sábado, 16 de setembro de 2017

Carlos Lyra (BIOGRAFIA)

Carlos Eduardo Lyra Barbosa (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1939) é um cantor, compositor e violonista brasileiro.
Junto com Roberto Menescal, era uma das figuras jovens da bossa nova. Fez parte de uma bossa nova mais ativista, propondo o retorno do ritmo às suas raízes no samba.
Dentre suas canções mais famosas estão "Você e eu", "Coisa mais linda", Influência do jazz", "Maria Ninguém", "Minha Namorada", "Ciúme", "Lobo bobo", "Menina", "Maria moita" e "Se é tarde me perdoa".
Nasceu no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 11 de maio de 1939.
Era o filho mais velho de José Domingos Barbosa, um oficial da Marinha, e da dona-de-casa Helena Lyra Barbosa.
Possui dois irmãos: Sérgio Henrique Lyra Barbosa, também oficial da Marinha, e Maria Helena Lyra Fialho, professora de teatro.
Carlos Lyra começou a fazer música com um piano de brinquedo aos sete anos de idade, passando, em seguida, a tocar gaita de boca.
Ainda adolescente, quebrou a perna num campeonato de salto à distância.
O acidente lhe obrigou a ficar de repouso na cama por seis meses.
Para passar o tempo, foi-lhe oferecido um violão e o Método Paraguaçu de aprendizado do instrumento.
Ao receber alta do médico, já dominava o violão.

Estudou no Colégio Santo Inácio, foi semi-interno no Colégio São Bento e concluiu o antigo segundo grau no Colégio Mallet Soares, em Copacabana, onde conheceu o compositor Roberto Menescal, com quem montou a primeira Academia de Violão, uma forma que encontraram de viver profissionalmente da atividade musical, por onde passaram Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá, entre outros.
Nessa época, decidiu trocar o curso de Arquitetura na faculdade pela música.
Participou da primeira geração da bossa nova ao lado do parceiro Ronaldo Bôscoli, e de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto – todos representados no álbum Chega de Saudade, lançado em 1959.
 Carlos Lyra escreveu sua primeira canção, intitulada "Quando chegares", em 1954. Ainda nesse ano, Geraldo Vandré (à época apresentando-se como Carlos Dias), interpretou sua composição "Menina" no I Festival da Canção, realizado pela TV Rio. Em 1955, a música foi gravada por Sylvinha Telles e lançada como single pela gravadora Odeon.
O disco é considerado um precursor da bossa nova.
No ano seguinte, iniciou sua carreira profissional como músico, tocando violão elétrico no conjunto de Bené Nunes. Ainda em 1956, seu samba "Criticando", precursor de "Influência do jazz", foi gravado pelo grupo vocal Os Cariocas.
Em 1957, começou a compor em parceria com Ronaldo Bôscoli. São dessa época as canções "Lobo bobo" e "Se é tarde me perdoa". Ainda em 1957, participou, na Sociedade Hebraica de Laranjeiras, de um show cuja apresentação em cartaz dizia: "Hoje, Sylvia Telles, Carlos Lyra e os bossa nova", expressão utilizada pela primeira vez para descrever a música do compositor e seus companheiros de palco daquela noite. No ano seguinte, compôs, em parceria com Geraldo Vandré, as canções "Quem quiser encontrar o amor" (famosa na voz de Maysa) e "Aruanda".
Em 1959, suas composições "Maria Ninguém", "Lobo Bobo" e "Saudade fez um samba" foram gravadas por João Gilberto no álbum Chega de Saudade, lançado pela Odeon. Em 1960, gravou seu primeiro disco, Carlos Lyra: bossa nova, lançado pela Philips, produzido por Armando Pittigliani, com texto de contracapa escrito por Ary Barroso.

Nara Leão...Musa da Bossa Nova

Filha caçula do casal capixaba Jairo Leão, advogado, e Altina Lofego Leão, professora. Pelo lado paterno era descendente de portugueses e pelo materno era descendente de imigrantes italianos da vila de Castelluccio Superiore, na região da Basilicata, que imigraram para o Espírito Santo no século XIX (famílias D'Amico e Lofiego). Nara nasceu em Vitória e mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão.
Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Aos 18 anos, Nara tornou-se professora da academia.A bossa nova nasceu em 1957, quando Nara fazia reuniões no apartamento de seus pais, localizado no edifício Champ-Elysées, em frente ao posto 4, da Avenida Atlântica, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli.
Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra. Nessa época passa a se interessar pelo samba de morro por influência de Lyra .

