Vinicius de Moraes, nascido Marcus Vinicius de Moraes
(Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um poeta, dramaturgo, jornalista, diplomata, cantor e compositor brasileiro.
Poeta essencialmente lírico, o que lhe renderia a alcunha "poetinha", que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador.
O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. Ainda assim, sempre considerou que a poesia foi sua primeira e maior vocação, e que toda sua atividade artística deriva do fato de ser poeta. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra. O ano de 1958 marcaria o início de um dos movimentos mais importantes da música brasileira, a Bossa Nova. A pedra fundamental do movimento veio com o álbum "Canção do Amor Demais", gravado pela cantora Elizeth Cardoso. Além da faixa-título, o antológico LP contava ainda com outras canções de autoria da dupla Vinicius e Tom, como "Luciana", "Estrada Branca", "Outra Vez" e "Chega de Saudade", em interpretações vocais intimistas.
"Chega de Saudade" foi uma canção fundamental daquele novo movimento, especialmente porque o álbum de Elizeth contou com a participação de um jovem violonista, que com seu inovador modo de tocar o violão, caracterizado por uma nova batida, marcaria definitivamente a bossa nova e a tornaria famosa no mundo inteiro a partir dali. O nome deste violonista é João Gilberto.
A importância do disco "Canção do Amor Demais" é tamanha que ele é tido como referência por muitos artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso.
Várias das composições de Vinicius foram gravadas na metade final daquela década por outros artistas. Joel de Almeida gravou "Loura ou Morena" (1956). No ano seguinte, Aracy de Almeida gravou "Bom Dia, Tristeza" (composta com Adoniran Barbosa), Tito Madi gravou "Se Todos Fossem Iguais A Você", Bill Farr gravou "Eu Não Existo Sem Você", Agnaldo Rayol gravou "Serenata do Adeus" e Albertinho Fortuna gravou "Eu Sei Que Vou Te Amar". "O Nosso Amor" e "A Felicidade" foram duas das canções mais lançadas no final daquela década. A primeira foi gravada por Lueli Figueiró e Diana Montez, ambas em 1959. Já a segunda foi lançada por Lueli Figueiró, Lenita Bruno, Agostinho dos Santos e João Gilberto.
Servindo ao Itamaraty em Montevidéu desde 1957, Vinicius de Moraes deixaria a embaixada brasileira no Uruguai somente em 1960. Suas canções continuaram sendo gravadas por muitos artistas no início da década de 1960. Foram lançadas "Janelas Abertas" (composta com Tom Jobim), por Jandira Gonçalves, e "Bate Coração", (composta com Antônio Maria), por Marianna Porto de Aragão, cantora cultuada na época como uma das vozes mais poderosas de toda uma geração de cantoras.
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
sábado, 23 de setembro de 2017
Gal Costa Canta Tom Jobim
Gal Costa Canta Tom Jobim é o vigésimo sétimo álbum da cantora Gal Costa, lançado em 1999, em homenagem ao compositor Tom Jobim, que falecera em 1994.
Álbum 1 faixas:
1 Fotografia
2 Por Causa de Você
3 Garota de Ipanema
4 Derradeira Primavera
5 Wave
6 Estrada do Sol
7 Brigas Nunca Mais
8 Piano na Mangueira
9 Esquecendo Você
10 Se Todos Fossem Iguais a Você
11 Chega de Saudade
12 Samba do Avião
Álbum 2 faixas:
1 Anos Dourados
2 Desafinado
3 Corcovado
4 Lígia
5 Tema de Amor de Gabriela
6 Janelas Abertas
7 Bonita
8 Triste
9 Chovendo na Roseira
10 Falando de Amor
11 A Felicidade
12 Frevo
Álbum 1 faixas:
1 Fotografia
2 Por Causa de Você
3 Garota de Ipanema
4 Derradeira Primavera
5 Wave
6 Estrada do Sol
7 Brigas Nunca Mais
8 Piano na Mangueira
9 Esquecendo Você
10 Se Todos Fossem Iguais a Você
11 Chega de Saudade
12 Samba do Avião
Álbum 2 faixas:
1 Anos Dourados
2 Desafinado
3 Corcovado
4 Lígia
5 Tema de Amor de Gabriela
6 Janelas Abertas
7 Bonita
8 Triste
9 Chovendo na Roseira
10 Falando de Amor
11 A Felicidade
12 Frevo
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Marcos Valle
Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista e arranjador brasileiro.
Considerado como um dos integrantes da segunda geração da bossa nova, iniciou sua carreira artística em 1961 integrando um trio, juntamente com Edu Lobo e Dori Caymmi. Nessa época, começou a compor suas primeiras músicas em parceria com o irmão Paulo Sérgio Valle. O trabalho da dupla foi registrado, pela primeira vez, em 1963, com a gravação da canção "Sonho de Maria", pelo Tamba Trio.
Em 1963, gravou seu primeiro LP, "Samba demais", registrando suas composições "Amor de nada", "Razão do amor", "Tudo de você", "Sonho de Maria", "E vem o sol" e "Ainda mais lindo", todas em parceria com Paulo Sérgio Valle, além das canções "Vivo sonhando" (Tom Jobim), "Moça flor", (Durval Ferreira e Lula Freire), "Canção pequenina" (Pingarilho), "Ela é carioca" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Ilusão à toa" (Johnny Alf) e "A morte de um Deus de sal" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). O disco foi contemplado com vários prêmios. Nessa época, começou a apresentar-se em shows e abandonou o curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro no segundo ano.
Em 1965, participou do espetáculo "A bossa no Paramount", realizado no Teatro Paramount (SP), no qual interpretou duas canções inéditas que se tornariam emblemáticas em sua carreira de compositor: "Preciso aprender a ser só" e "Terra de ninguém", ambas com Paulo Sérgio Valle. A segunda, contou com a participação de Elis Regina, então em início de carreira, alcançando, de imediato, enorme sucesso. Nesse mesmo ano, lançou o disco autoral "O compositor e o cantor Marcos Valle", com destaque para as canções "Gente", "Preciso aprender a ser só", "Samba de verão", "A resposta" e "Deus brasileiro", todas com Paulo Sérgio Valle. Ainda em 1965, viajou para os Estados Unidos, onde fez parte durante sete meses do conjunto de Sérgio Mendes, Brasil’65, com o qual se apresentou em casas noturnas, universidades e no programa de televisão de Andy Williams (o qual gravou duas bossa nova, "Summer Samba (So Nice)" e "The Face I Love (Seu Encanto)"). Também gravou um single com "All my loving", dos Beatles, em ritmo de bossa nova. Após esse período, retornou ao Brasil.
Em 1966, a gravação de Walter Wanderley de sua música "Samba de Verão" (c/ Paulo Sérgio Valle) alcançou o 2º lugar nas paradas de sucesso norte-americanas, recebendo, mais tarde, em torno de 80 regravações nesse país. Nesse ano, Marcos começou a gravar as faixas do que seria seu terceiro LP mas não concluiu esse trabalho. Voltou no ano seguinte para os Estados Unidos e lançou nesse país o LP instrumental "Braziliance! A música de Marcos Valle", registrando suas canções "Os grilos", "Preciso aprender a ser só", "Batucada surgiu", "Samba de verão", "Vamos pranchar", "Deus brasileiro", "Patricinha", "Passa por mim" e "Se você soubesse", todas com Paulo Sérgio Valle, "Seu encanto" (c/ Paulo Sérgio Valle e Pingarilho), "Dorme profundo" (c/ Pingarilho) e "Tanto andei". Nesse mesmo ano, gravou outro LP, "Samba '68". Lançado pelo lendário selo Verve, esse trabalho contém alguns de seus maiores sucessos vertidos para o inglês, com arranjos de Eumir Deodato e participação de grandes músicos norte-americanos. O próprio Valle cuidou dos vocais principais em dueto com Annamaria de Carvalho Valle, então sua esposa.
Porém, com saudades do Rio de Janeiro e assustado com a possibilidade de ser recrutado para servir o Exército norte-americano na Guerra do Vietnã, Marcos Valle desembarcou no Galeão nos últimos dias de 1967. Trazia novas canções na bagagem e, no início de 1968 preparou um novo LP. "Viola enluarada", exclusivamente autoral, tem como destaque a faixa-título (c/ Paulo Sérgio Valle), cantada em duo com Milton Nascimento, além de "Próton elétron nêutron" (uma primeira experiência misturando baião e samba), "Maria da favela", "Homem do meu mundo", "Terra de ninguém", "Eu", "Tião Braço Forte" e "O amor é chama", todas com Paulo Sérgio Valle, "Viagem" (c/ Ronaldo Bastos), "Bloco do eu sozinho" (c/ Ruy Guerra), "Réquiem" (c/ Milton Nascimento, Ruy Guerra e Ronaldo Bastos) e "Pelas ruas do Recife" (c/ Paulo Sérgio Valle e Novelli).
Em 1969, gravou o LP "Mustang cor de sangue", com destaque para a faixa título, para o tema instrumental "Azimuth" e para a canção "Dia de vitória", ambas com Paulo Sérgio Valle. Esse trabalho representa uma mudança interessante de direção em sua carreira. A bossa nova vivia um momento de baixa no Brasil e Marcos Valle tratou de caminhar em direção a um pop cosmopolita. Uma influência presente desde sempre em sua vida: o menino Marcos adorava ouvir música norte-americana no rádio e na vitrola. Na adolescência, o rock'n'roll o conquistou a ponto de ele até hoje citar "Be Bop a Lula" (de Gene Vincent) como uma das canções que o marcaram no período. Com um enorme talento natural para criar grooves e apaixonado por ritmo, incorporou o soul norte-americano e a pilantragem de Wilson Simonal. Longe da inocência juvenil dos primeiros anos de sua carreira, esse novo Marcos Valle passou a ser associado à modernidade, à tecnologia e a uma imagem de cidadão do mundo. Por sua vez, as letras de Paulo Sérgio Valle passaram a adotar temáticas críticas. Disparando contra a sociedade de consumo e a ditadura militar, os irmãos Valle produziram algumas obras-primas nessa época. Infelizmente, esse lado de sua obra não recebeu até hoje o devido crédito: Marcos Valle não se identificou com o padrão "guerrilheiro" vigente na MPB a partir da Tropicália. Descendente de alemães, loiro e tachado como "um bem-nascido representante da elite carioca", suas provocações e contestações são ignoradas por parte da crítica e do público. No livro "Eu não sou cachorro não", de Paulo César de Araújo, sua canção "Flamengo até morrer" foi descrita como "adesista" quando era exatamente o contrário: uma ironia muito sofisticada à alienação causada pelo futebol nos brasileiros.
