Carlos Eduardo Lyra Barbosa (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1939) é um cantor, compositor e violonista brasileiro.
Junto com Roberto Menescal, era uma das figuras jovens da bossa nova. Fez parte de uma bossa nova mais ativista, propondo o retorno do ritmo às suas raízes no samba.
Dentre suas canções mais famosas estão "Você e eu", "Coisa mais linda", Influência do jazz", "Maria Ninguém", "Minha Namorada", "Ciúme", "Lobo bobo", "Menina", "Maria moita" e "Se é tarde me perdoa".
Nasceu no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 11 de maio de 1939.
Era o filho mais velho de José Domingos Barbosa, um oficial da Marinha, e da dona-de-casa Helena Lyra Barbosa.
Possui dois irmãos: Sérgio Henrique Lyra Barbosa, também oficial da Marinha, e Maria Helena Lyra Fialho, professora de teatro.
Carlos Lyra começou a fazer música com um piano de brinquedo aos sete anos de idade, passando, em seguida, a tocar gaita de boca.
Ainda adolescente, quebrou a perna num campeonato de salto à distância.
O acidente lhe obrigou a ficar de repouso na cama por seis meses.
Para passar o tempo, foi-lhe oferecido um violão e o Método Paraguaçu de aprendizado do instrumento.
Ao receber alta do médico, já dominava o violão.
Estudou no Colégio Santo Inácio, foi semi-interno no Colégio São Bento e concluiu o antigo segundo grau no Colégio Mallet Soares, em Copacabana,
onde conheceu o compositor Roberto Menescal, com quem montou a primeira
Academia de Violão, uma forma que encontraram de viver
profissionalmente da atividade musical, por onde passaram Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá, entre outros.
Nessa época, decidiu trocar o curso de Arquitetura na faculdade pela música.
Participou da primeira geração da bossa nova ao lado do parceiro Ronaldo Bôscoli, e de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto – todos representados no álbum Chega de Saudade, lançado em 1959.
Carlos Lyra escreveu sua primeira canção, intitulada "Quando chegares", em 1954. Ainda nesse ano, Geraldo Vandré (à época apresentando-se como Carlos Dias), interpretou sua composição "Menina" no I Festival da Canção, realizado pela TV Rio. Em 1955, a música foi gravada por Sylvinha Telles e lançada como single pela gravadora Odeon.
O disco é considerado um precursor da bossa nova.
No ano seguinte, iniciou sua carreira profissional como músico,
tocando violão elétrico no conjunto de Bené Nunes. Ainda em 1956, seu
samba "Criticando", precursor de "Influência do jazz", foi gravado pelo
grupo vocal Os Cariocas.
Em 1957, começou a compor em parceria com Ronaldo Bôscoli. São dessa época as canções "Lobo bobo" e "Se é tarde me perdoa". Ainda em 1957, participou, na Sociedade Hebraica de Laranjeiras,
de um show cuja apresentação em cartaz dizia: "Hoje, Sylvia Telles,
Carlos Lyra e os bossa nova", expressão utilizada pela primeira vez para
descrever a música do compositor e seus companheiros de palco daquela
noite. No ano seguinte, compôs, em parceria com Geraldo Vandré, as canções "Quem quiser encontrar o amor" (famosa na voz de Maysa) e "Aruanda".
Em 1959, suas composições "Maria Ninguém", "Lobo Bobo" e "Saudade fez um samba" foram gravadas por João Gilberto no álbum Chega de Saudade, lançado pela Odeon. Em 1960, gravou seu primeiro disco, Carlos Lyra: bossa nova, lançado pela Philips, produzido por Armando Pittigliani, com texto de contracapa escrito por Ary Barroso.
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