A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o golpe militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Maria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, pois Nara precisara se afastar por estar afônica em consequência da poeira do teatro. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.[1]
Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O Barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto -- feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em 1980.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Agostinho dos Santos (BIOGRAFIA)

Iniciou sua carreira no início dos anos 1950, como crooner da orquestra de Osmar Milani, na capital paulista. Nessa época, chegou a participar de alguns programas de calouros. Em 1951,  por indicação do trompetista José Luís, foi contratado pela Rádio América de São Paulo. Anos depois, seria contratado pela Rádio Nacional paulista. Gravou o primeiro disco em 1953 pelo selo Star com o samba "Rasga teu verso", de Sereno e Manoel Ferreira.  Em 1955, atuou na Rádio América de São Paulo e depois foi ao Rio de Janeiro para cantar com Ângela Maria, Sílvia Telles e a Orquestra Tabajara, na Rádio Mairynk Veiga. No mesmo ano, assinou contrato com a gravadora Polydor e lançou a toada "O vendedor de laranjas", de Albertinho e Heitor Carilo e o fox "A última vez que vi Paris", de J. Kern com versão de Haroldo Barbosa. Em 1956, gravou seu primeiro sucesso: a valsa "Meu benzinho", de Hawe, Gussin e Caubi de Brito. Por conta dessa música, recebeu os troféus Roquette Pinto e Disco de Ouro. Também no mesmo ano, gravou a primeira composição de sua autoria, o samba "Vai sofrendo", parceria com Vicente Lobo e Osvaldo Morige. Nesse período, teve rápida passagem pelo rock'n'roll gravando "Até logo, jacaré", versão de Júlio Nagib para "See you later, alligator", de Bill Halley & His Comets. Nesse mesmo ano, recebeu seu primeiro Disco de Ouro. Ainda em 1956, lançou pela Polydor o LP "Agostinho dos Santos" no qual interpretou o fox canção "Falam meus olhos", de Fernando César e Nazareno de Brito, a toada "O vendedor de laranjas", de Betinho, os fox "A última vez que vi Paris (The last time I saw Paris)", de J. Kern, e versão de Haroldo Barbosa, e "É tão gostoso amar (Open the window of your heart)", de Offmann e Manning, em versão de Édson Borges, o samba canção "Não digo", de Sebastião Gilberto e Antônio Bruno, a valsa lenta "Meu benzinho (My little one)", de Howe e Gussin, com versão de Cauby de Brito, faixa que contou com uma declamação de Walter Forster, o fox marcha "Pif-paf", de Portinho e Wilson Falcão, e a marcha fado "Canção do mar", de Frederico Brito e Ferrer Trindade. Ainda em 1956, foi escolhido pela equipe de redatores e repórteres da revista Radiolândia como a "Revelação do ano" na categoria cantor. Em 1957, gravou com acompanhamento da orquestra de Valdomiro Lemke os sambas canção "Chove lá fora", de Tito Madi e "Maria dos meus pecados", de Jair Amorim e Valdemar de Abreu. No mesmo ano, gravou a marcha "Maria Shangay", do jornalista e colunista social Ibrahim Sued, Alcyr Pires Vermelho e Mário Jardim. Nesse ano, recebeu seu segundo Disco de Ouro. Em 1958, lançou pela Polydor o LP "Uma voz e seus sucessos", trazendo as músicas "Desolação", de Othon Russo, "O amor não tem juízo", de Fernando César, e "Esquecimento", de Fernando César e Nazareno de Brito, "Chove lá fora", de Tito Madi, "Maria dos meus pecados", de Jair Amorim e Dunga, "Concerto de outono", de C. Bargoni e Danpa, e "Só você (Only you)", de B. Ram e A. Rand, em versões de Julio Nagib, "Triste a recordar", de Carmon Lewis, "Minha oração", de G. Boulanger, e versão de Cauby de Brito, "Faz mal pra mim", de Sidney Morais, Mário Donato e Heitor Carillo, "Pra lá e pra cá", de Mário Albanese e Armando Blundi Bastos, e "Três Marias", de Betinho e Nelson Figueiredo. Ainda em 1958, gravou com a orquestra de Valdomiro Lemke os sambas canção "Por causa de você" e "Estrada do sol", de Tom Jobim e Dolores Duran e "Se todos fossem iguais a você", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.  