Considerado como um dos integrantes da segunda geração da bossa nova, iniciou sua carreira artística em 1961 integrando um trio, juntamente com Edu Lobo e Dori Caymmi. Nessa época, começou a compor suas primeiras músicas em parceria com o irmão Paulo Sérgio Valle. O trabalho da dupla foi registrado, pela primeira vez, em 1963, com a gravação da canção "Sonho de Maria", pelo Tamba Trio.
Em 1963, gravou seu primeiro LP, "Samba demais", registrando suas composições "Amor de nada", "Razão do amor", "Tudo de você", "Sonho de Maria", "E vem o sol" e "Ainda mais lindo", todas em parceria com Paulo Sérgio Valle, além das canções "Vivo sonhando" (Tom Jobim), "Moça flor", (Durval Ferreira e Lula Freire), "Canção pequenina" (Pingarilho), "Ela é carioca" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Ilusão à toa" (Johnny Alf) e "A morte de um Deus de sal" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). O disco foi contemplado com vários prêmios. Nessa época, começou a apresentar-se em shows e abandonou o curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro no segundo ano.
Em 1965, participou do espetáculo "A bossa no Paramount", realizado no Teatro Paramount (SP), no qual interpretou duas canções inéditas que se tornariam emblemáticas em sua carreira de compositor: "Preciso aprender a ser só" e "Terra de ninguém", ambas com Paulo Sérgio Valle. A segunda, contou com a participação de Elis Regina, então em início de carreira, alcançando, de imediato, enorme sucesso. Nesse mesmo ano, lançou o disco autoral "O compositor e o cantor Marcos Valle", com destaque para as canções "Gente", "Preciso aprender a ser só", "Samba de verão", "A resposta" e "Deus brasileiro", todas com Paulo Sérgio Valle. Ainda em 1965, viajou para os Estados Unidos, onde fez parte durante sete meses do conjunto de Sérgio Mendes, Brasil’65, com o qual se apresentou em casas noturnas, universidades e no programa de televisão de Andy Williams (o qual gravou duas bossa nova, "Summer Samba (So Nice)" e "The Face I Love (Seu Encanto)"). Também gravou um single com "All my loving", dos Beatles, em ritmo de bossa nova. Após esse período, retornou ao Brasil.
Em 1966, a gravação de Walter Wanderley de sua música "Samba de Verão" (c/ Paulo Sérgio Valle) alcançou o 2º lugar nas paradas de sucesso norte-americanas, recebendo, mais tarde, em torno de 80 regravações nesse país. Nesse ano, Marcos começou a gravar as faixas do que seria seu terceiro LP mas não concluiu esse trabalho. Voltou no ano seguinte para os Estados Unidos e lançou nesse país o LP instrumental "Braziliance! A música de Marcos Valle", registrando suas canções "Os grilos", "Preciso aprender a ser só", "Batucada surgiu", "Samba de verão", "Vamos pranchar", "Deus brasileiro", "Patricinha", "Passa por mim" e "Se você soubesse", todas com Paulo Sérgio Valle, "Seu encanto" (c/ Paulo Sérgio Valle e Pingarilho), "Dorme profundo" (c/ Pingarilho) e "Tanto andei". Nesse mesmo ano, gravou outro LP, "Samba '68". Lançado pelo lendário selo Verve, esse trabalho contém alguns de seus maiores sucessos vertidos para o inglês, com arranjos de Eumir Deodato e participação de grandes músicos norte-americanos. O próprio Valle cuidou dos vocais principais em dueto com Annamaria de Carvalho Valle, então sua esposa.
Porém, com saudades do Rio de Janeiro e assustado com a possibilidade de ser recrutado para servir o Exército norte-americano na Guerra do Vietnã, Marcos Valle desembarcou no Galeão nos últimos dias de 1967. Trazia novas canções na bagagem e, no início de 1968 preparou um novo LP. "Viola enluarada", exclusivamente autoral, tem como destaque a faixa-título (c/ Paulo Sérgio Valle), cantada em duo com Milton Nascimento, além de "Próton elétron nêutron" (uma primeira experiência misturando baião e samba), "Maria da favela", "Homem do meu mundo", "Terra de ninguém", "Eu", "Tião Braço Forte" e "O amor é chama", todas com Paulo Sérgio Valle, "Viagem" (c/ Ronaldo Bastos), "Bloco do eu sozinho" (c/ Ruy Guerra), "Réquiem" (c/ Milton Nascimento, Ruy Guerra e Ronaldo Bastos) e "Pelas ruas do Recife" (c/ Paulo Sérgio Valle e Novelli).
Em 1969, gravou o LP "Mustang cor de sangue", com destaque para a faixa título, para o tema instrumental "Azimuth" e para a canção "Dia de vitória", ambas com Paulo Sérgio Valle. Esse trabalho representa uma mudança interessante de direção em sua carreira. A bossa nova vivia um momento de baixa no Brasil e Marcos Valle tratou de caminhar em direção a um pop cosmopolita. Uma influência presente desde sempre em sua vida: o menino Marcos adorava ouvir música norte-americana no rádio e na vitrola. Na adolescência, o rock'n'roll o conquistou a ponto de ele até hoje citar "Be Bop a Lula" (de Gene Vincent) como uma das canções que o marcaram no período. Com um enorme talento natural para criar grooves e apaixonado por ritmo, incorporou o soul norte-americano e a pilantragem de Wilson Simonal. Longe da inocência juvenil dos primeiros anos de sua carreira, esse novo Marcos Valle passou a ser associado à modernidade, à tecnologia e a uma imagem de cidadão do mundo. Por sua vez, as letras de Paulo Sérgio Valle passaram a adotar temáticas críticas. Disparando contra a sociedade de consumo e a ditadura militar, os irmãos Valle produziram algumas obras-primas nessa época. Infelizmente, esse lado de sua obra não recebeu até hoje o devido crédito: Marcos Valle não se identificou com o padrão "guerrilheiro" vigente na MPB a partir da Tropicália. Descendente de alemães, loiro e tachado como "um bem-nascido representante da elite carioca", suas provocações e contestações são ignoradas por parte da crítica e do público. No livro "Eu não sou cachorro não", de Paulo César de Araújo, sua canção "Flamengo até morrer" foi descrita como "adesista" quando era exatamente o contrário: uma ironia muito sofisticada à alienação causada pelo futebol nos brasileiros.
Zimbo Trio
Zimbo Trio é um trio instrumental brasileiro surgido no ano de 1964. Foi formado originariamente por Amilton Godói ao piano, Luís Chaves no contrabaixo e Rubinho Barsotti na bateria.
O termo Zimbo, retirado do dicionário afro-brasileiro, significa boa sorte, felicidade e sucesso.
Zimbo era também uma antiga moeda que circulava no Congo e em Angola.
No Brasil colonial o Zimbo era uma dentre tantas moedas africanas que circulavam na colônia.
O Zimbo Trio foi formado em março de 1964 em São Paulo por Luís Chaves Oliveira da Paz "Luís Chaves" (contrabaixo), Rubens Alberto Barsotti "Rubinho" (bateria) e Amilton Godói (piano).
A primeira apresentação como Zimbo Trio foi na Boate Oásis, em 17 de março de 1964, acompanhando a cantora Norma Bengell. O show foi produzido por Aloysio de Oliveira. Uma das músicas tocadas foi "Consolação" de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Ainda nesse ano seriam os intérpretes de música de Rogério Duprat para o filme de Bengell, Noite Vazia.
Em 1965, o Zimbo Trio passou a fazer acompanhamento fixo do programa O Fino da Bossa, da TV Record, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, um dos mais importantes na divulgação de novos talentos musicais.
Em 1968, participou de um show antológico no Teatro João Caetano que reuniu Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e o conjunto Época de Ouro. O fruto deste encontro foi o registro de dois volumes gravados ao vivo.
Em 1973, o trio, juntamente com o baterista João Rodrigues Ariza "Chumbinho", fundaram, em São Paulo, o Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM, voltado para a formação musical ampla, sem separação entre erudito e popular. Dirigida pelo Zimbo Trio, esta escola formou gerações de músicos.
Em 2007, faleceu o contrabaixista Luís Chaves, um dos fundadores do Zimbo Trio. Itamar Collaço (baixo elétrico) ficou encarregado de levar adiante o legado do músico ao substituí-lo. Com a entrada de Itamar, o Zimbo Trio introduziu o baixo elétrico.
Em 2010, o contrabaixo acústico voltou ao trio com a entrada de Mario Andreotti, que substituiu Itamar Collaço.
Atualmente, o Zimbo Trio é formado por Amilton Godói (piano), Mario Andreotti (contrabaixo) e Pércio Sápia (bateria), que divide o palco com seu mestre Rubinho Barsotti, que se recupera de uma cirurgia.
Em uma nova fase, o trio, que em alguns shows atua como um quarteto, apresenta um repertório autoral baseado em composições do pianista Amilton Godói, trabalho registrado em CD e DVD em show ao vivo realizado em novembro de 2010 no Teatro Fecap com show de lançamento em maio de 2011 no Auditório Ibirapuera.
Com mais de 45 anos de carreira e 51 discos gravados, o Zimbo Trio conquistou reconhecimento mundial, excursionando por países dos 5 continentes, divulgando a música instrumental brasileira.
O termo Zimbo, retirado do dicionário afro-brasileiro, significa boa sorte, felicidade e sucesso.
Zimbo era também uma antiga moeda que circulava no Congo e em Angola.
No Brasil colonial o Zimbo era uma dentre tantas moedas africanas que circulavam na colônia.
O Zimbo Trio foi formado em março de 1964 em São Paulo por Luís Chaves Oliveira da Paz "Luís Chaves" (contrabaixo), Rubens Alberto Barsotti "Rubinho" (bateria) e Amilton Godói (piano).
A primeira apresentação como Zimbo Trio foi na Boate Oásis, em 17 de março de 1964, acompanhando a cantora Norma Bengell. O show foi produzido por Aloysio de Oliveira. Uma das músicas tocadas foi "Consolação" de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Ainda nesse ano seriam os intérpretes de música de Rogério Duprat para o filme de Bengell, Noite Vazia.
