie Hall, em 1963, coletâneas de bolero, de bossa nova, de
músicas de natal, com sucessos do ano e outras, além daquelas lançada em
1990 pela gravadora RGE intitulada "Grandes compositores" na aparecem
gravações suas para obras de Dolores Duran, Vinícius de Moraes, Luiz
Antônio e Dorival Caymmi. Em julho de 2008, o jornal do Brasil publicou
reportagem com sua filha Nancy dos Santos, proprietária do bar
"Ferradura", na cidade paulista de São José dos Campos que virou um
espaço de preservação da memória do cantor com a exibição de capas de
discos, fotos e documentos sobre sua carreira. Nancy dos Santos foi
parceira do pai na música "Paz sem cor", que seria apresentada pelo
cantor num festival de música que seria realizado na Grécia. Ela, no
entanto, não embarcou com o pai que acabaria vitimado no acidente aéreo
no aeroporto de Orly na França. Além de prestar tributo à memória do
pai, Nancy dos Santos reivindica que haja um maior reconhecimento sobre a
importância artística e histórica do cantor, lembrando que ele foi o
mais aplaudido artista no histórico show realizado no Carnegie Hall em
1962. Em 2014, foi homenageado pelo selo Discobertas com o lançamento da
caixa com 4 CDs "Bossa Nova - Vol. 1" com quatro LPs lançados por ele
entre 1958 e 1961: "Agostinho espetacular", de 1958; "Inimitável", de
1959; "Agostinho sempre Agostinho", de 1960, e "Agostinho canta
sucessos", de 1961. Em reportagem no jornal O Dia assim se reportou ao
lançamento o crítico Mauro Ferreira: "Pela audição dos quatro discos, dá
para perceber o ecletismo de Agostinho, "croner" diplomado na escola
informal das orquestras e rádios da década de 1950. A inclusão de
faixas-bônus valoriza as reedições. "Agostinho espetacular", por
exemplo, chega ao formato de CD com três fonogramas adicionais,
extraídos de discos 78 rotações por minuto. A faixa-bônus mais valiosa é
"Chega de saudade" em gravação feita no fim de 1958, no embalo do
lançamento do samba por João Gilberto. "Inimitável" traz músicas de
Dolores Duran e Noel Rosa no repertório. O álbum mais dominado pelo
repertório da bossa é "Agostinho sempre Agostinho", mas é redutor
associar somente à bossa essa voz calada em 1973, em Paris, em acidente
aéreo. Agostinho dos Santos voou em muitos céus".
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