Foi agraciado no mesmo ano com seu terceiro Disco de Ouro. No mesmo ano, transferiu-se para a RGE e lançou a valsa "Meu castigo", de Onildo Almeida e o samba canção "Doi muito mais a dor", de Vadico e Edson Borges com acompanhamento da orquestra RGE dirigida por Enrico Simonetti. Também no mesmo ano, gravou os sambas canção "Chega de saudade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e "Balada triste", de Dalton Vogeler e Esdras Silva, com os quais fez grande sucesso. Ainda em 1958, lançou o LP "Antônio Carlos Jobim e Fernando César na voz de Agostinho dos Santos", seu último trabalho na Polydor no qual interpretou de Tom Jobim, as composições "Estrada do sol" e"Por causa de você", com Dolores Duran, "Sucedeu assim", com Marino Pinto, "Eu não existo sem você" e "Se todos fossem iguais a você", com Vinicius de Moraes, e "Foi a noite", com Newton Mendonça, e de Fernando César: "Tudo ou nada", "Dó-ré-mi", "Graças a Deus", "Segredo", "Deixe que eu possa esquecer" e "Crepúsculo", as duas últimas em parceria com Renato de Oliveira. Por causa desse elepê,  recebeu o convite de Tom Jobim e Vinícius de Morais para ser o intérprete da trilha de ambos para o filme "Orfeu do carnaval", de Marcel Camus, que lhe rendeu dois grandes sucessos: "Manhã de carnaval", de Luiz. Bonfá e Vinicius de Moraes e "A felicidade", de  Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Lançou também no mesmo período o LP "Agostinho espetacular", com o qual estreou na RGE com as obras "Balada triste", de Dalton Vogeler e Esdras Pereira da Silva, "Até o nome é Maria", de Billy Blanco, "Horóscopo", de Mário Donato e Heitor Carillo, "Um olhar um sorriso", de Guerra Peixe, "Flamingo", de Groya e Anderson, e versão de Ricardo Macedo, "Meu castigo", de Onildo Almeida, "Forças ocultas", com Antônio Bruno, "Tu és a dona de tudo", de Alcyr Pires Vermelho e Nazareno de Brito, "Sede de amor", de Mário Albanese, "Nem sol nem paz nem você", de Otello Zuccolo e Fernando César, e "Espera" e "Dói muito mais a dor", de Vadico e Édson Borges. Em 1959, gravou os sambas canção "Canção de amor" e "Manhã de carnaval", de Luiz Bonfá e Antonio Maria e "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, todos com grande sucesso. Gravou também a "Balada do homem sem Deus", de sua autoria e Fernando César com acompanhamento da orquestra RGE regida por Enrico Simonetti. No mesmo ano, gravou o LP "O inimitável Agostinho", também pela RGE, disco que incluía sucessos como "Hino ao sol", de Tom Jobim e Billy Blanco, "Eu sei que vou te amar", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, "Fim de caso", de Dolores Duran e "Feitio de oração", de Noel Rosa e Vadico, além das músicas "Eu sou de ser você", de Fernando César, "Saudade de Itapoã", de Dorival Caymmi, "Balada do homem sem Deus", com Fernando César, "Não tem solução", de Dorival Caymmi e Carlos Guinle, "Manhã de carnaval", de Luis Bonfá e Antônio Maria, "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, "A noite do meu bem", de Dolores Duran, "O morro", de Billy Blanco e Tom Jobim, "As aparências enganam" e "Eu não sou de reclamar", de Lupicínio Rodrigues, "Palpite infeliz", de Noel Rosa, e "Canção da volta", de Ismael Netto e Antônio Maria. Nesse ainda, recebeu seu quarto Disco de Ouro consecutivo. Em 1960, gravou os sambas canção "Cantiga de quem está só", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, "Leva-me contigo", de Dolores Dura e os sambas "Saudade querida", de Tito Madi e "Chuva para molhar o sol", de sua autoria e Edson Borges. No mesmo ano, lançou o LP "Agostinho, sempre agostinho", com "Amor em paz", de Tom jobim e Vinicius de Moraes, "Dindi", de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, "Na solidão da noite", de Tom Jobim, "Céu e mar", de Johnny Alf, "Mais que minha vida", de Antônio Maria e Pernambuco, "Leva-me contigo", de Dolores Duran, "Chora tua tristeza", de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini, "Saudade querida", de Tito Madi, "Beleza moça", de Garoto, "Chuva pra molhar o sol", com Édson Borges, "Coisas certas", de Roberto Ribeiro e Waltinho, e "Mulher passarinho", de Caetano Zamma e Roberto Freire. No ano seguinte, gravou o samba canção "Nossos momentos", de Haroldo Barbosa e Luiz Reis, e o samba "Distância é saudade", de sua autoria. Nesse mesmo ano, a RGE lançou o LP "Agostinho canta sucessos", que trazia sucessos da época como "Mulher de trinta", de Luiz Antônio, "Por quem sonha Ana Maria", de Juca Chaves, "Serenata suburbana", de Capiba, "Negue", de Enzo de Almeida Passos e Adelino Moreira, "Devaneio", de Djalma Ferreira e Luis Antônio, "Pior pra você", de Almeida Rego e Evaldo Gouveia, "Ninguém é de ninguém", de Umberto Silva, Toso Gomes e Luis Mergulhão, "O amor e a rosa", de Pernambuco e Antônio Maria, "Ri", de Luis Antônio, "Esmeralda", de Filadelfo Nunes e Fernando Barreto, "Estou pensando em ti", de Raul Sampaio e Benil Santos, e "Olhos castanhos", de Alves Coelho Filho. Ainda em 1961, lançou o LP "A presença de Agostinho" interpretando "Uma vez mais", "Lourdes" e "Eu e tu", da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, "Escreva-me (Scrivimi)", de Raimondi e Frati, e versão de Ghiaroni, "Nossos momentos", de Haroldo Barbosa e Luis