Em 1965, o Zimbo Trio passou a fazer acompanhamento fixo do programa O Fino da Bossa, da TV Record, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, um dos mais importantes na divulgação de novos talentos musicais.
Em 1968, participou de um show antológico no Teatro João Caetano que reuniu Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e o conjunto Época de Ouro. O fruto deste encontro foi o registro de dois volumes gravados ao vivo.
Em 1973, o trio, juntamente com o baterista João Rodrigues Ariza "Chumbinho", fundaram, em São Paulo, o Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM, voltado para a formação musical ampla, sem separação entre erudito e popular. Dirigida pelo Zimbo Trio, esta escola formou gerações de músicos.
Em 2007, faleceu o contrabaixista Luís Chaves, um dos fundadores do Zimbo Trio. Itamar Collaço (baixo elétrico) ficou encarregado de levar adiante o legado do músico ao substituí-lo. Com a entrada de Itamar, o Zimbo Trio introduziu o baixo elétrico.
Em 2010, o contrabaixo acústico voltou ao trio com a entrada de Mario Andreotti, que substituiu Itamar Collaço.
Atualmente, o Zimbo Trio é formado por Amilton Godói (piano), Mario Andreotti (contrabaixo) e Pércio Sápia (bateria), que divide o palco com seu mestre Rubinho Barsotti, que se recupera de uma cirurgia.
Em uma nova fase, o trio, que em alguns shows atua como um quarteto, apresenta um repertório autoral baseado em composições do pianista Amilton Godói, trabalho registrado em CD e DVD em show ao vivo realizado em novembro de 2010 no Teatro Fecap com show de lançamento em maio de 2011 no Auditório Ibirapuera.
Com mais de 45 anos de carreira e 51 discos gravados, o Zimbo Trio conquistou reconhecimento mundial, excursionando por países dos 5 continentes, divulgando a música instrumental brasileira.
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Elis Regina - No Fino da Bossa 3 álbuns.
Há 45 anos estreava na TV Record, em pleno período de efervescência da música brasileira, o programa O Fino da Bossa.
Apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, acompanhados na maior
parte das edições pelo Zimbo Trio, o programa recebia ao vivo no palco
convidados como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Dorival Caymmi e Os
Cariocas.
Produzido e dirigido por Manoel Carlos (hoje conhecido como autor de novelas) e Nilton Travesso, a atração ficou no ar três anos com grande sucesso, entre 1965 e 1967. O Fino da Bossa marcou não somente a história da televisão brasileira, como também ajudou a difundir e redefinir os rumos da música popular brasileira.
O Galeria presta uma homenagem à essa histórica atração resgatando musicais apresentados no palco do Teatro Paramount, em São Paulo, além de depoimentos de Elis Regina registrados em 1978 e 1982. O produtor Solano Ribeiro, o pianista e compositor do Zimbo Trio, Amilton Godoy e, claro, Jair Rodrigues, relembram alguns momentos desse clássico da televisão e música brasileiras.
Produzido e dirigido por Manoel Carlos (hoje conhecido como autor de novelas) e Nilton Travesso, a atração ficou no ar três anos com grande sucesso, entre 1965 e 1967. O Fino da Bossa marcou não somente a história da televisão brasileira, como também ajudou a difundir e redefinir os rumos da música popular brasileira.
O Galeria presta uma homenagem à essa histórica atração resgatando musicais apresentados no palco do Teatro Paramount, em São Paulo, além de depoimentos de Elis Regina registrados em 1978 e 1982. O produtor Solano Ribeiro, o pianista e compositor do Zimbo Trio, Amilton Godoy e, claro, Jair Rodrigues, relembram alguns momentos desse clássico da televisão e música brasileiras.
Astrud Gilberto
Astrud Gilberto, nascida Astrud Evangelina Weinert (Salvador, 29 de março de 1940), é uma cantora brasileira de bossa nova , MPB e jazz de fama internacional.
Nascida na Bahia, filha de mãe brasileira e pai alemão, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família, em 1947, para morar na Avenida Atlântica, em Copacabana. Seu pai era professor de idiomas e de literatura. Sua mãe tinha grande paixão pela música, cantava e tocava bandolim. Caçula de três irmãs, era extremamente tímida e passou anos a reprimir seu interesse pelo canto. Na adolescência, sua melhor amiga Nara Leão, então a aspirante a cantora, foi incentivando a amiga a soltar a voz. Foi também Nara quem apresentou Astrud e João Gilberto, que passou a ser o grande incentivador da namorada. João e Astrud se casaram em 1959. Em menos de um ano, ela esperava o primogênito, Marcelo.
Em maio de 1960, Astrud sobe ao palco pela primeira vez, no histórico show Noite do Amor, do Sorriso e da Flor, no anfiteatro da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, organizado para comemorar o lançamento do segundo LP de João Gilberto, O Amor, o Sorriso, a Flor (Odeon, 1960), e do qual participaram também Nara Leão, Dori Caymmi, Chico Feitosa, Johnny Alf, o Trio Irakitan, Elza Soares, Sérgio Ricardo, Sylvia Telles, Pedrinho Mattar, Norma Bengell, Nana Caymmi, o grupo vocal Os Cariocas, Hélcio Milito, Bebeto Castilho, Roberto Menescal e outros. O espetáculo foi produzido e apresentado por Ronaldo Bôscoli.
Em 1963, Astrud e João se transferem para os Estados Unidos. No mesmo ano, Astrud participa do álbum Getz/Gilberto juntamente com seu marido e o saxofonista Stan Getz, com arranjos de Tom Jobim. Astrud, que nunca havia cantado profissionalmente, participa das gravações, mas, durante as apresentações subsequentes, descobriu que sofria de medo de palco.
Em 1964, meses após as gravações de Getz/Gilberto, João se separa de Astrud. Em 1965, Astrud lança o seu primeiro álbum solo. Seguiram-se muitos outros. De 1965 a 2002 , cantando bossa-nova, MPB, standards do jazz e canções americanas e europeias, em inglês, francês, italiano e alemão, gravou 18 álbuns solo.
Ela continua a viver nos Estados Unidos. Atualmente, mora em Filadélfia, na companhia dos filhos, o baixista Marcelo Gilberto (nascido em 1960, de seu casamento com João Gilberto) e Greg Lasorsa, de seu segundo casamento.
O sucesso do trabalho de Astrud Gilberto na canção The Girl from Ipanema tornou-a um nome proeminente na música do jazz, e ela começou a fazer gravações solo.
Embora Astrud tenha começado como intérprete de bossa nova brasileira e jazz americano, passou também a gravar composições próprias na década de 1970. A canção "Astrud" , interpretada pela cantora polaca Basia é um tributo a ela.
Astrud Gilberto recebeu o prêmio Latin Jazz USA Award for Lifetime Achievement (1992) e foi incluída no International Latin Music Hall of Fame, em 2002.
A cantora também tornou-se conhecida pelo seu trabalho como artista plástica, assim como por seu ativismo em favor dos direitos dos animais.
Nascida na Bahia, filha de mãe brasileira e pai alemão, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família, em 1947, para morar na Avenida Atlântica, em Copacabana. Seu pai era professor de idiomas e de literatura. Sua mãe tinha grande paixão pela música, cantava e tocava bandolim. Caçula de três irmãs, era extremamente tímida e passou anos a reprimir seu interesse pelo canto. Na adolescência, sua melhor amiga Nara Leão, então a aspirante a cantora, foi incentivando a amiga a soltar a voz. Foi também Nara quem apresentou Astrud e João Gilberto, que passou a ser o grande incentivador da namorada. João e Astrud se casaram em 1959. Em menos de um ano, ela esperava o primogênito, Marcelo.
Em maio de 1960, Astrud sobe ao palco pela primeira vez, no histórico show Noite do Amor, do Sorriso e da Flor, no anfiteatro da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, organizado para comemorar o lançamento do segundo LP de João Gilberto, O Amor, o Sorriso, a Flor (Odeon, 1960), e do qual participaram também Nara Leão, Dori Caymmi, Chico Feitosa, Johnny Alf, o Trio Irakitan, Elza Soares, Sérgio Ricardo, Sylvia Telles, Pedrinho Mattar, Norma Bengell, Nana Caymmi, o grupo vocal Os Cariocas, Hélcio Milito, Bebeto Castilho, Roberto Menescal e outros. O espetáculo foi produzido e apresentado por Ronaldo Bôscoli.
Em 1963, Astrud e João se transferem para os Estados Unidos. No mesmo ano, Astrud participa do álbum Getz/Gilberto juntamente com seu marido e o saxofonista Stan Getz, com arranjos de Tom Jobim. Astrud, que nunca havia cantado profissionalmente, participa das gravações, mas, durante as apresentações subsequentes, descobriu que sofria de medo de palco.
Em 1964, meses após as gravações de Getz/Gilberto, João se separa de Astrud. Em 1965, Astrud lança o seu primeiro álbum solo. Seguiram-se muitos outros. De 1965 a 2002 , cantando bossa-nova, MPB, standards do jazz e canções americanas e europeias, em inglês, francês, italiano e alemão, gravou 18 álbuns solo.
Ela continua a viver nos Estados Unidos. Atualmente, mora em Filadélfia, na companhia dos filhos, o baixista Marcelo Gilberto (nascido em 1960, de seu casamento com João Gilberto) e Greg Lasorsa, de seu segundo casamento.
O sucesso do trabalho de Astrud Gilberto na canção The Girl from Ipanema tornou-a um nome proeminente na música do jazz, e ela começou a fazer gravações solo.
Embora Astrud tenha começado como intérprete de bossa nova brasileira e jazz americano, passou também a gravar composições próprias na década de 1970. A canção "Astrud" , interpretada pela cantora polaca Basia é um tributo a ela.
Astrud Gilberto recebeu o prêmio Latin Jazz USA Award for Lifetime Achievement (1992) e foi incluída no International Latin Music Hall of Fame, em 2002.
A cantora também tornou-se conhecida pelo seu trabalho como artista plástica, assim como por seu ativismo em favor dos direitos dos animais.
sábado, 16 de setembro de 2017
Sylvia Telles (BIOGRAFIA)
Sylvia Telles (Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1934 — Maricá, 19 de dezembro de 1966), também conhecida como Sylvinha Telles, Dindi foi uma cantora brasileira e uma das intérpretes dos primórdios da bossa nova.
A maioria de seus discos está fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.
Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo, "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final - com Dick Farney e Amargura, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu da Conceição".