Reis, "Ajudai o próximo" e "Na casa do Antônio Job", de Monsueto e Venâncio, "Lúcia", de Édson Borges, "Doente", de Carlos Coquejo, "Mãos calmas", de Luis Bonfá e Ronaldo Bôscoli, "Canção para acordar você", de Tito Madi, e "Distância é saudade", de sua autoria. Em 1962, gravou o LP "Agostinho dos Santos canta boleros famosos" cantando grandes sucessos românticos da epoca: "Noite de ronda (Noche de ronda)", de Maria Teresa Lara, e versão de José Fortuna, "Vida minha (Vida mia)", de J. Morcillo e F. Garcia Morcillo, e versão de Julio Nagib, "Angustia", de O. Brito, e versão de A. Bourget, "Dedicação (Sinceridad)", de G. Perez, e versão de Ghiaroni, "Frenesi", de A. Dominguez, e versão de Lina Pesce, "Oracion Caribe", de Agustin Lara, "Aqueles olhos verdes (Aquellos ojos verdes)", de N. Menendez, e versão de João de Barro, "Quiereme mucho", de Gonzalo Roig, e versão de Mário Mendes, "Acerca-te mais (Acercate mas)", de O. Farres, e versão de Marcos Augusto, "Pecado", de Francini, Pontier e Bahr, e versão de Carlos Américo, "Vereda tropical", de Gonzalo Curiel, e versão de Paulo Gilvan, e "Perfídia", de A. Dominguez. No mesmo ano, participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York (EUA), acompanhado pelo conjunto de Oscar Castro Neves. Em 1963, gravou em dueto com a cantora Rosana o "Samba em prelúdio", de Vinicius de Moraes e Baden Powell. No mesmo ano, lançou outro LP cantando boleros, dessa vez todfos em espanhol: "Mais boleros famosos - Agostinhos dos Santos em espanhol" do qual fizeram parte os boleros "Solamente uma vez" e "Amor de mis amores", de Agustin Lara, "Amor" e "Mar", de Lopes Mendez e Gabriel Ruiz, "Angelitos negros", de Manuel Alvarez Maciste e Andres Eloy Blanco, "Noche de luna" e "Calla tristesa", de Gonzalo Curiel, "Recuerdos de ti", de Roque Carbajo, "Lindissima", de J. Quirós, "Campanitas de cristal", de Rafael Hernandez, "Presentimiento", de Emílio Pacheco, e "Sueños de Paris", de J. Quirós. Lançou em 1964, o LP "Vanguarda", no qual interpretou sete composições da dupla Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli: "Vagamente", "Telefone", "Rio", "Amor a 120", "Negro", "Além da imaginação" e "A morte de um Deus de sal". Também fizeram parte desse disco as músicas "Amanhecendo" e "Noite de paz", de Roberto Menescal e Luis Fernando Freire, "Moça flor", de Durval Ferreira e Luis Fernando Freire, "Melhor voltar", de Luis Carlos Vinhas e Luis Fernando Freire, e "Pra que chorar", de Vinicius de Moraes e Baden Powell. Fez várias excursões ao exterior, tendo se apresentado no Chile, Argentina, México, Itália, Portugal e nos Estados Unidos, onde cantou ao lado de Johnny Mathis. Na Itália atuou ao lado da cantora Caterina Valente, grande sucesso na época. Em 1966, lançou pelo selo Elenco o LP "Agostinho dos Santos", com destaque para "O canto de Ossanha", de Baden Powell e Vinicius de Moraes, "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, "Favelado", de Zé Kéti e "Preciso aprender a ser só", de Paulo Sergio Valle e Marcos Valle. Também estavam nesse LP as canções "Seu encanto", de Paulo Sergio Valle, Marcos Valle e Pingarilho, "Dorme profundo" e "Vem", de Marcos Valle e Paulo Sergio Valle, "Só de você", de Lúcio Alves e Geraldo Casé, "Último canto", de Francis Hime e Ruy Guerra, e "Das rosas", de Dorival Caymmi. Em 1967, gravou o elepê "Música nossa", pelo selo Ritmos/Codil no qual interpretou "Travessia", de Milton Nascimento e Fernando Brant, música que ele havia indicado, juntamente com "Maria minha fé" e "Morro Velho", ambas também de Milton Nascimento ao diretor artístico do II FIC, do Rio de Janeiro, o maestro Elmir Deodato, o que transformaria no primeiro padrinho artístico do futuro astro da MPB. Este disco incluía ainda "Ponteio", de Capinan e Edu Lobo, e "Carolina", de Chico Buarque, além de "Oferenda", de Lenita e Luiz Eça, e "Sim pelo não", de Alcivando Luz e Carlos Coquejo, que contaram com a participação especial da então iniciante Beth Carvalho. Ainda naquele ano, alavancou a participação de Milton Nascimento no II FIC, prestigiando o então desconhecido cantor e compositor em inúmeras entrevistas em que o considerava a "grande revelação da nova MPB". Ainda em 1967, lançou pela gravadora pernambucana Mocambo o LP "Agostinho dos Santos" cantando "Vem ouvir o amor" e "Brisa", de Eugênio Pepe e Francisco Nicholson, "Vem chegado a madrugada", de Zuzuca e Noel Rosa de Oliveira, "Tristeza", de Haroldo Lobo e Niltinho Tristeza, "Mona Ami Zeca", e "Carnaval Iolo buá" com adaptações de F. Pereira, "Em Luanda saudade de Luanda", de Eleutério Sanches, "Mulata é a noite", de A. Tavares da Silva e A. Maria Mascarenhas, "A banda", de Chico Buarque, "Canção de ser triste", de Jorge Costa Pinto e Jerônimo Bragança, "Outra vez", de Jorge Costa Pinto e Antônio José, e "Aprende a viver", com Matos Maia.  Participou, em 1968, do III FIC, da TV Globo (RJ), ocasião em que interpretou a música "Visão", de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar. Em 1969, passou a gravar pela Continental e lançou LP no qual interpretou as músicas "Aquarela do Brasil" e "Na baixa do sapateiro", de Ary Barroso, "Hava nagila", de A. Z. Idelsohn, "Saint Louis blues", de W. C. Handy, "O sole mio", de Di Capua e Capurro, "Quiereme mucho", de Gonzalo Roig, "Um jour tu verrás", de Mouloudji e G. V. Parys, "Hymne a l'amour", de Edith Piaf e Marguerite Monnot, "Douce France", de Charles Trenet, "Samba do Orfeu", de Luis Bonfá e Antônio Maria, "Night and day", de Cole Porter, "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, "Besame mucho", de Consuelo Velasquez, "Sá Marina", de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, e "Manhã de carnaval", de Luis Bonfá e Antônio Maria. Em 1970, gravou pelo selo London/Odeon o LP "Agostinho dos Santos", no qual interpretou "O diamante cor de rosa", de Erasmo Carlos e Roberto Carlos, "Pra dizer adeus", de Edu lobo e Torquato Neto, "Felicia", de José Jorge e Ruy Maurity, "Nosso caminho", de Olmir Stocker "Alemão" e Newton de Siqueira Campos, "Samba de Orfeu", de Luis Bonfá e Antônio Maria, "Gente humilde", de Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, "Morte do amor", de Antônio Carlos Marques, Jocafi e Alberto Santos Pinheiro, "Canto de esquecer", de Walter Santos e Tereza Souza, "Você gostou", de Newton Braz e Fernando César, "Vim pra ficar", de Codó e Heloísa Serra, "Pra dizer adeus", de Edu Lobo e Torquato Neto, e "Vai pensamento", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Em 1973, a Continental lançou LP que levou seu nome e que trazia entre outras, "O amor está no ar", de sua parceria com Joab Teixeira, além de antigos sucessos. Curiosamente, uma de suas últimas gravações foi "Avião", de Maurício Einhorn, Durval Ferreira e Hélio Mateus. Gravou 25 discos em 78 rpm, pela Star e RGE, e 16 LPs pela Polydor, RGE, Elenco, Mocambo, London e Continental. Alés dos discos de carreira, após sua morte suas gravações foram incluídas em mais de dezcoletâneas. Interpretações suas também estão p´resentes em mais de 50 LPs tais como o que registou o concerto no Carnegie Hall, em 1963, coletâneas de bolero, de bossa nova, de músicas de natal, com sucessos do ano e outras, além daquelas lançada em 1990 pela gravadora RGE intitulada "Grandes compositores" na aparecem gravações suas para obras de Dolores Duran, Vinícius de Moraes, Luiz Antônio e Dorival Caymmi. Em julho de 2008, o jornal do Brasil publicou reportagem com sua filha Nancy dos Santos, proprietária do bar "Ferradura", na cidade paulista de São José dos Campos que virou um espaço de preservação da memória do cantor com a exibição de capas de discos, fotos e documentos sobre sua carreira. Nancy dos Santos foi parceira do pai na música "Paz sem cor", que seria apresentada pelo cantor num festival de música que seria realizado na Grécia. Ela, no entanto, não embarcou com o pai que acabaria vitimado no acidente aéreo no aeroporto de Orly na França. Além de prestar tributo à memória do pai, Nancy dos Santos reivindica que haja um maior reconhecimento sobre a importância artística e histórica do cantor, lembrando que ele foi o mais aplaudido artista no histórico show realizado no Carnegie Hall em 1962. Em 2014, foi homenageado pelo selo Discobertas com o lançamento da caixa com 4 CDs "Bossa Nova - Vol. 1" com quatro LPs lançados por ele entre 1958 e 1961: "Agostinho espetacular", de 1958; "Inimitável", de 1959; "Agostinho sempre Agostinho", de 1960, e "Agostinho canta sucessos", de 1961. Em reportagem no jornal O Dia assim se reportou ao lançamento o crítico Mauro Ferreira: "Pela audição dos quatro discos, dá para perceber o ecletismo de Agostinho, "croner" diplomado na escola informal das orquestras e rádios da década de 1950. A inclusão de faixas-bônus valoriza as reedições. "Agostinho espetacular", por exemplo, chega ao formato de CD com três fonogramas adicionais, extraídos de discos 78 rotações por minuto. A faixa-bônus mais valiosa é "Chega de saudade" em gravação feita no fim de 1958, no embalo do lançamento do samba por João Gilberto. "Inimitável" traz músicas de Dolores Duran e Noel Rosa no repertório. O álbum mais dominado pelo repertório da bossa é "Agostinho sempre Agostinho", mas é redutor associar somente à bossa essa voz calada em 1973, em Paris, em acidente aéreo. Agostinho dos Santos voou em muitos céus".