Sylvia era filha de Maria Amélia D'Atri, natural da França, e do carioca Paulo Telles, um amante da música clássica. Seu irmão mais velho, Mário Telles, também foi músico.
Ela estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria e sonhava se tornar bailarina, mas, ao realizar um curso de teatro, descobriu que seu talento era realmente cantar.
Em 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de Sylvinha e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniões que eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seu primeiro namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário; o relacionamento acabou porque a família Telles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa dos outros.
No ano seguinte, o comediante Colé a convidou para participar de um musical, chamado Gente bem e champanhota, apresentado no Teatro Follies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de Mello Mattos, o Candinho, acompanhou Sylvinha na canção Amendoim torradinho, por Henrique Beltrão. Eles se apaixonaram à primeira vista. Pouco tempo depois, morreu Garoto, sem poder ver o lançamento do primeiro disco de Telles.
A atuação de Sylvinha neste espetáculo chamou a atenção da gravadora Odeon, que a contratou como artista exclusiva. Em junho de 1955 ela gravou "Amendoim torradinho", faixa que obteve bastante destaque nas rádios e que a levou a ser premiada como Cantora revelação de 1955, prêmio outorgado pelo jornal O Globo.
Sylvinha e Candinho casaram-se e tiveram uma filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu marido apresentaram pela TV Rio o programa Música e romance, recebendo como convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf e Billy Blanco. Contudo, o casal logo se separou.
Em 1958, o local de encontro dos músicos passou a ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos de idade. Ronaldo Bôscoli, que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia Telles, que já era um nome conhecido, foi então chamada para participar de um espetáculo no Grupo Universitário Hebraico, juntamente com Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e os seus Bossa nova", que a expressão "bossa nova" foi divulgada pela primeira vez.
Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países, como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.
Em 1960, já divorciada de Candinho, Sylvia casou-se em Las Vegas com o produtor musical Aloysio de Oliveira, separando-se em 1964 por causa de ciúme. Aloysio casou-se com Cyva, do Quarteto em Cy, posteriormente.
A maioria de seus discos está fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.
Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo, "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final - com Dick Farney e Amargura, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu da Conceição".
Sylvia era filha de Maria Amélia D'Atri, natural da França, e do carioca Paulo Telles, um amante da música clássica. Seu irmão mais velho, Mário Telles, também foi músico.
Ela estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria e sonhava se tornar bailarina, mas, ao realizar um curso de teatro, descobriu que seu talento era realmente cantar.
Em 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de Sylvinha e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniões que eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seu primeiro namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário; o relacionamento acabou porque a família Telles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa dos outros.
No ano seguinte, o comediante Colé a convidou para participar de um musical, chamado Gente bem e champanhota, apresentado no Teatro Follies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de Mello Mattos, o Candinho, acompanhou Sylvinha na canção Amendoim torradinho, por Henrique Beltrão. Eles se apaixonaram à primeira vista. Pouco tempo depois, morreu Garoto, sem poder ver o lançamento do primeiro disco de Telles.
A atuação de Sylvinha neste espetáculo chamou a atenção da gravadora Odeon, que a contratou como artista exclusiva. Em junho de 1955 ela gravou "Amendoim torradinho", faixa que obteve bastante destaque nas rádios e que a levou a ser premiada como Cantora revelação de 1955, prêmio outorgado pelo jornal O Globo.
Sylvinha e Candinho casaram-se e tiveram uma filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu marido apresentaram pela TV Rio o programa Música e romance, recebendo como convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf e Billy Blanco. Contudo, o casal logo se separou.
Em 1958, o local de encontro dos músicos passou a ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos de idade. Ronaldo Bôscoli, que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia Telles, que já era um nome conhecido, foi então chamada para participar de um espetáculo no Grupo Universitário Hebraico, juntamente com Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e os seus Bossa nova", que a expressão "bossa nova" foi divulgada pela primeira vez.
Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países, como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.
Em 1960, já divorciada de Candinho, Sylvia casou-se em Las Vegas com o produtor musical Aloysio de Oliveira, separando-se em 1964 por causa de ciúme. Aloysio casou-se com Cyva, do Quarteto em Cy, posteriormente.
Carlos Lyra (BIOGRAFIA)
Carlos Eduardo Lyra Barbosa (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1939) é um cantor, compositor e violonista brasileiro.
Junto com Roberto Menescal, era uma das figuras jovens da bossa nova. Fez parte de uma bossa nova mais ativista, propondo o retorno do ritmo às suas raízes no samba.
Dentre suas canções mais famosas estão "Você e eu", "Coisa mais linda", Influência do jazz", "Maria Ninguém", "Minha Namorada", "Ciúme", "Lobo bobo", "Menina", "Maria moita" e "Se é tarde me perdoa".
Nasceu no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 11 de maio de 1939.
Era o filho mais velho de José Domingos Barbosa, um oficial da Marinha, e da dona-de-casa Helena Lyra Barbosa.
Possui dois irmãos: Sérgio Henrique Lyra Barbosa, também oficial da Marinha, e Maria Helena Lyra Fialho, professora de teatro.
Carlos Lyra começou a fazer música com um piano de brinquedo aos sete anos de idade, passando, em seguida, a tocar gaita de boca.
Ainda adolescente, quebrou a perna num campeonato de salto à distância.
O acidente lhe obrigou a ficar de repouso na cama por seis meses.
Para passar o tempo, foi-lhe oferecido um violão e o Método Paraguaçu de aprendizado do instrumento.
Ao receber alta do médico, já dominava o violão.
Estudou no Colégio Santo Inácio, foi semi-interno no Colégio São Bento e concluiu o antigo segundo grau no Colégio Mallet Soares, em Copacabana, onde conheceu o compositor Roberto Menescal, com quem montou a primeira Academia de Violão, uma forma que encontraram de viver profissionalmente da atividade musical, por onde passaram Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá, entre outros.
Nessa época, decidiu trocar o curso de Arquitetura na faculdade pela música.
Participou da primeira geração da bossa nova ao lado do parceiro Ronaldo Bôscoli, e de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto – todos representados no álbum Chega de Saudade, lançado em 1959.
Carlos Lyra escreveu sua primeira canção, intitulada "Quando chegares", em 1954. Ainda nesse ano, Geraldo Vandré (à época apresentando-se como Carlos Dias), interpretou sua composição "Menina" no I Festival da Canção, realizado pela TV Rio. Em 1955, a música foi gravada por Sylvinha Telles e lançada como single pela gravadora Odeon.
O disco é considerado um precursor da bossa nova.
No ano seguinte, iniciou sua carreira profissional como músico, tocando violão elétrico no conjunto de Bené Nunes. Ainda em 1956, seu samba "Criticando", precursor de "Influência do jazz", foi gravado pelo grupo vocal Os Cariocas.
Em 1957, começou a compor em parceria com Ronaldo Bôscoli. São dessa época as canções "Lobo bobo" e "Se é tarde me perdoa". Ainda em 1957, participou, na Sociedade Hebraica de Laranjeiras, de um show cuja apresentação em cartaz dizia: "Hoje, Sylvia Telles, Carlos Lyra e os bossa nova", expressão utilizada pela primeira vez para descrever a música do compositor e seus companheiros de palco daquela noite. No ano seguinte, compôs, em parceria com Geraldo Vandré, as canções "Quem quiser encontrar o amor" (famosa na voz de Maysa) e "Aruanda".
Em 1959, suas composições "Maria Ninguém", "Lobo Bobo" e "Saudade fez um samba" foram gravadas por João Gilberto no álbum Chega de Saudade, lançado pela Odeon. Em 1960, gravou seu primeiro disco, Carlos Lyra: bossa nova, lançado pela Philips, produzido por Armando Pittigliani, com texto de contracapa escrito por Ary Barroso.
Junto com Roberto Menescal, era uma das figuras jovens da bossa nova. Fez parte de uma bossa nova mais ativista, propondo o retorno do ritmo às suas raízes no samba.
Dentre suas canções mais famosas estão "Você e eu", "Coisa mais linda", Influência do jazz", "Maria Ninguém", "Minha Namorada", "Ciúme", "Lobo bobo", "Menina", "Maria moita" e "Se é tarde me perdoa".
Nasceu no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 11 de maio de 1939.
Era o filho mais velho de José Domingos Barbosa, um oficial da Marinha, e da dona-de-casa Helena Lyra Barbosa.
Possui dois irmãos: Sérgio Henrique Lyra Barbosa, também oficial da Marinha, e Maria Helena Lyra Fialho, professora de teatro.
Carlos Lyra começou a fazer música com um piano de brinquedo aos sete anos de idade, passando, em seguida, a tocar gaita de boca.
Ainda adolescente, quebrou a perna num campeonato de salto à distância.
O acidente lhe obrigou a ficar de repouso na cama por seis meses.
Para passar o tempo, foi-lhe oferecido um violão e o Método Paraguaçu de aprendizado do instrumento.
Ao receber alta do médico, já dominava o violão.
Estudou no Colégio Santo Inácio, foi semi-interno no Colégio São Bento e concluiu o antigo segundo grau no Colégio Mallet Soares, em Copacabana, onde conheceu o compositor Roberto Menescal, com quem montou a primeira Academia de Violão, uma forma que encontraram de viver profissionalmente da atividade musical, por onde passaram Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá, entre outros.
Nessa época, decidiu trocar o curso de Arquitetura na faculdade pela música.
Participou da primeira geração da bossa nova ao lado do parceiro Ronaldo Bôscoli, e de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto – todos representados no álbum Chega de Saudade, lançado em 1959.
Carlos Lyra escreveu sua primeira canção, intitulada "Quando chegares", em 1954. Ainda nesse ano, Geraldo Vandré (à época apresentando-se como Carlos Dias), interpretou sua composição "Menina" no I Festival da Canção, realizado pela TV Rio. Em 1955, a música foi gravada por Sylvinha Telles e lançada como single pela gravadora Odeon.
O disco é considerado um precursor da bossa nova.
No ano seguinte, iniciou sua carreira profissional como músico, tocando violão elétrico no conjunto de Bené Nunes. Ainda em 1956, seu samba "Criticando", precursor de "Influência do jazz", foi gravado pelo grupo vocal Os Cariocas.