Roberto Menescal (BIOGRAFIA)

Roberto Batalha Menescal (Vitória, 25 de outubro de 1937) é um músico brasileiro. Foi um dos fundadores do movimento bossa nova.
Participava das reuniões no apartamento da cantora Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana, onde o movimento começou. Menescal é um dos mais importantes compositores da bossa nova, ao lado de Tom Jobim, Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. Criou canções que hoje são consideradas hinos do movimento e da própria música popular, como O Barquinho, Você, Nós e o mar, Ah se eu pudesse, Rio, entre outras. Ronaldo Bôscoli é um dos parceiros mais constantes.
As canções quase sempre apresentam o mar como temática.
Como músico, acompanhou em apresentações e gravações, Nara Leão, Wanda Sá, Sylvia Telles, Lúcio Alves, Maysa, Aracy de Almeida, Dorival Caymmi, Elis Regina, entre outros, sendo dele o arranjo para a canção "Bala com Bala" de João Bosco e Aldir Blanc, interpretado por Elis em 1972. A cantora Zizi Possi deve a Menescal a oportunidade de gravar o primeiro disco da carreira, em 1978 intitulado Flor do Mal.
Tocou ao lados dos músicos Luiz Eça, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Hélcio Milito, Eumir Deodato, Ugo Marotta, Sergio Barrozo, Oscar Castro Neves, João Palma, Edison Machado, Wilson das Neves, Antônio Adolfo, Hermes Contesini, José Roberto Bertrami, João Donato e tantos outros.
Além de músico, é produtor musical, tendo iniciado esse trabalho em 1964, com o LP Vagamente, disco de estreia da cantora Wanda Sá. Tempos depois, passou a produzir discos para a gravadora Polygram (atualmente Universal Music), onde também foi diretor artístico entre 1970 e 1986.
Compôs a trilha sonora dos filmes Joana Francesa e Bye Bye Brasil, ambos de Cacá Diegues, e em parceria com Chico Buarque.
Atualmente, além de tocar violão e guitarra, dirige um selo musical e gerencia novos grupos e projetos musicais, como o Bossacucanova. O último trabalho foi produzir um documentário sobre bossa nova, intitulado Coisa mais linda, em 2005, com o velho amigo Carlos Lyra.
Produziu discos de artistas como Elis Regina, Nara Leão, Chico Buarque, Maysa, MPB-4, Maria Bethânia, Leila Pinheiro, Cauby Peixoto, Os Cariocas, Leny Andrade, Danilo Caymmi, Wanda Sá, Márcia Tauil, além da aclamada série "Aquarela Brasileira", de Emílio Santiago, entre outros.