Em 1957, começou a compor em parceria com Ronaldo Bôscoli. São dessa época as canções "Lobo bobo" e "Se é tarde me perdoa". Ainda em 1957, participou, na Sociedade Hebraica de Laranjeiras, de um show cuja apresentação em cartaz dizia: "Hoje, Sylvia Telles, Carlos Lyra e os bossa nova", expressão utilizada pela primeira vez para descrever a música do compositor e seus companheiros de palco daquela noite. No ano seguinte, compôs, em parceria com Geraldo Vandré, as canções "Quem quiser encontrar o amor" (famosa na voz de Maysa) e "Aruanda".
Em 1959, suas composições "Maria Ninguém", "Lobo Bobo" e "Saudade fez um samba" foram gravadas por João Gilberto no álbum Chega de Saudade, lançado pela Odeon. Em 1960, gravou seu primeiro disco, Carlos Lyra: bossa nova, lançado pela Philips, produzido por Armando Pittigliani, com texto de contracapa escrito por Ary Barroso.
Nara Leão...Musa da Bossa Nova
Filha caçula do casal capixaba
Jairo Leão, advogado, e Altina Lofego Leão, professora. Pelo lado
paterno era descendente de portugueses e pelo materno era descendente de
imigrantes italianos da vila de Castelluccio Superiore, na região da Basilicata, que imigraram para o Espírito Santo no século XIX (famílias D'Amico e Lofiego). Nara nasceu em Vitória e mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão.
Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Aos 18 anos, Nara tornou-se professora da academia.A bossa nova nasceu em 1957, quando Nara fazia reuniões no apartamento de seus pais, localizado no edifício Champ-Elysées, em frente ao posto 4, da Avenida Atlântica, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli.
Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra. Nessa época passa a se interessar pelo samba de morro por influência de Lyra .
A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o golpe militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Maria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, pois Nara precisara se afastar por estar afônica em consequência da poeira do teatro. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.[1]
Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O Barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto -- feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em 1980.
Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Aos 18 anos, Nara tornou-se professora da academia.A bossa nova nasceu em 1957, quando Nara fazia reuniões no apartamento de seus pais, localizado no edifício Champ-Elysées, em frente ao posto 4, da Avenida Atlântica, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli.
Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra. Nessa época passa a se interessar pelo samba de morro por influência de Lyra .
A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o golpe militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Maria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, pois Nara precisara se afastar por estar afônica em consequência da poeira do teatro. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.[1]
Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O Barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto -- feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em 1980.
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Agostinho dos Santos (BIOGRAFIA)
Iniciou sua carreira no início dos anos 1950, como crooner da orquestra
de Osmar Milani, na capital paulista. Nessa época, chegou a participar
de alguns programas de calouros. Em 1951, por indicação do trompetista
José Luís, foi contratado pela Rádio América de São Paulo. Anos depois,
seria contratado pela Rádio Nacional paulista. Gravou o primeiro disco
em 1953 pelo selo Star com o samba "Rasga teu verso", de Sereno e Manoel
Ferreira.
Em 1955, atuou na Rádio América de São Paulo e depois foi ao Rio de
Janeiro para cantar com Ângela Maria, Sílvia Telles e a Orquestra
Tabajara, na Rádio Mairynk Veiga. No mesmo ano, assinou contrato com a
gravadora Polydor e lançou a toada "O vendedor de laranjas", de
Albertinho e Heitor Carilo e o fox "A última vez que vi Paris", de J.
Kern com versão de Haroldo Barbosa. Em 1956, gravou seu primeiro
sucesso: a valsa "Meu benzinho", de Hawe, Gussin e Caubi de Brito. Por
conta dessa música, recebeu os troféus Roquette Pinto e Disco de Ouro.
Também no mesmo ano, gravou a primeira composição de sua autoria, o
samba "Vai sofrendo", parceria com Vicente Lobo e Osvaldo Morige. Nesse
período, teve rápida passagem pelo rock'n'roll gravando "Até logo,
jacaré", versão de Júlio Nagib para "See you later, alligator", de Bill
Halley & His Comets. Nesse mesmo ano, recebeu seu primeiro Disco de
Ouro. Ainda em 1956, lançou pela Polydor o LP "Agostinho dos Santos" no
qual interpretou o fox canção "Falam meus olhos", de Fernando César e
Nazareno de Brito, a toada "O vendedor de laranjas", de Betinho, os fox
"A última vez que vi Paris (The last time I saw Paris)", de J. Kern, e
versão de Haroldo Barbosa, e "É tão gostoso amar (Open the window of
your heart)", de Offmann e Manning, em versão de Édson Borges, o samba
canção "Não digo", de Sebastião Gilberto e Antônio Bruno, a valsa lenta
"Meu benzinho (My little one)", de Howe e Gussin, com versão de Cauby de
Brito, faixa que contou com uma declamação de Walter Forster, o fox
marcha "Pif-paf", de Portinho e Wilson Falcão, e a marcha fado "Canção
do mar", de Frederico Brito e Ferrer Trindade. Ainda em 1956, foi
escolhido pela equipe de redatores e repórteres da revista Radiolândia
como a "Revelação do ano" na categoria cantor. Em 1957, gravou com
acompanhamento da orquestra de Valdomiro Lemke os sambas canção "Chove
lá fora", de Tito Madi e "Maria dos meus pecados", de Jair Amorim e
Valdemar de Abreu. No mesmo ano, gravou a marcha "Maria Shangay", do
jornalista e colunista social Ibrahim Sued, Alcyr Pires Vermelho e Mário
Jardim. Nesse ano, recebeu seu segundo Disco de Ouro. Em 1958, lançou
pela Polydor o LP "Uma voz e seus sucessos", trazendo as músicas
"Desolação", de Othon Russo, "O amor não tem juízo", de Fernando César, e
"Esquecimento", de Fernando César e Nazareno de Brito, "Chove lá fora",
de Tito Madi, "Maria dos meus pecados", de Jair Amorim e Dunga,
"Concerto de outono", de C. Bargoni e Danpa, e "Só você (Only you)", de
B. Ram e A. Rand, em versões de Julio Nagib, "Triste a recordar", de
Carmon Lewis, "Minha oração", de G. Boulanger, e versão de Cauby de
Brito, "Faz mal pra mim", de Sidney Morais, Mário Donato e Heitor
Carillo, "Pra lá e pra cá", de Mário Albanese e Armando Blundi Bastos, e
"Três Marias", de Betinho e Nelson Figueiredo. Ainda em 1958, gravou
com a orquestra de Valdomiro Lemke os sambas canção "Por causa de você" e
"Estrada do sol", de Tom Jobim e Dolores Duran e "Se todos fossem
iguais a você", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Foi agraciado no
mesmo ano com seu terceiro Disco de Ouro. No mesmo ano, transferiu-se
para a RGE e lançou a valsa "Meu castigo", de Onildo Almeida e o samba
canção "Doi muito mais a dor", de Vadico e Edson Borges com
acompanhamento da orquestra RGE dirigida por Enrico Simonetti. Também no
mesmo ano, gravou os sambas canção "Chega de saudade", de Tom Jobim e
Vinicius de Moraes e "Balada triste", de Dalton Vogeler e Esdras Silva,
com os quais fez grande sucesso. Ainda em 1958, lançou o LP "Antônio
Carlos Jobim e Fernando César na voz de Agostinho dos Santos", seu
último trabalho na Polydor no qual interpretou de Tom Jobim, as
composições "Estrada do sol" e"Por causa de você", com Dolores Duran,
"Sucedeu assim", com Marino Pinto, "Eu não existo sem você" e "Se todos
fossem iguais a você", com Vinicius de Moraes, e "Foi a noite", com
Newton Mendonça, e de Fernando César: "Tudo ou nada", "Dó-ré-mi",
"Graças a Deus", "Segredo", "Deixe que eu possa esquecer" e
"Crepúsculo", as duas últimas em parceria com Renato de Oliveira. Por
causa desse elepê, recebeu o convite de Tom Jobim e Vinícius de Morais
para ser o intérprete da trilha de ambos para o filme "Orfeu do
carnaval", de Marcel Camus, que lhe rendeu dois grandes sucessos: "Manhã
de carnaval", de Luiz. Bonfá e Vinicius de Moraes e "A felicidade", de
Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Lançou também no mesmo período o LP
"Agostinho espetacular", com o qual estreou na RGE com as obras "Balada
triste", de Dalton Vogeler e Esdras Pereira da Silva, "Até o nome é
Maria", de Billy Blanco, "Horóscopo", de Mário Donato e Heitor Carillo,
"Um olhar um sorriso", de Guerra Peixe, "Flamingo", de Groya e Anderson,
e versão de Ricardo Macedo, "Meu castigo", de Onildo Almeida, "Forças
ocultas", com Antônio Bruno, "Tu és a dona de tudo", de Alcyr Pires
Vermelho e Nazareno de Brito, "Sede de amor", de Mário Albanese, "Nem
sol nem paz nem você", de Otello Zuccolo e Fernando César, e "Espera" e
"Dói muito mais a dor", de Vadico e Édson Borges. Em 1959, gravou os
sambas canção "Canção de amor" e "Manhã de carnaval", de Luiz Bonfá e
Antonio Maria e "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, todos
com grande sucesso. Gravou também a "Balada do homem sem Deus", de sua
autoria e Fernando César com acompanhamento da orquestra RGE regida por
Enrico Simonetti. No mesmo ano, gravou o LP "O inimitável Agostinho",
também pela RGE, disco que incluía sucessos como "Hino ao sol", de Tom
Jobim e Billy Blanco, "Eu sei que vou te amar", de Tom Jobim e Vinicius
de Moraes, "Fim de caso", de Dolores Duran e "Feitio de oração", de Noel
Rosa e Vadico, além das músicas "Eu sou de ser você", de Fernando
César, "Saudade de Itapoã", de Dorival Caymmi, "Balada do homem sem
Deus", com Fernando César, "Não tem solução", de Dorival Caymmi e Carlos
Guinle, "Manhã de carnaval", de Luis Bonfá e Antônio Maria, "A
felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, "A noite do meu bem", de
Dolores Duran, "O morro", de Billy Blanco e Tom Jobim, "As aparências
enganam" e "Eu não sou de reclamar", de Lupicínio Rodrigues, "Palpite
infeliz", de Noel Rosa, e "Canção da volta", de Ismael Netto e Antônio
Maria. Nesse ainda, recebeu seu quarto Disco de Ouro consecutivo.
Em 1960, gravou os sambas canção "Cantiga de quem está só", de Evaldo
Gouveia e Jair Amorim, "Leva-me contigo", de Dolores Dura e os sambas
"Saudade querida", de Tito Madi e "Chuva para molhar o sol", de sua
autoria e Edson Borges. No mesmo ano, lançou o LP "Agostinho, sempre
agostinho", com "Amor em paz", de Tom jobim e Vinicius de Moraes,
"Dindi", de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, "Na solidão da noite", de
Tom Jobim, "Céu e mar", de Johnny Alf, "Mais que minha vida", de Antônio
Maria e Pernambuco, "Leva-me contigo", de Dolores Duran, "Chora tua
tristeza", de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini, "Saudade querida",
de Tito Madi, "Beleza moça", de Garoto, "Chuva pra molhar o sol", com
Édson Borges, "Coisas certas", de Roberto Ribeiro e Waltinho, e "Mulher
passarinho", de Caetano Zamma e Roberto Freire. No ano seguinte, gravou o
samba canção "Nossos momentos", de Haroldo Barbosa e Luiz Reis, e o
samba "Distância é saudade", de sua autoria. Nesse mesmo ano, a RGE
lançou o LP "Agostinho canta sucessos", que trazia sucessos da época
como "Mulher de trinta", de Luiz Antônio, "Por quem sonha Ana Maria", de
Juca Chaves, "Serenata suburbana", de Capiba, "Negue", de Enzo de
Almeida Passos e Adelino Moreira, "Devaneio", de Djalma Ferreira e Luis
Antônio, "Pior pra você", de Almeida Rego e Evaldo Gouveia, "Ninguém é
de ninguém", de Umberto Silva, Toso Gomes e Luis Mergulhão, "O amor e a
rosa", de Pernambuco e Antônio Maria, "Ri", de Luis Antônio,
"Esmeralda", de Filadelfo Nunes e Fernando Barreto, "Estou pensando em
ti", de Raul Sampaio e Benil Santos, e "Olhos castanhos", de Alves
Coelho Filho. Ainda em 1961, lançou o LP "A presença de Agostinho"
interpretando "Uma vez mais", "Lourdes" e "Eu e tu", da dupla Evaldo
Gouveia e Jair Amorim, "Escreva-me (Scrivimi)", de Raimondi e Frati, e
versão de Ghiaroni, "Nossos momentos", de Haroldo Barbosa e Luis Reis,
"Ajudai o próximo" e "Na casa do Antônio Job", de Monsueto e Venâncio,
"Lúcia", de Édson Borges, "Doente", de Carlos Coquejo, "Mãos calmas", de
Luis Bonfá e Ronaldo Bôscoli, "Canção para acordar você", de Tito Madi,
e "Distância é saudade", de sua autoria. Em 1962, gravou o LP
"Agostinho dos Santos canta boleros famosos" cantando grandes sucessos
românticos da epoca: "Noite de ronda (Noche de ronda)", de Maria Teresa
Lara, e versão de José Fortuna, "Vida minha (Vida mia)", de J. Morcillo e
F. Garcia Morcillo, e versão de Julio Nagib, "Angustia", de O. Brito, e
versão de A. Bourget, "Dedicação (Sinceridad)", de G. Perez, e versão
de Ghiaroni, "Frenesi", de A. Dominguez, e versão de Lina Pesce,
"Oracion Caribe", de Agustin Lara, "Aqueles olhos verdes (Aquellos ojos
verdes)", de N. Menendez, e versão de João de Barro, "Quiereme mucho",
de Gonzalo Roig, e versão de Mário Mendes, "Acerca-te mais (Acercate
mas)", de O. Farres, e versão de Marcos Augusto, "Pecado", de Francini,
Pontier e Bahr, e versão de Carlos Américo, "Vereda tropical", de
Gonzalo Curiel, e versão de Paulo Gilvan, e "Perfídia", de A. Dominguez.
No mesmo ano, participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em
Nova York (EUA), acompanhado pelo conjunto de Oscar Castro Neves. Em
1963, gravou em dueto com a cantora Rosana o "Samba em prelúdio", de
Vinicius de Moraes e Baden Powell. No mesmo ano, lançou outro LP
cantando boleros, dessa vez todfos em espanhol: "Mais boleros famosos -
Agostinhos dos Santos em espanhol" do qual fizeram parte os boleros
"Solamente uma vez" e "Amor de mis amores", de Agustin Lara, "Amor" e
"Mar", de Lopes Mendez e Gabriel Ruiz, "Angelitos negros", de Manuel
Alvarez Maciste e Andres Eloy Blanco, "Noche de luna" e "Calla
tristesa", de Gonzalo Curiel, "Recuerdos de ti", de Roque Carbajo,
"Lindissima", de J. Quirós, "Campanitas de cristal", de Rafael
Hernandez, "Presentimiento", de Emílio Pacheco, e "Sueños de Paris", de
J. Quirós. Lançou em 1964, o LP "Vanguarda", no qual interpretou sete
composições da dupla Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli: "Vagamente",
"Telefone", "Rio", "Amor a 120", "Negro", "Além da imaginação" e "A
morte de um Deus de sal". Também fizeram parte desse disco as músicas
"Amanhecendo" e "Noite de paz", de Roberto Menescal e Luis Fernando
Freire, "Moça flor", de Durval Ferreira e Luis Fernando Freire, "Melhor
voltar", de Luis Carlos Vinhas e Luis Fernando Freire, e "Pra que
chorar", de Vinicius de Moraes e Baden Powell. Fez várias excursões ao
exterior, tendo se apresentado no Chile, Argentina, México, Itália,
Portugal e nos Estados Unidos, onde cantou ao lado de Johnny Mathis. Na
Itália atuou ao lado da cantora Caterina Valente, grande sucesso na
época. Em 1966, lançou pelo selo Elenco o LP "Agostinho dos Santos", com
destaque para "O canto de Ossanha", de Baden Powell e Vinicius de
Moraes, "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, "Favelado", de Zé
Kéti e "Preciso aprender a ser só", de Paulo Sergio Valle e Marcos
Valle. Também estavam nesse LP as canções "Seu encanto", de Paulo Sergio
Valle, Marcos Valle e Pingarilho, "Dorme profundo" e "Vem", de Marcos
Valle e Paulo Sergio Valle, "Só de você", de Lúcio Alves e Geraldo Casé,
"Último canto", de Francis Hime e Ruy Guerra, e "Das rosas", de Dorival
Caymmi. Em 1967, gravou o elepê "Música nossa", pelo selo Ritmos/Codil
no qual interpretou "Travessia", de Milton Nascimento e Fernando Brant,
música que ele havia indicado, juntamente com "Maria minha fé" e "Morro
Velho", ambas também de Milton Nascimento ao diretor artístico do II
FIC, do Rio de Janeiro, o maestro Elmir Deodato, o que transformaria no
primeiro padrinho artístico do futuro astro da MPB. Este disco incluía
ainda "Ponteio", de Capinan e Edu Lobo, e "Carolina", de Chico Buarque,
além de "Oferenda", de Lenita e Luiz Eça, e "Sim pelo não", de Alcivando
Luz e Carlos Coquejo, que contaram com a participação especial da então
iniciante Beth Carvalho. Ainda naquele ano, alavancou a participação de
Milton Nascimento no II FIC, prestigiando o então desconhecido cantor e
compositor em inúmeras entrevistas em que o considerava a "grande
revelação da nova MPB". Ainda em 1967, lançou pela gravadora
pernambucana Mocambo o LP "Agostinho dos Santos" cantando "Vem ouvir o
amor" e "Brisa", de Eugênio Pepe e Francisco Nicholson, "Vem chegado a
madrugada", de Zuzuca e Noel Rosa de Oliveira, "Tristeza", de Haroldo
Lobo e Niltinho Tristeza, "Mona Ami Zeca", e "Carnaval Iolo buá" com
adaptações de F. Pereira, "Em Luanda saudade de Luanda", de Eleutério
Sanches, "Mulata é a noite", de A. Tavares da Silva e A. Maria
Mascarenhas, "A banda", de Chico Buarque, "Canção de ser triste", de
Jorge Costa Pinto e Jerônimo Bragança, "Outra vez", de Jorge Costa Pinto
e Antônio José, e "Aprende a viver", com Matos Maia.
Participou, em 1968, do III FIC, da TV Globo (RJ), ocasião em que
interpretou a música "Visão", de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar. Em
1969, passou a gravar pela Continental e lançou LP no qual interpretou
as músicas "Aquarela do Brasil" e "Na baixa do sapateiro", de Ary
Barroso, "Hava nagila", de A. Z. Idelsohn, "Saint Louis blues", de W. C.
Handy, "O sole mio", de Di Capua e Capurro, "Quiereme mucho", de
Gonzalo Roig, "Um jour tu verrás", de Mouloudji e G. V. Parys, "Hymne a
l'amour", de Edith Piaf e Marguerite Monnot, "Douce France", de Charles
Trenet, "Samba do Orfeu", de Luis Bonfá e Antônio Maria, "Night and
day", de Cole Porter, "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes,
"Besame mucho", de Consuelo Velasquez, "Sá Marina", de Antônio Adolfo e
Tibério Gaspar, e "Manhã de carnaval", de Luis Bonfá e Antônio Maria.
Em 1970, gravou pelo selo London/Odeon o LP "Agostinho dos Santos", no
qual interpretou "O diamante cor de rosa", de Erasmo Carlos e Roberto
Carlos, "Pra dizer adeus", de Edu lobo e Torquato Neto, "Felicia", de
José Jorge e Ruy Maurity, "Nosso caminho", de Olmir Stocker "Alemão" e
Newton de Siqueira Campos, "Samba de Orfeu", de Luis Bonfá e Antônio
Maria, "Gente humilde", de Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque,
"Morte do amor", de Antônio Carlos Marques, Jocafi e Alberto Santos
Pinheiro, "Canto de esquecer", de Walter Santos e Tereza Souza, "Você
gostou", de Newton Braz e Fernando César, "Vim pra ficar", de Codó e
Heloísa Serra, "Pra dizer adeus", de Edu Lobo e Torquato Neto, e "Vai
pensamento", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Em 1973, a Continental
lançou LP que levou seu nome e que trazia entre outras, "O amor está no
ar", de sua parceria com Joab Teixeira, além de antigos sucessos.