Newton Mendonça (BIOGRAFIA)

Newton Ferreira de Mendonça (Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 1927Rio de Janeiro, 22 de novembro de 1960) foi um pianista, compositor, violinista e gaitista brasileiro.
Newton Mendonça foi um dos mais importantes letristas da bossa nova. Seu modo de escrever, usando substantivos até então raramente usados em letras de músicas brasileiras, e um modo carinhoso com que se referia à mulher, ao contrário do machismo frequentemente encontrado nas letras, foi fundamental para chamar a atenção das pessoas para a Bossa Nova. Especialmente os jovens. Injustiçado historicamente, Newton Mendonça foi um dos grandes responsáveis pelo início da bossa nova.
Viveu entre 1933 a 1939 em Porto Alegre, onde estudou violino, e Aquidauana (MS). Aos 13 anos, iniciou seus estudos de piano clássico.
Em 1942 se juntou ao seu amigo de infância, Antônio Carlos Jobim, com quem compôs várias canções que viriam a se tornar clássicos da Bossa Nova.
Boêmio, passou a maior parte das noites dos anos 50 tocando piano em boates de Copacabana.
O primeiro sucesso surgiu com "Foi a Noite", considerado por muitos especialistas como o início da bossa nova.
O grande sucesso aconteceu dois anos depois, quando João Gilberto gravou "Desafinado" e "Samba de Uma Nota Só". Seguiram-se "Meditação", "Caminhos Cruzados", "Discussão" e "Só Saudade".
Foi o vencedor do I Festival da TV Record, no dia 3 de dezembro de 1960, com a música "Canção do Pescador". Porém, não pode estar presente para receber o troféu. Poucos dias antes, no dia 22 de novembro, aos 33 anos, tivera um enfarte fulminante (o seu segundo) que o vitimou. O prêmio foi entregue, dias depois, à sua esposa, Dona Cirene. Newton Mendonça, compositor e letrista de grande talento, faleceu sem ter podido colher os frutos de sua parceria com Tom Jobim.

História da Bossa Nova

Bossa Nova é um gênero musical brasileiro que recebeu influência do samba e do jazz americano.
A bossa nova surgiu no Brasil no final da década de 50, na intimidade dos apartamentos e boates da Zona Sul do Rio de Janeiro - reduto da classe média - estudantes e jovens em geral. Inicialmente o termo era apenas usado como um novo modo de cantar e tocar naquela época.