Curiosamente, uma de suas últimas gravações foi "Avião", de Maurício
Einhorn, Durval Ferreira e Hélio Mateus. Gravou 25 discos em 78 rpm,
pela Star e RGE, e 16 LPs pela Polydor, RGE, Elenco, Mocambo, London e
Continental. Alés dos discos de carreira, após sua morte suas gravações
foram incluídas em mais de dezcoletâneas. Interpretações suas também
estão p´resentes em mais de 50 LPs tais como o que registou o concerto
no Carnegie Hall, em 1963, coletâneas de bolero, de bossa nova, de
músicas de natal, com sucessos do ano e outras, além daquelas lançada em
1990 pela gravadora RGE intitulada "Grandes compositores" na aparecem
gravações suas para obras de Dolores Duran, Vinícius de Moraes, Luiz
Antônio e Dorival Caymmi. Em julho de 2008, o jornal do Brasil publicou
reportagem com sua filha Nancy dos Santos, proprietária do bar
"Ferradura", na cidade paulista de São José dos Campos que virou um
espaço de preservação da memória do cantor com a exibição de capas de
discos, fotos e documentos sobre sua carreira. Nancy dos Santos foi
parceira do pai na música "Paz sem cor", que seria apresentada pelo
cantor num festival de música que seria realizado na Grécia. Ela, no
entanto, não embarcou com o pai que acabaria vitimado no acidente aéreo
no aeroporto de Orly na França. Além de prestar tributo à memória do
pai, Nancy dos Santos reivindica que haja um maior reconhecimento sobre a
importância artística e histórica do cantor, lembrando que ele foi o
mais aplaudido artista no histórico show realizado no Carnegie Hall em
1962. Em 2014, foi homenageado pelo selo Discobertas com o lançamento da
caixa com 4 CDs "Bossa Nova - Vol. 1" com quatro LPs lançados por ele
entre 1958 e 1961: "Agostinho espetacular", de 1958; "Inimitável", de
1959; "Agostinho sempre Agostinho", de 1960, e "Agostinho canta
sucessos", de 1961. Em reportagem no jornal O Dia assim se reportou ao
lançamento o crítico Mauro Ferreira: "Pela audição dos quatro discos, dá
para perceber o ecletismo de Agostinho, "croner" diplomado na escola
informal das orquestras e rádios da década de 1950. A inclusão de
faixas-bônus valoriza as reedições. "Agostinho espetacular", por
exemplo, chega ao formato de CD com três fonogramas adicionais,
extraídos de discos 78 rotações por minuto. A faixa-bônus mais valiosa é
"Chega de saudade" em gravação feita no fim de 1958, no embalo do
lançamento do samba por João Gilberto. "Inimitável" traz músicas de
Dolores Duran e Noel Rosa no repertório. O álbum mais dominado pelo
repertório da bossa é "Agostinho sempre Agostinho", mas é redutor
associar somente à bossa essa voz calada em 1973, em Paris, em acidente
aéreo. Agostinho dos Santos voou em muitos céus".
Roberto Menescal (BIOGRAFIA)
Roberto Batalha Menescal (Vitória, 25 de outubro de 1937) é um músico brasileiro. Foi um dos fundadores do movimento bossa nova.
Participava das reuniões no apartamento da cantora Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana, onde o movimento começou. Menescal é um dos mais importantes compositores da bossa nova, ao lado de Tom Jobim, Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. Criou canções que hoje são consideradas hinos do movimento e da própria música popular, como O Barquinho, Você, Nós e o mar, Ah se eu pudesse, Rio, entre outras. Ronaldo Bôscoli é um dos parceiros mais constantes.
As canções quase sempre apresentam o mar como temática.
Como músico, acompanhou em apresentações e gravações, Nara Leão, Wanda Sá, Sylvia Telles, Lúcio Alves, Maysa, Aracy de Almeida, Dorival Caymmi, Elis Regina, entre outros, sendo dele o arranjo para a canção "Bala com Bala" de João Bosco e Aldir Blanc, interpretado por Elis em 1972. A cantora Zizi Possi deve a Menescal a oportunidade de gravar o primeiro disco da carreira, em 1978 intitulado Flor do Mal.
Tocou ao lados dos músicos Luiz Eça, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Hélcio Milito, Eumir Deodato, Ugo Marotta, Sergio Barrozo, Oscar Castro Neves, João Palma, Edison Machado, Wilson das Neves, Antônio Adolfo, Hermes Contesini, José Roberto Bertrami, João Donato e tantos outros.
Além de músico, é produtor musical, tendo iniciado esse trabalho em 1964, com o LP Vagamente, disco de estreia da cantora Wanda Sá. Tempos depois, passou a produzir discos para a gravadora Polygram (atualmente Universal Music), onde também foi diretor artístico entre 1970 e 1986.
Compôs a trilha sonora dos filmes Joana Francesa e Bye Bye Brasil, ambos de Cacá Diegues, e em parceria com Chico Buarque.
Atualmente, além de tocar violão e guitarra, dirige um selo musical e gerencia novos grupos e projetos musicais, como o Bossacucanova. O último trabalho foi produzir um documentário sobre bossa nova, intitulado Coisa mais linda, em 2005, com o velho amigo Carlos Lyra.
Produziu discos de artistas como Elis Regina, Nara Leão, Chico Buarque, Maysa, MPB-4, Maria Bethânia, Leila Pinheiro, Cauby Peixoto, Os Cariocas, Leny Andrade, Danilo Caymmi, Wanda Sá, Márcia Tauil, além da aclamada série "Aquarela Brasileira", de Emílio Santiago, entre outros.
Participava das reuniões no apartamento da cantora Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana, onde o movimento começou. Menescal é um dos mais importantes compositores da bossa nova, ao lado de Tom Jobim, Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. Criou canções que hoje são consideradas hinos do movimento e da própria música popular, como O Barquinho, Você, Nós e o mar, Ah se eu pudesse, Rio, entre outras. Ronaldo Bôscoli é um dos parceiros mais constantes.
As canções quase sempre apresentam o mar como temática.
Como músico, acompanhou em apresentações e gravações, Nara Leão, Wanda Sá, Sylvia Telles, Lúcio Alves, Maysa, Aracy de Almeida, Dorival Caymmi, Elis Regina, entre outros, sendo dele o arranjo para a canção "Bala com Bala" de João Bosco e Aldir Blanc, interpretado por Elis em 1972. A cantora Zizi Possi deve a Menescal a oportunidade de gravar o primeiro disco da carreira, em 1978 intitulado Flor do Mal.
Tocou ao lados dos músicos Luiz Eça, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Hélcio Milito, Eumir Deodato, Ugo Marotta, Sergio Barrozo, Oscar Castro Neves, João Palma, Edison Machado, Wilson das Neves, Antônio Adolfo, Hermes Contesini, José Roberto Bertrami, João Donato e tantos outros.
Além de músico, é produtor musical, tendo iniciado esse trabalho em 1964, com o LP Vagamente, disco de estreia da cantora Wanda Sá. Tempos depois, passou a produzir discos para a gravadora Polygram (atualmente Universal Music), onde também foi diretor artístico entre 1970 e 1986.
Compôs a trilha sonora dos filmes Joana Francesa e Bye Bye Brasil, ambos de Cacá Diegues, e em parceria com Chico Buarque.
Atualmente, além de tocar violão e guitarra, dirige um selo musical e gerencia novos grupos e projetos musicais, como o Bossacucanova. O último trabalho foi produzir um documentário sobre bossa nova, intitulado Coisa mais linda, em 2005, com o velho amigo Carlos Lyra.
Produziu discos de artistas como Elis Regina, Nara Leão, Chico Buarque, Maysa, MPB-4, Maria Bethânia, Leila Pinheiro, Cauby Peixoto, Os Cariocas, Leny Andrade, Danilo Caymmi, Wanda Sá, Márcia Tauil, além da aclamada série "Aquarela Brasileira", de Emílio Santiago, entre outros.
Newton Mendonça (BIOGRAFIA)
Newton Ferreira de Mendonça (Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 1927 — Rio de Janeiro, 22 de novembro de 1960) foi um pianista, compositor, violinista e gaitista brasileiro.
Newton Mendonça foi um dos mais importantes letristas da bossa nova. Seu modo de escrever, usando substantivos até então raramente usados em letras de músicas brasileiras, e um modo carinhoso com que se referia à mulher, ao contrário do machismo frequentemente encontrado nas letras, foi fundamental para chamar a atenção das pessoas para a Bossa Nova. Especialmente os jovens. Injustiçado historicamente, Newton Mendonça foi um dos grandes responsáveis pelo início da bossa nova.
Viveu entre 1933 a 1939 em Porto Alegre, onde estudou violino, e Aquidauana (MS). Aos 13 anos, iniciou seus estudos de piano clássico.
Em 1942 se juntou ao seu amigo de infância, Antônio Carlos Jobim, com quem compôs várias canções que viriam a se tornar clássicos da Bossa Nova.
Boêmio, passou a maior parte das noites dos anos 50 tocando piano em boates de Copacabana.
O primeiro sucesso surgiu com "Foi a Noite", considerado por muitos especialistas como o início da bossa nova.
O grande sucesso aconteceu dois anos depois, quando João Gilberto gravou "Desafinado" e "Samba de Uma Nota Só". Seguiram-se "Meditação", "Caminhos Cruzados", "Discussão" e "Só Saudade".
Foi o vencedor do I Festival da TV Record, no dia 3 de dezembro de 1960, com a música "Canção do Pescador". Porém, não pode estar presente para receber o troféu. Poucos dias antes, no dia 22 de novembro, aos 33 anos, tivera um enfarte fulminante (o seu segundo) que o vitimou. O prêmio foi entregue, dias depois, à sua esposa, Dona Cirene. Newton Mendonça, compositor e letrista de grande talento, faleceu sem ter podido colher os frutos de sua parceria com Tom Jobim.
Newton Mendonça foi um dos mais importantes letristas da bossa nova. Seu modo de escrever, usando substantivos até então raramente usados em letras de músicas brasileiras, e um modo carinhoso com que se referia à mulher, ao contrário do machismo frequentemente encontrado nas letras, foi fundamental para chamar a atenção das pessoas para a Bossa Nova. Especialmente os jovens. Injustiçado historicamente, Newton Mendonça foi um dos grandes responsáveis pelo início da bossa nova.
Viveu entre 1933 a 1939 em Porto Alegre, onde estudou violino, e Aquidauana (MS). Aos 13 anos, iniciou seus estudos de piano clássico.
Em 1942 se juntou ao seu amigo de infância, Antônio Carlos Jobim, com quem compôs várias canções que viriam a se tornar clássicos da Bossa Nova.