Em março de 1959 a gravadora Odeon lançou o disco Chega de Saudade, do cantor, violonista e compositor João Gilberto que cantava baixinho e discretamente, onde o acompanhamento do violão possuía uma batida e uma harmonia diferentes, abrindo novo caminho para a nova música. "Devo argumentar que isso é muito natural, é a bossa nova", dizia João Gilberto.
A bossa nova lançou não apenas um estilo musical, mas também uma constelação de novos compositores, letristas e instrumentistas. Antônio Carlos Jobim, Roberto Menescal e Carlinhos Lyra logo despontaram entre os representantes mais expressivos. Interessados inicialmente no jazz, único tipo de música popular que permitia uma execução instrumental evoluída, foram aos poucos colocando a técnica em função da música brasileira.
Em termos musicais, a bossa nova evoluiu no sentido do desenvolvimento da criação melódica, as canções tornaram-se mais difíceis de serem entoadas, pois as complicadas incursões melódicas exigiam um encadeamento harmônico mais evoluído. Além disso a bossa nova trouxe a orquestração econômica, nascidas em apartamentos.
No Samba de uma nota só, de Jobim e Newton Mendonça, o texto literário sugere os acontecimentos melódicos e a melodia comenta o texto. Humor, malícia ironia também estiveram presentes em Lôbo bobo de Bôscoli. O tom de protesto e o inconformismo era constante como em Terra de ninguém e Pedro Pedreiro.
Sendo um movimento musical tecnicamente evoluído, a bossa nova não tardou a ultrapassar nossas fronteiras, assimilada rapidamente nos Estados Unidos. Com a vinda ao Brasil de Herbie Mann, Charles Byrd, Stan Getz e Zoot Sims, ela foi logo exportada. Aceita e praticada pelos melhores músicos americanos, entre eles, Frank Sinatra.
Com a industrialização pelo show business e pela televisão, a bossa nova, sem perder o estilo intimista e rebuscado, abriu-se também para o grande espetáculo. Surgiram conjuntos vocais e instrumentistas de alto nível, entre eles, Zimbo Trio, Tamba Trio, Quarteto em Cy, MPB-4, Conjunto Roberto Menescal, e novos compositores, cantores e instrumentistas, como Edu Lobo, Elis Regina e Baden Powell.
O espetacular sucesso que consagrou definitivamente Elis Reginna, Baden, Edu e outros, foi o festival organizado pela TV Excelsior, de São Paulo, em 1965, em que Arrastão foi a música vencedora. Vários cantores já faziam sucesso no "tempo da bossa". Dos festivais seguintes saíram Chico Buarque, Nara Leão, Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Os Mutantes, Gal Costa, Rogério Duprat e muitos outros.
Algumas das músicas mais famosas da bossa nova são: Chega de Saudade (João Gilberto), Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Águas de Março (Tom Jobim).
Entre os ilustres cantores e compositores da bossa nova estão Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto, Elis Regina, Chico Buarque, Carlos Lyra, Nara Leão, Gal Costa, Caetano Veloso, entre outros.

Bossa Nova: New Brazilian Jazz (Album)

Bossa Nova: O novo Jazz brasileiro é um álbum do compositor, pianista e maestro argentino Lalo Schifrin gravado em 1962 e lançado no rótulo Audio Fidelity.
O álbum foi lançado durante o auge da popularidade da música bossa nova no início da década de 1960 e foi um dos primeiros álbuns solo de Schifrin depois de deixar a banda de Dizzy Gillespie.

 

O álbum atingiu o pico em 35 na Billboard Albums Chart em 1963.
Lista de músicas:
"Boato (Bistro)" (J.R. Kelly) - 2:26
     "Chora Tua Tristeza" (Oscar Castro Neves, Luvercy Fiorini) - 2:38
     "Poema Do Adeus" (Luís Antônio) - 3:19
     "Apito No Samba" (Antônio, Luís Bandeira) - 2:50
     "Chega De Saudade" (Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes) - 5:19
     "Bossa Em Nova York" (Jose Paulo, D. Madrid) - 1:52
     "O Amor E A Rosa" (João Pernambuco, Antônio Maria) - 3:34
     "O Menino Desce O Morro" (De Rosa, Vera Brasil) - 2:28
     "Menina Feia" (Castro Neves) - 2:25
     "Ouça" (Maysa) - 3:56
     "Samba De Uma Nota So" (Jobim, N.F. De Mendonca) - 3:44
     "Patinho Feio (aka Patinho feio)" (Castro Neves) - 3:01

     Gravado em Nova York em junho de 1962.

 Pessoal

     Lalo Schifrin - piano, arranjador
     Leo Wright - saxofone alto, flauta
     Christopher White - baixo
     Rudy Collins - bateria
     Jose Paulo, Carmen Costa - percussão latina
     Harpa e cordas não identificadas