Boêmio, passou a maior parte das noites dos anos 50 tocando piano em boates de Copacabana.
O primeiro sucesso surgiu com "Foi a Noite", considerado por muitos especialistas como o início da bossa nova.
O grande sucesso aconteceu dois anos depois, quando João Gilberto gravou "Desafinado" e "Samba de Uma Nota Só". Seguiram-se "Meditação", "Caminhos Cruzados", "Discussão" e "Só Saudade".
Foi o vencedor do I Festival da TV Record, no dia 3 de dezembro de 1960, com a música "Canção do Pescador". Porém, não pode estar presente para receber o troféu. Poucos dias antes, no dia 22 de novembro, aos 33 anos, tivera um enfarte fulminante (o seu segundo) que o vitimou. O prêmio foi entregue, dias depois, à sua esposa, Dona Cirene. Newton Mendonça, compositor e letrista de grande talento, faleceu sem ter podido colher os frutos de sua parceria com Tom Jobim.
História da Bossa Nova
Bossa Nova é um gênero musical brasileiro que recebeu influência do samba e do jazz americano.
A bossa nova surgiu no Brasil no final da década de 50, na intimidade dos apartamentos e boates da Zona Sul do Rio de Janeiro - reduto da classe média - estudantes e jovens em geral. Inicialmente o termo era apenas usado como um novo modo de cantar e tocar naquela época.
A bossa nova lançou não apenas um estilo musical, mas também uma constelação de novos compositores, letristas e instrumentistas. Antônio Carlos Jobim, Roberto Menescal e Carlinhos Lyra logo despontaram entre os representantes mais expressivos. Interessados inicialmente no jazz, único tipo de música popular que permitia uma execução instrumental evoluída, foram aos poucos colocando a técnica em função da música brasileira.
Em termos musicais, a bossa nova evoluiu no sentido do desenvolvimento da criação melódica, as canções tornaram-se mais difíceis de serem entoadas, pois as complicadas incursões melódicas exigiam um encadeamento harmônico mais evoluído. Além disso a bossa nova trouxe a orquestração econômica, nascidas em apartamentos.
No Samba de uma nota só, de Jobim e Newton Mendonça, o texto literário sugere os acontecimentos melódicos e a melodia comenta o texto. Humor, malícia ironia também estiveram presentes em Lôbo bobo de Bôscoli. O tom de protesto e o inconformismo era constante como em Terra de ninguém e Pedro Pedreiro.
Sendo um movimento musical tecnicamente evoluído, a bossa nova não tardou a ultrapassar nossas fronteiras, assimilada rapidamente nos Estados Unidos. Com a vinda ao Brasil de Herbie Mann, Charles Byrd, Stan Getz e Zoot Sims, ela foi logo exportada. Aceita e praticada pelos melhores músicos americanos, entre eles, Frank Sinatra.
Com a industrialização pelo show business e pela televisão, a bossa nova, sem perder o estilo intimista e rebuscado, abriu-se também para o grande espetáculo. Surgiram conjuntos vocais e instrumentistas de alto nível, entre eles, Zimbo Trio, Tamba Trio, Quarteto em Cy, MPB-4, Conjunto Roberto Menescal, e novos compositores, cantores e instrumentistas, como Edu Lobo, Elis Regina e Baden Powell.
O espetacular sucesso que consagrou definitivamente Elis Reginna, Baden, Edu e outros, foi o festival organizado pela TV Excelsior, de São Paulo, em 1965, em que Arrastão foi a música vencedora. Vários cantores já faziam sucesso no "tempo da bossa". Dos festivais seguintes saíram Chico Buarque, Nara Leão, Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Os Mutantes, Gal Costa, Rogério Duprat e muitos outros.
Algumas das músicas mais famosas da bossa nova são: Chega de Saudade (João Gilberto), Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Águas de Março (Tom Jobim).
Entre os ilustres cantores e compositores da bossa nova estão Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto, Elis Regina, Chico Buarque, Carlos Lyra, Nara Leão, Gal Costa, Caetano Veloso, entre outros.
A bossa nova surgiu no Brasil no final da década de 50, na intimidade dos apartamentos e boates da Zona Sul do Rio de Janeiro - reduto da classe média - estudantes e jovens em geral. Inicialmente o termo era apenas usado como um novo modo de cantar e tocar naquela época.
Em março de 1959 a gravadora Odeon lançou o disco Chega de Saudade, do cantor, violonista e compositor João Gilberto que cantava baixinho e discretamente, onde o acompanhamento do violão possuía uma batida e uma harmonia diferentes, abrindo novo caminho para a nova música. "Devo argumentar que isso é muito natural, é a bossa nova", dizia João Gilberto.
A bossa nova lançou não apenas um estilo musical, mas também uma constelação de novos compositores, letristas e instrumentistas. Antônio Carlos Jobim, Roberto Menescal e Carlinhos Lyra logo despontaram entre os representantes mais expressivos. Interessados inicialmente no jazz, único tipo de música popular que permitia uma execução instrumental evoluída, foram aos poucos colocando a técnica em função da música brasileira.
Em termos musicais, a bossa nova evoluiu no sentido do desenvolvimento da criação melódica, as canções tornaram-se mais difíceis de serem entoadas, pois as complicadas incursões melódicas exigiam um encadeamento harmônico mais evoluído. Além disso a bossa nova trouxe a orquestração econômica, nascidas em apartamentos.
No Samba de uma nota só, de Jobim e Newton Mendonça, o texto literário sugere os acontecimentos melódicos e a melodia comenta o texto. Humor, malícia ironia também estiveram presentes em Lôbo bobo de Bôscoli. O tom de protesto e o inconformismo era constante como em Terra de ninguém e Pedro Pedreiro.
Sendo um movimento musical tecnicamente evoluído, a bossa nova não tardou a ultrapassar nossas fronteiras, assimilada rapidamente nos Estados Unidos. Com a vinda ao Brasil de Herbie Mann, Charles Byrd, Stan Getz e Zoot Sims, ela foi logo exportada. Aceita e praticada pelos melhores músicos americanos, entre eles, Frank Sinatra.
Com a industrialização pelo show business e pela televisão, a bossa nova, sem perder o estilo intimista e rebuscado, abriu-se também para o grande espetáculo. Surgiram conjuntos vocais e instrumentistas de alto nível, entre eles, Zimbo Trio, Tamba Trio, Quarteto em Cy, MPB-4, Conjunto Roberto Menescal, e novos compositores, cantores e instrumentistas, como Edu Lobo, Elis Regina e Baden Powell.
O espetacular sucesso que consagrou definitivamente Elis Reginna, Baden, Edu e outros, foi o festival organizado pela TV Excelsior, de São Paulo, em 1965, em que Arrastão foi a música vencedora. Vários cantores já faziam sucesso no "tempo da bossa". Dos festivais seguintes saíram Chico Buarque, Nara Leão, Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Os Mutantes, Gal Costa, Rogério Duprat e muitos outros.
Algumas das músicas mais famosas da bossa nova são: Chega de Saudade (João Gilberto), Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Águas de Março (Tom Jobim).
Entre os ilustres cantores e compositores da bossa nova estão Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto, Elis Regina, Chico Buarque, Carlos Lyra, Nara Leão, Gal Costa, Caetano Veloso, entre outros.
Bossa Nova: New Brazilian Jazz (Album)
Bossa Nova: O novo Jazz
brasileiro é um álbum do compositor, pianista e maestro argentino Lalo
Schifrin gravado em 1962 e lançado no rótulo Audio Fidelity.
O álbum foi lançado durante o auge da popularidade da música bossa nova no início da década de 1960 e foi um dos primeiros álbuns solo de Schifrin depois de deixar a banda de Dizzy Gillespie.
O álbum atingiu o pico em 35 na Billboard Albums Chart em 1963.
Lista de músicas:
"Boato (Bistro)" (J.R. Kelly) - 2:26
"Chora Tua Tristeza" (Oscar Castro Neves, Luvercy Fiorini) - 2:38
"Poema Do Adeus" (Luís Antônio) - 3:19
"Apito No Samba" (Antônio, Luís Bandeira) - 2:50
"Chega De Saudade" (Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes) - 5:19
"Bossa Em Nova York" (Jose Paulo, D. Madrid) - 1:52
"O Amor E A Rosa" (João Pernambuco, Antônio Maria) - 3:34
"O Menino Desce O Morro" (De Rosa, Vera Brasil) - 2:28
"Menina Feia" (Castro Neves) - 2:25
"Ouça" (Maysa) - 3:56
"Samba De Uma Nota So" (Jobim, N.F. De Mendonca) - 3:44
"Patinho Feio (aka Patinho feio)" (Castro Neves) - 3:01
Gravado em Nova York em junho de 1962.
Pessoal
Lalo Schifrin - piano, arranjador
Leo Wright - saxofone alto, flauta
Christopher White - baixo
Rudy Collins - bateria
Jose Paulo, Carmen Costa - percussão latina
Harpa e cordas não identificadas
O álbum foi lançado durante o auge da popularidade da música bossa nova no início da década de 1960 e foi um dos primeiros álbuns solo de Schifrin depois de deixar a banda de Dizzy Gillespie.
O álbum atingiu o pico em 35 na Billboard Albums Chart em 1963.
Lista de músicas:
"Boato (Bistro)" (J.R. Kelly) - 2:26
"Chora Tua Tristeza" (Oscar Castro Neves, Luvercy Fiorini) - 2:38
"Poema Do Adeus" (Luís Antônio) - 3:19
"Apito No Samba" (Antônio, Luís Bandeira) - 2:50
"Chega De Saudade" (Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes) - 5:19
"Bossa Em Nova York" (Jose Paulo, D. Madrid) - 1:52
"O Amor E A Rosa" (João Pernambuco, Antônio Maria) - 3:34
"O Menino Desce O Morro" (De Rosa, Vera Brasil) - 2:28
"Menina Feia" (Castro Neves) - 2:25
"Ouça" (Maysa) - 3:56
"Samba De Uma Nota So" (Jobim, N.F. De Mendonca) - 3:44
"Patinho Feio (aka Patinho feio)" (Castro Neves) - 3:01
Gravado em Nova York em junho de 1962.
Pessoal
Lalo Schifrin - piano, arranjador
Leo Wright - saxofone alto, flauta
Christopher White - baixo
Rudy Collins - bateria
Jose Paulo, Carmen Costa - percussão latina
Harpa e cordas não identificadas
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